quarta-feira, 31 de março de 2010

Grécia falha mais um leilão de dívida

O Governo grego tentou ontem colocar 1000 milhões de euros de dívida a leilão de surpresa... acabaram por ficar os próprios surpreendidos quando apenas conseguiram angariar 390 milhões de euros.

Já na segunda feira a dívida emitida a 7 anos não tinha recebido um acolhimento muito caloroso com apenas 7 mil milhões a surgirem como procura para uma oferta de 6 mil milhões. A taxa de juro roundou os 6%, mais de 3% do que a dívida alemã para igual período de tempo.

Mais detalhes no Zero Hedge.

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terça-feira, 30 de março de 2010

Investimento mortal

Este tema já aqui foi discutido várias vezes mas este video demonstra bem o tipo de pessoas que saiem hoje licenciadas de uma normal faculdade de economia.

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Já passou (III)

Se Alan Greenspan o diz, é porque é verdade. A sério...



"A billion dollars isn't what it used to be". Diz o senhor como se não tivesse nada a ver com o assunto.

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Já passou (II)

Ninguém me acredita, eles não fazem estas coisas por mal. A sério...

New Hampshire was recently ordered by its State Supreme Court to put back $110 million that it took from a medical malpractice insurance pool to balance its budget. Colorado tried, so far unsuccessfully, to grab a $500 million surplus from Pinnacol Assurance, a state workers’ compensation insurer that was privatized in 2002. It wanted the money for its university system and seems likely to get a lesser amount, perhaps $200 million.

Connecticut has tried to issue its own accounting rules. Hawaii has inaugurated a four-day school week. California accelerated its corporate income tax this year, making companies pay 70 percent of their 2010 taxes by June 15. And many states have balanced their budgets with federal health care dollars that Congress has not yet appropriated.


É mais uma tentativa do USD tentar destronar o EUR na corrida ao abismo.

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Já passou

O problema está contido. A sério...

First, let’s consider the size of the foreclosure problem. I chatted with Sean Dobson, CEO of Amherst Securities, and he quantifies the foreclosure crisis as 12 million at-risk households. Seven million have already stopped paying their mortgage, another five million are so deep under water, they likely will. Meanwhile, only 1.5 million homes have been liquidated, that is, they’ve been repossessed from a delinquent borrower and sold off to a buyer capable of making monthly payments. In other words, we’re in the bottom half of the first inning of this crisis.


Rolfe Winkler, Reuters

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segunda-feira, 29 de março de 2010

Fim de semana grego

Parece que as coisas na Grécia andaram muito activas este fim de semana. Começando pelas coisas importantes, morreu uma pessoa vítima de uma bomba que era destinada a um edifício onde são formados funcionários públicos. A ira da população grega já se tinha feito sentir antes contra estabelecimentos bancários mas desta vez dirigiu-se a outro grupo de “privilegiados”.

Enquanto isso, o Telegraph pega num tema que já aqui tinha sido falado anteriormente que é a forma como os gregos jogam à roleta russa, patrocinados pelo BCE.
Greek banks have been key buyers of state debt this year, using it as collateral for cheap loans from the European Central Bank. Simon Ward, of Henderson Global Investors, said ECB loans to Greek banks jumped by €12.5bn to a record €59.8bn in February.

O que isto quer dizer é que toda aquela “procura” que existe por títulos de dívida grega vem de um sítio muito específico: a banca grega. Porque acham que é um bom investimento? Nem por isso, é porque é um investimento que não podem perder. Compreendamos melhor este negócio:

Passo 1: Grécia emite dívida de médio/longo prazo (imaginemos 10 anos) que rende 6% ao ano.
Passo 2: Banco grego compra dívida do Estado.
Passo 3: Banco grego usa a dívida como colateral para o BCE fazer um empréstimo de curto prazo (1 ano).
Passo 4: Banco grego ganha a diferença entre o juro que paga ao BCE e o juro que recebe do Estado.

