domingo, 31 de janeiro de 2010

Cenários deflacionistas (V)

Este gráfico da ShadowStats conta uma história muito diferente daquela que aflige a maior parte do mercado, com uma M3 com um crescimento anual negativo a história é de deflação e não apenas nos mercados de capitais como no ano passado mas de uma forma generalizada.



Vamos a ver se é algo ocasional ou se é o inicio da crise deflacionária de proporções que podem apenas relembrar os anos 30.

Desemprego nos EUA

A figura em anexo (fornecida pela Elliot Wave International) mostra a taxa de desemprego nos EUA medida como era antigamente, ou seja, no início dos anos 30 durante a Grande Depressão (quando chegou aos 22%).



Quando Obama vem dizer que o dinheiro que gastou criou 600 mil empregos talvez seja uma boa altura para fazer um reality check.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Sinais preocupantes (III)

Foi hoje quebrado, em fecho, o suporte que tinha referido anteriormente o que dá uma grande força aos bears no momento e com alguma confiança posso dizer que o topo do mercado está encontrado para os próximos tempos.



No imediato o downside deve ser limitado e o índice deve encontrar suporte nos 1030-1050 para depois ressaltar. Ressalto esse que não deve ultrapassar os 1080-1100 para os ursos continuarem no controlo.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

S&P compra cadeiras

Só para não se cansarem muito: S&P adia rating à espera dos esforços de Portugal

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Ainda há Grécia ao jantar?

Isto é um ataque fulminante à dívida Grega. Ao ritmo de 0,5% ao dia quanto tempo podem aguentar?



Preocupante, muito preocupante.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Sinais preocupantes (II)

Já faz mais de um mês que o primeiro sinal, de uma lista de quatro, foi dado sem que os outros três se materializassem.

No entanto, na última newsletter de AT que fiz para a ACE desenhava duas linhas que considerava importantes. A primeira é a de inclinação ascendente que vem a desenhar este ressalto nos mercados mundiais desde Março que, disse na altura, "a ser quebrada indicará fraqueza nos índices". Demorou (contra a minha expectativa) menos de uma semana a quebrar essa linha e todos os índices mundiais corrigirem com uma violência que muitos não esperavam.

A segunda linha que tinha desenhado, é um suporte horizontal nos 1087 pontos que poderia segurar e adiar as quedas. Essa linha foi testada hoje (fez 1084 pontos) e aguenta para já os índices. A ser quebrada nas próximas semanas seria para mim a confirmação do início da "crise 2.0", quando a realidade não poderá ser mais adiada.

Hayek Vs Keynes rap



Via O Insurgente.

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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Cenários deflacionistas (IV)

A primeira vez que aqui falei nos cenários deflacionistas foi para falar na visão não só de Fekete mas principalmente de Robert Pretcher que ele detalha no seu livro Crash Proof. O principal motor da deflação, segundo Pretcher é a psicologia. No que toca ao cidadão comum isto traduz-se na falta de vontade de pedir emprestado para consumir (ao contrário do que vimos, principalmente, na última década) o que impede os bancos de expandirem as suas massas monetárias mas o cidadão comum não é o único a contribuir para este ambiente deflacionário, Pretcher afirma que serão os próprios governos a passar legislação nesse sentido. Ora, todos sabemos como os principais governos andam demasiado ocupados a imprimir notas ultimamente, como é possível alguém pensar que irão os principais inflacionistas contribuir para a deflação?

É um contra-senso mas é assim mesmo, se os políticos soubessem o que andam a fazer provavelmente nunca teríamos os problemas que tivemos, como não sabem de manhã imprimem notas e de tarde passam legislação contra imprimir notas como se pode ver na proposta de lei de Obama para o sector bancário:

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Nova teoria económica



It’s the Wile E. Coyote theory of economics. As long as you never look down after running off a cliff chasing the roadrunner, you can keep treading air. Unfortunately, although the power of positive thinking may help in many ways, it’s of zero use if you continue living above your means and making stupid decisions.

Doug Casey

O dinheiro explicado a crianças

Era uma vez tres irmaos pequenitos. Todos gostavam de berlindes. Cada um tinha 10 berlindes. Havia entao 30 no total. As segundas e tercas a noite o mais velho lava-va a loica, as quartas e quintas o irmao do meio, sextas e sabados ou mais novito. Ao domingo os pais levavam os putos comer fora. Havia outras tarefas, como arrumar o quarto, lavar a casa-de-banho, etc. que tambem eram divididas igualmente entre os tres. O irmao mais velho nao gostava de lavar a loica e as vezes pagava com um berlinde ao do meio para ele lavar a loica em vez dele. O mais novito nao gostava de arrumar o quarto e pagava um berlinde a quem fizesse o trabalho por ele. Enfim, havia comercio entre eles, e havia cambios (1 berlinde = 1 lavar a loica; 2 berlindes = 1 lavar a casa de banho) e os cambios as vezes mudavam consoante a oferta e procura e a disposicao dos pequenos. Ainda estas a ler?

