domingo, 28 de fevereiro de 2010

O dolar, a California e o colapso

Tendo em conta os últimos posts aqui colocados, venho partilhar convosco esta imagem para não se ficar com a ideia que é só a Europa que atravessa problemas.



Duvido que os mercados accionistas continuem muito mais tempo a ignorar a realidade económica.

Fonte: Elliot Wave International

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O Euro, a Grécia e o colapso (III)

Isto já é bad press a mais. Está na hora de fechar os curtos e esperar pelos próximos episódios.



Quando estive na Alemanha, já lá vão 4 anos e a economia parecia saudável, notei nos meus colegas algum recentimento para países como Portugal. Não só eles achavam que estavam a ser taxados injustamente para financiar a UE, sentiam que além de não terem retorno estavam a perder empregos para estes países.

Estas capas recentes sugerem que esse sentimento deve ter crescido. É mais que certo que Angela Merkl vai passar um mau bocado se tentar salvar a Grécia com o dinheiro dos contribuites alemães.

Tradução livre da capa da Focus:
"Aldrabões na zona euro - Os gregos destroiem o nosso dinheiro. O que será de Portugal, Itália e Espanha?"

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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O Euro, a Grécia e o colapso (II)

As coisas estão cada vez pior para aqueles lados:

Os grandes bancos alemães decidiram não comprar mais títulos de dívida pública da Grécia, o que pode agravar a difícil situação financeira deste país da zona Zona Euro, noticia hoje o matutino Financial Times Deutschland (FTD).

Esta função de financiar o governo caberá cada vez mais apenas aos bancos do próprio país que não têm razões para temer a falência do Estado. Se correr tudo bem ganham os juros, se correr mal ia correr mal de qualquer das maneiras. Resta saber se os gregos que depositam o seu dinheiro nestas instituições se vão aperceber do risco que correm ou não.

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O Euro, a Grécia e o colapso

Um debate interessante:



Sinal contrário? É difícil dizer, por um lado o facto de isto estar a ser discutido pode indicar que sim, por outro o único que parece perceber alguma coisa do que se passa na zona euro é o "especulador maléfico", a opinião dominante é que de uma forma ou de outra o problema resolve-se.

Outra coisa interessante é como se foca toda a atenção no euro, como se a libra esterlina fosse uma demonstração de solidez. Lembro que o programa é da BBC. A corrida até ao fundo vai ser renhida entre EUR e GBP.

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NASDAQ 100 (II)

Eu bem disse que era melhor esperar pelo fecho para confirmar a quebra do canal de curto prazo... grande puxada nos índices a partir do meio da tarde.



O mercado toma sempre o caminho da maior frustração possível.

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Pensamento do dia

Was it Ronald Reagan who said of the Soviet Union, that it was on the "wrong side of history?" The derelict Bolsheviks were definitely on the wrong side of history in 1989. We knew it. They knew it. It was such a glaring problem; they had no choice. Their economy was imploding - thanks to rigid central planning. They gave up and switched sides.

But now it's the US that is on the wrong side of history. Like the Soviet Union, it tries to impose its will, by force, on Afghanistan. Like the Soviet Union, it has too many expenses and not enough income. And like the Soviet Union, it tries to impose its will on the domestic economy too - by central planning. Not exactly in the heavy-handed fashion of the old apparatchiks... This is post-Berlin Wall central planning. Collectivism with a clown face.


Bill Bonner, in The Daily Reckoning

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Cenários deflacionistas (VII)

À semelhança do que tinha aqui deixado para os EUA, deixo agora o crescimento da M3 para a zona euro que registou um crescimento negativo em Novembro e Dezembro de 2009.






Fonte: Banco Central Europeu

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Nasdaq 100

Tinha dito que seria necessário o acentuar das quedas para confirmar novo movimento de baixa que não se veio a confirmar hoje. Ainda é possível que amanhã isso aconteça mas nada melhor que um gráfico para dar a conhecer a situação. Escolhi o Nasdaq que tenho negociado recentemente mas o SP500 tem uma visão muito parecida.



Podemos ver que o índice fechou em cima de uma resistência e portanto ainda é possível que amanhã abra em queda e quebre o canal de curto prazo em baixa acelerando o movimento do índice.