Dinheiro fácil, até os bichinhos gostam. Quais são os problemas desta abordagem? Bom, primeiro que tudo o problema está no prazo dos empréstimos. A dívida grega é apenas aceite como colateral no BCE hoje devido às medidas anti-crise (normalmente não é aceite colateral com o rating que a dívida grega tem). Seria lógico pensar, já que parece estar tudo tão confiante que o pior da crise financeira já passou, que mais tarde ou mais cedo as medidas anti-crise do BCE irão terminar. Imaginemos que acabavam no final deste ano e que o BCE deixava de aceitar esta dívida como colateral… o que acontece aos bancos gregos que compraram a dívida? Vão precisar de se ir financiar a outro lado… e quem é a alma caridosa que os vai financiar à mesma taxa que faz o BCE? Pois… ninguém. Pelo menos ninguém abaixo dos 6% que paga a dívida grega, ou seja, o feitiço vira-se contra o feiticeiro e o esquema de dinheiro fácil torna-se numa receita para a insolvência (pagando mais pelo empréstimo do que recebem pelo que se empresta).

Como é fácil de ver este jogo suicida só tem jogadores por duas possíveis razões:
1) Os bancos gregos entendem que o BCE nunca mais vai repor as regras de financiamento e que a dívida grega será sempre colateral válido.
2) Os bancos gregos não se importam de abrir falência.

No primeiro caso é duvidoso que a Alemanha deixe a situação existir eternamente (assumindo que a Alemanha continuará interessada no Euro), mas a segunda é muito fácil de perceber porque já estamos habituados a ela. Os gestores do banco grego só têm de pensar o seguinte: “Se tudo correr bem eu ganho o diferencial entre as taxas de juro. Se tudo correr mal o estado Grego está insolvente, o que faria com que eu estivesse insolvente de qualquer das maneiras, logo não se tem nada a perder”. De uma forma eles ganham, da outra perdemos todos… o costume (de todo o cenário é fácil compreender porque é que o Estado devia estar longe destas coisas em vez de ser o “regulador” de uma aldrabice em que ele é o primeiro beneficiado). Enquanto isso, o BCE vai fornecendo armas a uns tipos desesperados.

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quarta-feira, 24 de março de 2010

Mais um corte no rating da República

Houve mais um corte no rating da República Portuguesa, desta vez pela Fitch.

Nos mercados esta notícia traduziu-se numa queda do PSI20 (a partir da zona dos 8100 que aqui tinham sido mencionados) e numa quebra do suporte no EUR/USD mencionado nos 1.34 falado também aqui no Inflaccionista.

Vamos ver o que trazem as próximas semanas. As principais bolsas mundiais continuam a não dar sinais de fraqueza... não se pode acertar em todas.

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terça-feira, 23 de março de 2010

Actualização do mapa para a Grécia

Chegou hoje ao meu e-mail o boletim de Fevereiro da DGO. Qual é o saldo para já deste ano de 2010, um ano que se sabe de contenção, rigor e combate ao défice?

1) A receita diminui para já 3,5% (há um limite para o que se pode esmifrar aos portugueses apesar da classe política não o entender).

2) A despesa corrente aumentou 2,5% (a Porto Editora marcou uma reunião de emergência para redefinir a palavra "contenção").

3) O saldo (negativo) global passa de 892 milhões para 1242, ou visto de outra forma, aumentou quase 40%.

Estamos no bom caminho, a Grécia é na segunda à direita. Já estamos quase, é só mais um esforço que fechamos a loja e abriremos a 4ª República sobre nova gerência, de preferência uma que saiba gerir.

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segunda-feira, 22 de março de 2010

O Euro, a Grécia e o colapso (IV)

Quando mencionei aqui a corrente de "bad press" que o Euro estava a receber o mês passado referi que o mais provavel era um ressalto a curto prazo para aliviar o sentimento negativo. Ele veio poucos dias depois mas ficou-se pelos 1.38 e o preço parece ter desenhado uma "espécia de triângulo" que normalmente são um sinal de continuação da tendência anterior (ou seja, de queda neste caso).

O sentimento esse também já está um pouco melhor. O EUR/USD continua a cotar a 1.35 mas já não se fala todos os dias do fim da UE.

