Nos ultimos dois anos coloquei aqui várias posições a favor de um cenário deflacionista e outras a favor de um cenário inflacionista. Por estranho que pareça a discussão estava tão quente com o SP500 nos 700 pontos e o ouro nos 800 como hoje com o SP500 a 1330 e o ouro a 1450.
Este artigo no ZH, de Gonzalo Lira, que critica a posição de Rick Ackerman (que já aqui coloquei antes) e o que me chamou a atenção foi uma frase no meio bastante refrescante:
I’ve got a rep for being a hyperinflationist—which isn’t exactly true: I’m a dollar hyperinflationist, but a euro deflationist.
Pode parecer estranho mas o raciocínio é válido. O autor entende que a FED está muito mais disposta a financiar o governo federal dos EUA do que o BCE estará disposto a salvar os 12 governos que fazem parte da zona-euro. Até agora, do que se tem visto e das palavras agressivas de Trichet (enquanto do outro lado do Atlântico se fala de Quantitative Easing 3) é um cenário que não deve de forma alguma ser descartado.
Vale a pena recordar mais uma vez Ludwig von Mises:
"Não há forma de evitar o colapso final do crescimento artificial provocado pela expansão de crédito. A unica escolha é apenas decidir se a crise deve vir rapidamente através do abandono voluntário de mais expansão de crédito ou se, por outro lado, devemos adiar e esperar uma total catástrofe para o sistema monetário envolvido"
Seria a derradeira homenagem que a UE e os EUA, saindo os dois da mesma casa de partida, chegassem a resultados diferentes mas ambos previstos por Mises dependendo somente da política monetária que decidiram seguir para enfrentar a situação. Um colapso deflacionista (e eventual fim do euro) e uma explosão hiperinflacionista (e eventual fim do USD).
Food for thought...
terça-feira, 5 de abril de 2011
E o debate continua
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