Faz agora um ano que comecei a publicar aqui no inflaccionista este gráfico que mostra os principais spreads entre a dívida soberana na União Europeia.
Como podem ver pelo caminho que a coisa levou nos últimos 12 meses parece que os economistas e políticos tinham razão ao dizer que o pior da crise já tinha passado. Ou isso ou estão a ver o boneco de pernas para o ar.
Excepcionalmente e para comemorar um ano de maluqueira soberana deixo também o gráfico com a taxa de juro bruta:
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Actualização de spreads (XII)
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2 comentários:
Muito interessante estes gráficos com os diversos países.
Há algo que ainda não percebi, é certo que os bancos financiam-se no BCE a 1% para comprarem a valores muito superiores nos leilões de dívida já que o BCE só intervém no mercado secundário, mas por exemplo aqui em Portugal há um banco que é "nosso" a CGD, não poderia este "estragar" o preço dos leilões se assim desejasse por comprar dívida por exemplo a 2% e ainda ficava com 1% de ganho, provocando assim uma baixa de preço nos leilões? Ou o banco do estado não pode comprar dívida?
Os bancos portugueses, penso que CGD incluída, compram a dívida soberana portuguesa mas há um mínimo de credibilidade que têm de manter e entrar no leilão com taxas de 2% seria ridículo além de comprometer a imagem do banco no exterior.
Não esquecer que ainda a semana passada Ricardo Salgado ficou muito transtornado com o facto de terem baixado o rating do BES por este andar a confiar demasiado no BCE para estas jogatanas.
A CGD deve ter, fundamentadamente ou não, aspirações a continuar solvente apesar de o Estado não o ser.
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