A outra hipótese que se coloca é o índice ignorar aquela pequena resistência e continuar a avançar dentro do canal. Podemos ver que o topo do canal se encontra, aproximadamente, nos 1850 e que tenderá a haver resistência no range 1850-1860. A aproximar-se desses valores será novamente de considerar um short com risco controlado.

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Cenários deflacionistas (VI)

Robert Pretcher parece concordar comigo que o topo está encontrado para os principais índices mundiais, mas vai mais longe recuperando nesta entrevista alguns dos pontos que defende e apontam para uma depressão deflacionária nos próximos tempos.



Nada estará a salvo segundo ele. Nem ouro, nem dinheiro no banco (bom... depende do banco).

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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Mais uma corrida à banca

"There is a lot of uncertainty out there," said a senior private banker at a Greek bank. "We've had a number of customers asking to move funds out of Greece, mostly to Cyprus, Luxembourg and Switzerland."

Clients of private banks also fear that Greece may be unable able to raise the EUR54 billion it needs this year to pay back maturing bonds and will therefore have to turn to the IMF for help.

"Some of our clients are concerned about a run on the banks if the IMF gets involved," said another private banker, this one from a foreign bank. "They believe the situation in Greece will get worse before it gets better. There is also very little clarity from the government about its intentions on new tax measures."

"We estimate that €8 billion has moved out of Greece to accounts abroad since December. It's money from bank accounts, stock sales, property sales and other sources. This is pretty substantial considering that there is only €30 billion under management in private banks here," he added.


Via ZeroHedge

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Anti-Capitalismo

Such is the almost universally accepted social philosophy of our age. It was not created by Marx, although it owes its popularity mainly to the writings of Marx and the Marxians. It is today endorsed not only by the Marxians, but no less by most of those parties who emphatically declare their anti-Marxism and pay lip service to free enterprise. It is the official social philosophy of Roman Catholicism as well as of Anglo- Catholicism; it is supported by many eminent champions of the various Protestant denominations and of the Orthodox Oriental Church. It is an essential part of the teachings of Italian Fascism and of German Nazism and of all varieties of interventionist doctrines. It was the ideology of the Sozialpolitik of the Hohenzollerns in Germany and of the French royalists aiming at the restoration of the house of Bourbon-Orléans, of the New Deal of President Roosevelt, and of the nationalists of Asia and Latin America.

The antagonisms between these parties and factions refer to accidental issues – such as religious dogma, constitutional institutions, foreign policy – and, first of all, to the characteristic features of the social system that is to be substituted for capitalism. But they all agree in the fundamental thesis that the very existence of the capitalist system harms the vital interests of the immense majority of workers, artisans, and small farmers, and they all ask in the name of social justice for the abolition of capitalism.


Ludwig von Mises, in Human Action (1949)

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Crimes graves

Para resolver este tipo de problemas aqui relatado proponho a pena de morte para as pessoas que compram coisas e depois as vendem. Se fizerem isso no mesmo dia então deve ser uma morte com requintes de malvadez, qualquer coisa como uma mistura de choques eléctricos enquanto fazem cócegas nos pés do prevaricador.

Os serviços secretos gregos já sabem quem foram os investidores culpados pela forte queda da dívida pública do país. De acordo com a imprensa grega, várias empresas e investidores terão vendido títulos de dívida grega em massa para a recomprar mais tarde, a preços mais atractivos. Muitas vezes, a recompra era feita na mesma sessão.

Se esta malta poupasse na PIDE e pagasse o que deve se calhar teriam menos problemas no mercado de dívida… digo eu.

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EUA no caminho da Grécia?

David Walker fala das dificuldades financeiras dos EUA e faz alguns paralelos com a situação da União Europeia em geral e da Grécia em particular.

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Uma oportunidade de shortar?

Os índices americanos têm estado a recuperar desde a semana passada como tinha deixado nestes comentários. Com o SP500 a rondar novamente os 1100 e a prata a ir aos $16 parecem estar aqui duas oportunidades de shortar com um risco controlado.

Já os índices europeus, PSI20 incluido, estão um pouco longe das suas resistências e implicaria maior risco de capital.