Ok, entao agora imagina que passado algum tempo o irmao mais velho ja nao tinha berlindes e o do meio tinha 12, e o mais novo 18. Imagina tambem que o mais velho pedia ao mais novo para lavar a loica ao preco de 1 berlinde. Que fazer? O mais velho ja nao tem berlindes... Mas ai aparece a impressao papel, papel esse que diz "vale 1 berlinde", escrito pelo mais velho. O mais novito aceita. No dia a seguir o mais velho pede ao irmao do meio para lavar a loica. O do meio diz "tu ja nao tens berlindes, mas eu lavo a loica se me deres dois (2) papeis a dizer vale um berlinde" (inflacao). Agora ha 33 berlindes (30 + 3 papeis). Podes continuar.


C.N. respondendo à questão de como é impresso o dinheiro.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Pensamento do dia

No entanto, o que parece estar frequentemente implícito no tratamento da temática da ética dos negócios e na discussão sobre a Responsabilidade Social das Empresas é o entendimento de que a atividade empresarial e os negócios – independentemente de qual seja o seu setor ou atividade – são intrinsecamente imorais e têm uma "dívida à sociedade" pelo mero fato de existirem.

André Azevedo Alves in Ética dos negócios ou ética contra os negócios

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Jovem...

És ignorante? Burro que nem uma porta? Sabes ao menos ler e escrever?

Se respondeste que sim às perguntas anteriores então vem trabalhar connosco no Correio da Manhã onde terás toda a liberdade de dizer barbaridades como "Os especuladores internacionais desencadearam um ataque cerrado à dívida pública portuguesa para obterem lucros a curto prazo". O Estado, claro, não tem nada a ver com isto. É tudo uma conspiração maléfica dos "especuladores", porque sem contar com esses anda tudo doido para comprar dívida portuguesa... não percam o CM de amanhã onde vai ser explicado este grande investimento.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Um negócio diferente

Ontem, numa discussão do Caldeirão, começou a falar-se de micro-crédito e das ajudas que podem ser dadas desta forma aos mais desfavorecidos. O site mais conhecido de todos parece ser o Kiva onde quem tem dinheiro o deposita junta da Kiva que mais tarde é aproveitado pelas pessoas que estão no terreno para fazer empréstimos a taxas de juro mais baixas.

Já conhecia o site, mas confesso não ter gostado muito. Não é muito transparente e coloca o micro-crédito a par da caridade (para quem empresta) quando eu acho que se for visto como um negócio tem um potencial para atrair muito mais pessoas e assim o dinheiro chegar a mais locais. Meti mãos ao Google e encontrei o MyC4 que parece partilhar em parte a minha forma de pensar.



Eu gosto de gente que gosta de fazer dinheiro e que não tem vergonha disso. E assim, não foi difícil tornar-me um credor no MyC4 e em poucos minutos ajudei, com pequenas quantias, 3 pessoas a expandirem o seu negócio com taxas de juro superiores ao que muitos investimentos tradicionais estão a dar hoje em dia e com conhecimento do que vai ser feito ao dinheiro que empresto. Qualquer um pode fazer isto, o montante mínimo de cada empréstimo é apenas 5 euros.

Ao contrário da Kiva aqui corro alguns riscos: se as pessoas a quem eu emprestei não pagarem os empréstimos serei eu a assumir as perdas tal como corro o risco da desvalorização cambial mas penso que vale a pena. Se entrarem em default ao menos dei uma oportunidade a alguém, se tiverem o seu lucro como pretendem eu próprio terei um retorno acima da média e mais capital para voltar a investir no melhor negócio de sempre: a vontade humana de prosperar.

Visitem www.myc4.com e vejam se vale a pena. O tempo que "perdi" este Sábado à procura desta informação não o darei por mal empregue.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A "bolha" chinesa

A China não é tema novo por aqui, tanto pelas politicas cambiais que tem seguido face ao USD, quer pelas commodities que tem comprado como pelas análises do Jim Rogers que aqui são frequentemente colocadas.

Se por um lado existem fundamentais interessantes que suportam a tese de crescimento da China, por outro lado existe uma cada vez maior expansão de crédito que nos deve deixar de pé atrás quando investimos neste país.