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sexta-feira, 19 de março de 2010

Um pequeno passo

É realmente um pequeno passo, mas já é alguma coisa. A justiça declarou hoje que a Reserva Federal tem de fornecer os documentos pedidos pela Bloomberg que identificam as empresas financeiras que teriam aberto falência sem a intervenção do banco central norte-americano em 2008.

Nada é ainda definitivo, a FED vai voltar a recorrer desta vez para o Supremo Tribunal de Justiça.

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Tenham medo

What’s more, Greek Prime Minister George Papandreou has been making statements that reveal a frightening sense of entitlement to the wealth of outsiders. He has said that the markets must be tamed by democracy, which we take to mean that he thinks Greek politicians have some metaphysical right to borrow the world’s wealth at low interest rates. In particular, he seems to share the view of many Greeks that the wealthier European countries—and Germany in particular—just owe Greek money. Which is a very strange attitude for a the country with the world’s highest debt-to-GDP ratio.

The problem with this view is that it cannot self-actuate. The Greeks lack a mechanism to force capital markets to fund them at low rates of interest. All they have is a threat of creating instability if the world does not supply them with cheap credit.

That’s what the leaders of Lehman Brothers had on their side as well. It did not end well. We won’t be surprised if Panandreou winds up at the next Dick Fuld and Greece the world’s first sovereign Lehman Brothers.


Artigo completo.

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Nada de novo

Tenho estado bastante ocupado com outros projectos e a participação aqui no Inflaccionista é a primeira a sofrer mas também não se tem perdido muito. Os mercados continuam a subir, cada vez mais a custo. No final de Março os mercados esperam que a FED deixe de participar nas compras que tem feito, mas muitos especulam que a FED continuará as suas compras que tanto têm ajudado o mercado a subir.

Por cá continua-se com PECs de treta, a carregar os do costume até que caiam para o lado. Nessa altura já ninguém poderá dizer que não temos nada a ver com a Grécia. Por lá o sector bancário perdeu ontem mais 4% do seu valor.

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segunda-feira, 15 de março de 2010

Frase do dia

The rioters can go home. The system will collapse on its own.

Bill Bonner, sobre a dívida acumulada nos países ocidentais com especial atenção para as manifestações na Grécia.

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sexta-feira, 12 de março de 2010

Marc Faber: Os mínimos estão feitos

O famoso Dr. Doom está convencido que Ben Bernanke não deixará o mercado voltar a cair como em 2008.

If we go down by say 10-20% on the S&P 500, our money printer in the US, Mr. Ben Bernanke will flood the market with liquidity, weakening the dollar, supporting equities and other assets."



Eu continuo a questionar-me se a vontade de Bernanke vai ter muito a ver com o assunto, mas convenhamos que Marc Faber percebe mais disto do que eu.

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quinta-feira, 11 de março de 2010

Isto é humor?

Não sei muito bem como hei-de classificar esta notícia. Alguém ajuda?

O banco central da Grécia criou uma "Conta de Solidariedade" para acolher donativos que serão utilizados para reduzir a dívida do país.

Qualquer instituição ou particular poderá fazer depósitos na sede do banco e nas agências dos bancos comerciais do país.

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Actualização de spreads (IV)

Actualização do gráfico com as médias de Janeiro.



Desde dia 08 de Fevereiro (quando atingiu 4,77%) que os custos da dívida portuguesa têm vindo a descer até ao dia de hoje em que subiu 23bps para os 4,26% uma subida bastante considerável tendo em conta a tendência de curto prazo.

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Um negócio diferente (II)

Em Janeiro falei-vos aqui do MYC4.

Para os curiosos fiquem a saber que recebi hoje o primeiro pagamento deste senhor que aproveitou o empréstimo para expandir o seu "hotel" na Tanzania. Esperemos que corra tudo bem, tanto para mim como para ele.

Curiosidade: Devido à fantástica força do Euro fiquei a saber que além do juro que cobrei fiquei a ganhar na taxa de câmbio. Parece que também o dólar da Tanzania se está a valorizar face à moeda única.

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Uma questão de sentimento

Como os leitores viram pela análise que fiz do Nasdaq 100 a quebra da tendência ascendente (desde Março de 2009) acabou por não confirmar o fim deste rally que fez já um ano, o índice acabou mesmo por fazer mais um máximo relativo na sessão de ontem.