Disclaimer: Negociar futuros pode envolver perdas substanciais de capital, por vezes perdas superiores ao capital inicial. Esta mensagem tem apenas um fim educacional e não deve ser confundida com um conselho de investimento, o autor não se responsabiliza por qualquer tipo de perdas associadas com o conteúdo desta mensagem.

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Não parece mas é mesmo

Ninguém fala nisso porque o ouro já desceu perdeu bastante desde que fez o seu último máximo histório nos $1230 mas acontece que ainda ontem o ouro renovou outro máximo histórico... cotado em euros (823€).



A fraqueza da moeda europeia tem sido notável nos últimos meses o que permite ao ouro estar a fazer novos máximos históricos em euros apesar de já estar 10% abaixo do seu máximo em dólares.

Continua a fazer bem o seu papel de protecção contra crises monetárias.

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Nacionalismo bacoco

Vitor Constâncio foi ontem confirmado para o lugar de Vice-Presidente do BCE, funções que irá desempenhar a partir de Junho próximo. Ironicamente as suas responsabilidades vão cair sobre a “estabilidade e supervisão financeira”, exactamente a área onde o ainda presidente do Banco de Portugal mais deficiências demonstrou.

Certamente este facto será usado pelos seus defensores para demonstrar como as acções do BdP nos casos do BCP, BPN e BPP foram tão exemplares ao ponto de lhe ser entregue tamanha responsabilidade no BCE mas não será nada disso. Enquanto os nossos governantes, à semelhança do que foi feito com Durão Barrosos, se multipliquem em declarações nacionalistas e no “orgulho lusitano” que é ter um português em tão alto cargo (conseguem mesmo ultrapassar o nacionalismo primário e imbecil próprio do PNR) o Público relata as verdadeiras razões desta eleição: é que dá jeito aos alemães para colocar Weber como o próximo presidente do BCE.

Esta nomeação de Constâncio nada nos diz sobre as competências do mesmo. Em vez disso, diz-nos muitos sobre a instituição que é o BCE e sobre os nacionalismos bacocos que imperam por toda a UE.

Mais uma razão para acabar com o banco central.

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Actualização de spreads (III)

Está novamente naquela altura do mês em que se actualiza este gráfico.



O gráfico apresentado tem os valores médios para todos os meses até Janeiro de 2010 enquanto que os valores para Fevereiro de 2010 são a cotação directa nos mercados esta manhã.

Gráficos anteriores:
Actualização de spreads (II)
Actualização de spreads
O custo da dívida (II).
O custo da dívida.

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A Alemanha paga?

Têm sido feitas nos últimos dias algumas sondagens aos contribuintes alemães sobre o que eles acham de pagar as contas dos gregos. Como seria de prever não gostam muito da ideia.

Além dos contribuintes alemães a Chanceller enfrenta ainda oposição interna.

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Sobre o tempo que nos resta

Nos últimos dias troquei algumas impressões por e-mail com um dos leitores aqui do Inflaccionista, sobre o Estado do país, de formas de controlar a despesa, de reduzir o tamanho do Estado e outras coisas habituais que por aqui se fala.

Deixei na primeira troca de impressões um desabafo:
Uma tentativa de diminuição gradual [da despesa e do Estado] talvez fosse possível quando Guterres chegou ao poder mas hoje não vejo como isso é possível, não acredito que o país tenha tempo para um corte gradual.

Disse-o convicto e com a naturalidade de quem pensa isto há vários anos e o dá como adquirido mas foi-me, compreensivelmente pedido para elaborar mais sobre o assunto de forma que aqui deixo estas notas soltas.


Portugal está efectivamente falido há mais de uma década e continua a gastar o que não tem. A única razão porque nos mantemos solventes é devido à confiança (no meu entender mal colocada) dos credores estrangeiros que nos continuam a deixar viver a crédito.