O relatório do Banco central da China que saiu hoje reporta uma taxa de crescimento anual da M2 de 27%, ligeiramente inferior aos 29% reportados no final de 2009. É muita fruta.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Função pública ganha demasiado

Sobre as despesas do Estado com função pública, baseado neste estudo do Banco de Portugal, pode chegar-se à conclusão que Portugal não tem função pública a mais, ganham é bem demais especialmente quando comparados com o sector privado nacional e com a capacidade do país gerar riqueza.

Apesar de eu achar que ambos os casos são verdades(são demais e ganham demais) já que acho que o Estado fornece serviços a mais o facto da sua remuneração ser superior ao privado é grave. Não só porque têm um conjunto de benefícios que os outros não têm (como segurança de emprego) como normalmente prestam serviços menos rentáveis que os privados sendo uma injustiça tripla: produzem menos, têm beneficios exclusivos e ainda ganham mais.

Este texto do Portugal Contemporâneo é bastante interessante. A ironia de tudo isto é que a função pública é a primeira a protestar quando se lhe quer tirar qualquer coisa. Ou são inconscientes dos beneficios que têm ou são uma escorja desonesta, fazendo fé que é o primeiro caso convém educar a população.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Análise técnica

Apesar de deixar, de vez em quando, os meus "palpites" para os mercados não é algo a que me dedique muito, os fundamentais (macro?) económicos são o que move o inflaccionista. No entanto, a pedido de algumas famílias é algo que tenho vindo a fazer de três em três meses para a ACE - Associação para a Cidadania Económica e Educacional.

Aqueles que estiverem interessados podem ler aqui as minhas opiniões ou subscrever directamente a newsletter de mercados trimestral.

Actualização de spreads (II)

Uma vez por mês vou actualizando este gráfico até a situação na Grécia estabelizar... ou quebrar. O gráfico é publicado quando o BCE anuncia os valores médios do mês anterior. Neste caso o gráfico apresentado tem os valores médios para Dezembro de 2009 enquanto que os valores para Janeiro de 2010 são a cotação directa nos mercados esta manhã.



Gráfico anterior.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A "bagagem" do Euro

Neste artigo John Browne da Euro Pacific Capital fala dos riscos a que uma moeda como o euro está sujeita. Nada que não tenha sido por aqui antes.

Although the EU, by and large, currently spurns talk of a bailout for Greece, the debate will intensify if the economy deteriorates further. If, in order to preserve union, the EU does decide to bail out an individual member state, what precedent would that set?

Germany, the strongest EU economy, found it a Herculean task to bail out just 17 million people in the former East Germany. Could it even contemplate bailing out not one, but several other EU member states, without attendant political control?

There seems little room to move forward under the status quo. Though the Lisbon Treaty (read: EU constitution) just came into effect, it was passed without the mandate of citizen referenda. The member states remain culturally distinct, the citizens have little allegiance to the behemoth in Brussels, and, therefore, it seems far-fetched that the EU would go to war to compel one of its members to remain in the club. With little to glue it together, investors are questioning whether the eurozone is strong enough to withstand the shocks that would accompany a dollar collapse.

Grécia: A nova Argentina?

No dia em que uma delegação do FMI chega a Atenas, a Grécia volta a ser o centro das atenções do mundo financeiro pelas piores razões. Este artigo do Financial Times é deveras interessante:

This experience informs me that, much like Argentina a decade ago, Greece is approaching the final stages of its currency arrangement. There is every prospect that within two to three years, after much official money is thrown its way, Greece's euro membership will end with a bang.

[...]

After failing to meet the criteria for euro membership at the currency's 1999 launch, a chronically profligate Greece managed to qualify in January 2001 by engaging in creative budget accounting. Going an important step further than Argentina, Greece abandoned its currency in favour of the euro. It joined a club whose very founding envisions no exit option for any of its member countries.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Para que caminho segue a Venezuela?

Era esta a pergunta de hoje no Caldeirão e ao principio pretendia apenas guardar aqui, para memória futura, este comentário que deixei em jeito de resposta:

Segue exactamente para o mesmo caminho que todos os outros caminharam quando tentaram estas políticas. Ao principio esta medida conseguirá apenas subsidiar o mercado negro pois será o ponto mais fácil de abastecimento para quem quiser fazer uns trocos.

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sábado, 9 de janeiro de 2010

Retoma económica "Obama style"

O desemprego é provavelmente a forma mais popular de medir uma crise económica ou até a saúde da nação. E nada melhor para acelerar a recuperação da crise do que “fomentar a procura” de todas as formas possíveis. Como? Nada mais simples:

The government will hire about 1.2 million temporary workers in the first half of the year to administer the decennial population count, possibly providing a bridge to gains in private employment later in the year.