Existem outros índices mais fracos, nomeadamente o nosso PSI20 que continua a debater-se com a resistência nos 7900-8100 e várias acções que compões o PSI20 continuam em claro território bear. O DAX (a minha referência para a Europa) também continua abaixo dos máximos de Janeiro.

Já o SP500 nos EUA (também o meu índice de referência para aquele lado do Atlântico) está agora nos mesmos níveis de Janeiro e todos os traders estão a olhar para esta área antevendo um possível duplo topo/área de resistência.

Mas do que vos queria falar era de dois indicadores de sentimento que o Incognitus tem acompanhado no ThinkFN: O sentimento AAII e o Put/Call Ratio. Ambos os indicadores mostram que os investidores estão novamente em euforia e que devemos esperar nova correcção nas próximas semanas.

Vejam os gráficos deixados pelo Incógnitus para uma maior percepção dos sinais.

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quarta-feira, 10 de março de 2010

What ... the ... FUCK?

Hum... e que tal se 10% do dinheiro que o BCE cria fosse directamente para África ou coisa do género? Não era mais prático?

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Aniversário

Passou desapercebido mas fez ontem um ano que os índices fizeram os famosos mínimos.

Quem diria?

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segunda-feira, 8 de março de 2010

É de arrasar



Mais em BadBoyTrader

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domingo, 7 de março de 2010

Nasdaq 100 (III)

O tempo não tem sido muito para actualizar o blog mas deixo apenas aqui mais um gráfico do NAS100. Como se pode ver a resistência anunciada para os 1860 deu luta durante 3 dias mas acabou por ser quebrada na passada sexta-feira.



Por mim fico de fora a ver os próximos episódios. A próxima resistência encontra-se nos 1900 que são os máximos dos últimos 12 meses. A não ser que aquela LTA de curto prazo seja quebrada brevemente não penso re-entrar short neste mercado.

Como nota deixo apenas o facto que outros mercados se aproximam de resistências importantes, entre eles o nosso PSI20 que entrou na passada sessão na zona dos 7900-8100 que deverão oferecer forte resistência.

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segunda-feira, 1 de março de 2010

Crimes graves (II)

Ao que chegámos... depois de identificados pela PIDE os especuladores estarão sujeitos à tortura.

O primeiro-ministro do Luxemburgo e presidente do Eurogrupo ameaçou os bancos e fundos de alto risco e especulativos com sanções estatais. Numa entrevista publicada hoje no jornal alemão Handelblatt, Jean-Claude Juncker afirmou: "Temos os instrumentos de tortura no sótão e vamos mostrá-los se for necessário".

"Devemos fortalecer a primazia da política para poder travar os mercados financeiros", disse o presidente do Eurogrupo, o fórum que reúne os ministros das Finanças da zona euro.


Esta gente não devia ter um pouco mais de tento nas palavras?

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A libra, o Reino Unido e o colapso

Aqui no Inflaccionista vivem-se verdadeiros tempos democráticos. Como tal, comem todos da mesma forma.

“Alarm bells were ringing in Greece for a long time and when it happened, it happened very quickly,” Haig Bathgate, head of strategy at Turcan Connell, said at the company’s offices in the Scottish capital. “The U.K. is in a similar predicament. It could be hit very hard.” [...]

Bruce Stout, whose Murray International Trust Plc in Edinburgh has doubled over the past five years, said the chance of a plummeting pound are “better than even” and his biggest holdings are in Asia and Latin America. He called sterling a “very vulnerable currency.”


A libra está hoje a ser fortemente penalizada nos mercados internacionais.

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O dolar, a California e o colapso (II)

O risco da California é maior que o da Grécia diz a JP Morgan:

California however poses more of a risk, given the state's $20bn (£13.1bn) budget deficit, which Governor Arnold Schwarzenegger is desperately trying to reduce.

Earlier this week, the state's legislature passed bills that will cut the deficit by $2.8bn through budget cuts and other measures. However the former Hollywood film star turned politician is looking for $8.9bn of cuts over the next 16 months, and is also hoping for as much as $7bn of handouts from the federal government.

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