Eu estou convencido que a crise financeira ainda vai a meio. Os credores começarão, mais tarde ou mais cedo, a serem selectivos a quem emprestam dinheiro e Portugal é daqueles países que se ninguém nos emprestar dinheiro nós não podemos pagar o que devemos. É como quem vai pedir emprestado à COFIDIS para pagar o empréstimo da casa não apenas pontualmente mas sistematicamente. É difícil acreditar que este comportamento tenha outro destino que não a ruína financeira. Como as últimas notícias mostram os credores (normalmente referidos como especuladores) estão a começar-se a afastar dos países mais perigosos como a Grécia, Portugal e Espanha. Se a situação piorar (como é expectável que piore na minha opinião) estes 3 serão vítimas certas da crise. Fala-se muito de ajuda externa (da UE) o que a meu ver será um erro que pode destruir financeiramente toda a união. Não existem recursos (sem destruir a moeda) para salvar todos os países em dificuldades. Lembro que países como a Itália e a França não estão propriamente saudáveis financeiramente. Se Portugal ou a Grécia forem considerados "demasiado grandes para falhar" o que dizer da Itália? Certamente será "demasiado grande para salvar".

Portugal é um país a prazo, tem uma grave crise económica, o regime político está podre e corrupto de uma forma que (segundo as últimas notícias) parece até ter infiltrado as mais altas instâncias da justiça e prepara-se nos próximos tempos para enfrentar uma crise de liquidez sem precedente ao nível soberano. Para mais o país está refém do que já é praticamente a maioria dos cidadãos que vivem, de uma forma ou de outra, das esmolas do Estado. Sejam funcionários públicos, reformados, agricultores, artistas ou beneficiários dos mais variados subsídios como o de desemprego e RSI. Um poder político fragilizado como este não pode levar a cabo reformas profundas de nada e como tal não haverá tempo.

Viveremos com o fantasma de sermos governados a partir do exterior através da UE ou do FMI que serão imunes aos protestos de quem vive do sistema e tudo farão para recuperar os empréstimos a Portugal. Pior, corremos o risco (porque Portugal não é certamente o único nesta situação) de não termos um governo externo a tomar conta disto e os nossos credores simplesmente cortarem as relações connosco. Consegue imaginar um Portugal em que ninguém nos dá crédito para importações? Consegue imaginar os nossos fornecedores de petróleo, gás e comida a pedirem algo em concreto pelos seus bens em vez de promessas? A Islândia passou brevemente por isso antes da intervenção Russa e do FMI e não foi nada bonito.

Eu consigo imaginar isso tudo, só não consigo imaginar que Portugal será esse. A 1ª República caiu por menos.


Claro que nada disto são certezas, é apenas um educated guess.

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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Todos pela liberdade (III)

Cheguei a casa há pouco tempo. Ainda não vi nada na televisão, não sei o que e como passou mas estiveram cerca de 150 pessoas em frente da AR. Tendo em conta que se trata de um dia de trabalho e não era nenhum sindicato a promover greves ou a pedir aumentos foi bem de encontro às minhas expectativas e superou a de outros.

Encontrei lá gente que se identificava com as mais variadas ideologias demonstrando a transversalidade da manifestação apesar daqueles que preferiram não estar.

Quando saí todos os partidos da AR, à excepção do PS, tinham acedido a receber-nos e ao manifesto que foi assinado por mais de 9 mil pessoas.



Por mim foi um sucesso.

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Todos pela liberdade (II)

Apesar de Jaime Gama não nos querer ver amanhã terá de nos ouvir.

Apareçam.

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Alice no país das maravilhas

Mr. Sócrates, a dapper dresser with an open, expressive face who underlines his points with theatrical hand gestures, seemed at turns deeply concerned with the gravity of his country’s problems, and puzzlingly dismissive of data on the European Union.

He rejected the notion that Portugal lagged behind European Union counterparts in productivity and skilled labor. “That is a preconceived idea,” he said. “It has nothing to do with our economy.”


Entrevista a José Sócrates no NY Times.

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Pura loucura

A Alemanha prepara-se para salvar a Grécia. Em Janeiro tinha dito que as hipóteses de tal acontecer seriam 50/50 na esperança que houvesse ainda algum bom senso naquelas cabecinhas da europa central e que se tivesse aprendido algo de util na experiência americana de 2008 e os seus bail-outs. O que dizer? Sou um optimista...