Além de atrapalhar a contratação de mão de obra barata pelo sector privado o que é que está de errado aqui?

The stimulus bill President Barack Obama signed in February and additional funding by Congress provided enough money to hire 1.4 million Americans in total for the census, almost three times as many as in 2000.

Com o dinheiro dos outros também eu fomentava já a procura de Ferraris – se é que o Engenheiro passa por aqui e me quer ajudar a tirar Portugal da crise.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Pensamento do dia

"All the perplexities, confusion and distress in America arise not from defects in their Constitution or Confederation, nor from want of honor or virtue, so much as downright ignorance of the nature of coin, credit, and circulation."

John Adams - "Pai fundador" dos Estados Unidos da América

Mas mãe, não fui eu…

Depois de o inferno ter congelado devido às alterações climáticas e José Sócrates ter assegurado o acesso gratuito à medicina dentária para todos os galináceos surge agora a notícia mais chocante de todas: Ben Bernanke acha que a FED não teve culpa nenhuma na bolha do imobiliário… já a seguir não perca a nova teoria económica vinda directamente de Princeton demonstrando que a procura de crédito não aumenta quando se oferecem taxas de juro mais baixas.

Enquanto ultimam os gráficos que defendem esta tese fique com o comentário de Peter Schiff a estes desenvolvimentos estonteantes na teoria económica.

In his presentation to the National Economic Club, Bernanke claimed that ultra-low interest rates in the early in the Bush years were appropriate given the conditions at the time, and that they therefore did not a contribute to the housing bubble. Instead, he laid blame squarely at the feat of an “under-regulated” financial sector which had designed and sold unconventional and exotic mortgage products, such as adjustable-rate and interest-only mortgages. According to Ben, it was these irresponsible lenders (who he now hopes to regulate), not low interest rates, that caused the housing bubble.

Ou como diria o meu sobrinho de 8 anos com um conhecimento económico bastante desenvolvido, mas com um vocabulário menos extravagante que o Sr. Chairman: “Mas mãe, não fui eu…”.

Alguém quer comprar?

O Estado português vai emitir cerca de 6 mil milhões de nova dívida nos primeiros três meses do ano. Diz que vai ser para dar apoios à economia, o que eu não percebo... julgava que já estavamos em recuperação.

Princípios

Confesso-me muito surpreendido por encontrar, hoje em dia, alguém assim no mundo dos negócios. Mas quando esse alguém não está apenas num negócio qualquer mas à frente de um banco parece quase um milagre este tipo de negócio ainda atrair gente com principios morais.

He started at BB&T, once known as the Branch Banking and Trust Company, in 1971 and became chief executive in 1989, when the bank had $4.7 billion in assets.

By the time he retired as C.E.O. in December, he had overseen 60 bank and savings-institution acquisitions and turned BB&T into the 11th-largest bank in the nation, with $152 billion in assets, according to the bank

[...]

After the Supreme Court upheld the right of local governments in 2005 to condemn private property and hand it to someone else for commercial development, he says, BB&T refused to make loans to developers who obtained property that way.

He also says BB&T decided not to offer the controversial “pick a payment” mortgages that got so many of its competitors into trouble. Such loans, also known as “option A.R.M.’s” or “negative amortization loans,” allow borrowers to make payments that don’t even cover the interest on the loans, which causes the amount they owe to grow.


Banqueiros destes? Venham mais.

Artigo completo.

Todos cometemos erros

In the private economy, people are always making mistakes. People buy things they really don't need with money they really don't have. Then, they pay the price.

In the public economy, people are always making mistakes too. But since the person who makes the mistake is not the one who pays the price there is little incentive to ever recognize the mistake or to stop it. Just the opposite. In the public economy, people are rewarded for failure. The worse a situation becomes...the more money gets thrown towards it. Just look at Detroit!

Government mistakes become eternal...programs that can't be stopped because too many jobs would be lost...useless community centers that can't be closed...wars that go on forever...the bureau of this...the department of that...

More and more parasites...fewer and fewer honest workers. But parasites do not build honest prosperity. They just waste resources.


Bill Bonner, in The Daily Reckoning

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

10 temas para 2010

O Ulisses partilha aqui connosco "10 temas para 2010" da autoria do sempre perspicaz Todd Harrison da Minyan Ville. Leitura recomendada.

Conhecer e Vencer a Crise

Este próximo sábado vou estar presente em mais uma acção de formação da ACE, desta vez em Oeiras às 14h30. Para os que se quiserem inscrever basta seguir o link para a associação.