Este artigo intitulado Deconstructing Europe: How A €20 Billion Liquidity Crisis Is Set To Become A €1.6 Trillion Funding Crisis faz uma análise pertinente à situação actual com a qual concordo:

Yet the immediate test, as expected, is once again focused on the PIIGS (or GIPSI if one is so inclined) acronym: it is not surprising that a decision came out today - after all there is an auction scheduled for Portugal just tomorrow, while Italy will test the market with a €6-8 billion auction this Friday. Absent today's (dis)information campaign, the Portuguese auction would have certainly been another failure. Yet by and far the country with biggest near-term risk is Spain, which will need to finance €30 billion in February. Subsequently, critical auctions follow in Portugal for €3.9 billion in March and in Greece for €12.4 billion in April.

But why stop here: now that all European debt will be brought to the lowest common denominator, namely the demand for German securities, which is at the heart of the backstop plan, it implies that global European funding requirements have to be evaluated in total, and not piecemeal as we did until today.

It is sheer lunacy if the ECB and Germany believe that the guarantee program will not wreak havoc on their plans to quietly fund this massive hole.


Tal como em 1971 a Europa tinha agora a escolha entre fechar os olhos ou assumir que a moeda utilizada não tinha qualquer futuro. Tal como em 1971 preferiram fechar os olhos e chutar para o futuro. Acontece que o "futuro" de 1971 chegou agora... o futuro de 2010 pode não demorar tanto a chegar.

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A tourada continua

Este senhor parece estar na short list para governador do Banco de Portugal para substituir o (espera-se) emigrante Vitor Constâncio.



Quando muita gente parecia pensar que a situação em Portugal não podia ser pior existe sempre alguém que nos consegue surpreender. Mais uma razão para o abate. Como é fácil de ver isto não vai lá com meias medidas.

Tentem pensar positivo: o BdP já manda pouco, os estragos estão contidos por natureza.

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Tio Patinhas e a Inflação

Não sei se sou o único mas quando era pequeno adorava o Tio Patinhas. Mesmo o Tio Patinhas e não os livros genéricos do "Patinhas" em que apareciam todos menos o verdadeiro Tio Patinhas.

Não gostava do Patacôncio, o Pato Donald sempre o achei meio parvo e o Mickey lá se aturava. O que menos gostava era o Gastão e os Metralhas que andavam sempre a querer gamar o Tio Patinhas.

Agora que já sabem que sempre fui uma criança perturbada deixo-vos com uma lição sobre a inflação do próprio Tio Patinhas. Eu acho que isto é dos Duck Tales mas não me lembro deste episódio em Portugal.



Já vos disse que adorava o Tio Patinhas? Um tipo com medo do "dinheiro fácil"... realmente cresci com valores que hoje são considerados estranhos.

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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Todos pela liberdade



Manifesto
e respectiva petição.

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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Manifestação: 5ª feira às 13h30

Não me lembro de alguma vez ter ido a uma manifestação mas parece que esta próxima quinta-feira, 11 de Fevereiro, terei de fazer uma excepção.

A situação do país não está para brincadeiras desde há algum tempo. Em cima da crise financeira que se vive, era escusada uma crise política mas as notícias que assombram repetidamente o país e a inacção das entidades que deviam ser um garante do Estado de Direito deixarão o mais pacato cidadão triste com a República.

Sobre a situação do país deixo-vos dois comentários que fiz n'O Insurgente (um resumo e o meu estado de espírito) mas o que vos queria transmitir é um e-mail que recebi hoje e que espero circule bastante até dia 11:

TODOS PELA LIBERDADE,
CONCENTRAÇÃO À FRENTE DA ASSEMBLEIA CONTRA OS ABUSOS DE SÓCRATES

Tendo em conta o que se passou nos últimos dias, fazemos aqui um apelo a uma manifestação pacífica contra este estado de coisas. Fazemos um apelo a todos os que não se conformam para sair à rua para demonstrar a nossa indignação pelo continuado degradar das instituições.

Portugal tem assistido a uma sequência de notícias que atestam o lamentável estado das nossas instituições democráticas. Em democracia, o valor da liberdade de imprensa é inquestionável, e não podemos admitir que os nossos governantes, em conluio com o poder económico sob alçada do partido/estado, atentem contra a liberdade de acção de órgãos de comunicação social considerados nocivos ao poder politico.

É tempo de agir contra estes métodos e contra a visão da democracia de José Sócrates. Não aceitamos ficar em silêncio perante a mentira e uma tentativa clara de controlar a comunicação social. Não aceitamos ficar em silêncio perante um acto que cerceia a liberdade de informação. As instituições estão em causa, mas quem legalmente pode reagir tem estado inactivo e até cooperante com a situação. A sociedade assiste com espanto e perplexidade à apatia dos políticos, mas não se conforma. Da esquerda à direita, dos mais conservadores aos mais liberais, rejeitamos a apatia e a inacção.

Respeitamos os resultados eleitorais e a vontade expressa pelos portugueses nas últimas eleições legislativas, mas parece-nos evidente que o actual primeiro-ministro não tem condições para continuar a exercer o cargo. O Partido Socialista, enquanto partido mais votado, deve assumir as suas responsabilidades.

O actual primeiro-ministro já não consegue ser o rosto de um governo que se pretende credível e confiável aos olhos dos portugueses.


O "manifesto" só peca por não conter referências a Pinto Monteiro e Noronha Nascimento também culpados pelo pouco respeito que nos merecem hoje as instituições oficiais. Mesmo assim é melhor que nada. Quinta é dia de orçamento na AR, também é dia de pedirmos uma República funcional.

Os leitores habituais que me perdoem esta intromissão política no blog mas a situação é demasiado grave para não fazermos nada. Voltaremos à economia brevemente.

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Sinais preocupantes (IV)

Visto que este já o 4º post sobre a matéria convém recapitular o que tem sido a minha posição sobre os mercados. Desde que este rally começou em Março de 2009 que tenho vindo a dizer que era apenas uma reacção às quedas abruptas de 2008, as probabilidades de visitarmos novos mínimos, pelo menos em termos reais, é uma probabilidade que não está descartada.

Entretanto as subidas mantiveram-se por muito mais tempo (mas não por uma amplitude muito maior) do que eu esperava e no início de Dezembro enunciei 4 pontos que considerava importantes para uma viragem no mercado:

EUR/USD fechar abaixo de 1.50
Ouro fechar abaixo de $1000
Prata fechar abaixo de $16
SPX Fechar abaixo de 1000.



O primeiro sinal foi dado pelo EUR/USD pouco tempo depois indicando que a sua ida acima de 1.50 tinha sido um falso break da importante resistência. O segundo sinal foi dado hoje com um fecho da prata nos $15.30.

Entretanto a semana passada comecei a ver no mercado sinais de fraqueza. Primeiro quebrando a linha ascendente que vinha desde Março e depois finalmente quebrando o suporte que referi nessa mesma altura.

Disse também na altura que a quebra do suporte parecia indicar o início da "crise 2.0" mas que o movimento de queda devia estar perto do fim e que seria de esperar um "[r]essalto [..] que não deve ultrapassar os 1080-1100".



O ressalto aconteceu e chegou aos 1104 mas a queda abrupta de hoje confirma o meu cenário. O suporte que existia antes no 1085 é já completamente irrelevante e a considerar agora temos apenas a resistência nos 1104 e um suporte para o SP500 à volta dos 1020-1030.

Para quem gosta de Elliot Waves a leitura do gráfico torna-se ainda mais interessante pois estaremos agora numa onda III (de menor grau) o que indica que as quedas devem acelerar nos próximos dias e levar o índice aos 1030 mais depressa do que se imagina, talvez obliterando mesmo o suporte, mas quando lá chegarmos logo veremos.

Tinha também referido esta tarde que o "nosso" PSI20 tinha conseguido ter um fecho acima dos 7400 que era um suporte com alguma relevância. Veremos como corre o dia de amanhã mas com um fecho tão violento como o de hoje nos EUA é difícil de acreditar que o PSI20 se consiga manter acima dessa linha logo pela manhã. Quebrado esse suporte o índice poderá demonstrar tendência de queda livre até aos 6900 pontos, uma queda de mais 7% onde poderá tentar então consolidar.

O sentimento de mercado está polarizado. O AAII mostrou hoje um número elevado de bears o que não devia acontecer num topo tão importante mas por outro lado vejo algumas caras novas no Caldeirão, típico dos topos aparecerem novos investidores exactamente quando acabou.

Durante o dia de hoje falou-se muito em comprar esta queda porque "agora é que está barato", falou-se em "comprar o medo" e em muito mais coisas que se ouvia falar em 2007/2008. O clima de que "o céu é o limite" está de volta - mesmo a tempo de voltar a entalar os incautos.

Nesta altura, para mudar a minha opinião a médio prazo sob os índices só com um fecho acima dos 1104 no SP500 e acima dos 8100 no PSI20. Bons negócios para todos.

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Frase do dia

"É o mesmo que estar a ser devorado por 1 hipopótamo e estar aos gritos: "não estou nada preocupado, os hipopótamos são vegetarianos ahah!

Este Portugal está louco!"


Camisa Rouxa no Caldeirão sobre as declarações de Teixeira dos Santos.

Depois de jantar, quando as coisas acalmarem mais um pouco tentarei deixar aqui uma análise ao dia de hoje que, como a maior parte de vocês já deve saber, não está a ser muito auspicioso para os mercados em geral e para o PSI20 em particular.

Para já está a funcionar o suporte nos 7400.

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Leilão de dívida

A República Socialista Portuguesa tentou hoje emitir 500M€ de dívida pública pagando um juro de 1,38% ao ano. Não conseguiu e ficou-se pelos 300M€, praticamente metade do pretendido. Os dados do IGCP revelam que apesar de terem aparecido ofertas no valor de 1195 milhões de euros as taxas que os investidores pediam para financiar a República não eram atractivas o suficiente para o Estado se financiar na totalidade do pretendido.

Uma comparação simples com a situação relativamente à pouco tempo atrás:



Repare-se que o montante é menor, o objectivo fica por cumprir e ainda se paga mais 0,46% ao ano que o mês passado.

Apesar deste artigo achar que foi uma decisão muito inteligente do Estado português não ter feito ofertas acima da taxa mínima para atingir o objectivo do leilão (e como tal, parecer desesperado) o mercado não achou assim tão esperta essa atitude. O PSI20 fechou a cair 2,84% quando lá fora as quedas foram muito mais suaves. Os yields da dívida pública também subiram 0,2% (a 10 anos) e os CDS fizeram novos máximos históricos.

Coitado do Ministro… ninguém o entende.

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Big Brother fiscal

É este o título da notícia do DN sobre a nova proposta de lei que deve ser aprovada com os votos favoráveis do BE e do PCP.

Eis, em síntese, o projecto de lei que o PS tenciona apresentar, muito brevemente, na Assembleia da República: tornar públicos todos os rendimentos brutos declarados de todos os contribuintes.

Sem o imposto final pago, sem as despesas reembolsáveis (despesas de saúde, educação, etc.), mas com o rendimento bruto anual declarado. E, evidentemente, a identificação do contribuinte.


Além das confusões que isto vai armar no local de trabalho com cada um a comparar-se ao colega do lado ainda temos outros usos menos recomendáveis para esta informação como os gatunos (os outros, que não trabalham para o Estado) que poderão agora escolher melhor as suas vítimas conforme os rendimentos. Mas o ponto principal é a devassa completa da vida privada de cada um.

Depois de aprovada a medida será apresentada com esta música de fundo.



Update (15h55): Entretanto ganharam juizo.

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Jim Rogers em entrevista

Esta entrevista já tem mais de uma semana, foi feita pouco antes de Bernanke ser re-eleito como presidente da FED com uma maioria confortável. Fala sobre o Banco Central, os estímulos de Obama, o crescente peso da dívida e as matérias primas.



[If I were the president of the FED] I would abolish it and resign.

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mais AT: Clive Maund

Acompanho o Clive Maund, e as suas análises à prata e ouro, há mais de três anos. Ele separa-se muito bem (ao contrário de moi) do "ruído" que pode ser o cenário macro-económico e foca-se nos gráficos o que lhe permitiu sair do caminho (e até shortar) prata em 2008 e voltar a comprar a preços mais acessíveis.

Partilho aqui convosco a última análise porque, tal como eu, Clive acha que estamos num ponto determinante do mercado: "COMMODITY AND STOCKMARKETS ARE AT A CRITICAL JUNCTURE AND MUST REVERSE TO THE UPSIDE IMMEDIATELY to avert the risk of a catastrophic decline, similar to 2008 or even worse". Os gráficos falam por si.

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