Como já repararam o blog tem andado um pouco calmo que o tempo não dá para tudo. De qualquer das formas enquanto arrumava o e-mail apareceu-me esta pérola de parasitismo nacional que vale a pena partilhar.
terça-feira, 31 de maio de 2011
Parasitismo
sexta-feira, 20 de maio de 2011
O mundo acaba amanhã
Andam por aí a circular rumores de que o mundo está para acabar amanhã (sem hora exacta). Se ao principio estava bastante céptico em relação a este acontecimhttp://www.blogger.com/img/blank.gifenhttp://www.blogger.com/img/blank.gifto devo confessar que estas notícias do Zimbabwe parecem reforçar a probabilidade de tal realmente acontecer:
RESERVE Bank Governor Gideon Gono’s proposal this week for the introduction of a gold-backed Zimbabwe dollar is an idea whose time has come. If implemented properly, the gold-backed local currency will resolve the liquidity crisis currently ravaging the sanctions-hit economy.
In light of the global financial crisis and sanctions, Zimbabwe is effectively barred from accessing any meaningful lines of credit and the liquidity crisis will persist if the domestic capital market is not re-activated with the introduction of a local currency backed by a precious metal.
E o Gideon Gono será bipolar?
segunda-feira, 16 de maio de 2011
And now for something completely different
Zimbabwe diz que o USD está à beira da morte e recomenda padrão ouro.
As voltas que o mundo dá...
terça-feira, 10 de maio de 2011
Pensamento do dia
“I've missed more than 9,000 shots in my career. I've lost almost 300 games. 26 times, I've been trusted to take the game winning shot and missed. I've failed over and over and over again in my life. And that is why I succeed.”
~ Michael Jordan
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Jim Rogers sobre o movimento na prata (II)
No seguimento do post anterior Jim Rogers volta a falar da prata depois de uma queda que já supera os 30%.
I don't trust the government for my investments
Pensamento do dia
"Just about anything you buy, rather than paper, is better. You’re bound to come out ahead, in the long pull. If you don’t like gold, use silver, or diamonds or copper, but something. Any damn fool can run a printing press." - Nelson Hunt
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Não era bluff (II)
Na reunião de hoje do BCE o comité central decidiu não subir as taxas de juro de referência tal como era esperado pelo mercado. Porém, ao contrário do que o mercado pensava Trichet refreou o seu discurso quanto a próximas subidas levando o EUR a corrigir das subidas recentes.
Apesar do ataque encapotado à FED, Trichet está tanto entre a espada e a parede como o seu congénere americano. Podem ler o resumo da conferência de imprensa no ZeroHedge.
Esclarecedor (II)
Neste país é assim, o primeiro ministro vem à televisão dizer de que é que o acordo não consiste, apelida-o de uma grande vitória para a nação e depois o acordo propriamente dito é lançado para os jornais a ver se a malta se assusta com o tamanho do documento (escrito em "estrangeiro" ainda por cima) e evita ler a coisa não vá ficar com a ideia que aquilo de "vitória" não tem nada.
Pois bem, o acordo genéricamente falando é uma bela trampa. Vai aumentar o IVA, o IRS, o IRC, o imposto sobre o tabaco, o imposto sobre os automóveis, as taxas moderadores enfim. Tudo o que se lembrem que sejam receitas do Estado... toca a pagar mais. O que vale é que a nossa carga fiscal era reduzida portanto não custa nada pagar mais um pouco.
No capitulo das receitas temos também uma mão cheia de privatizações como a EDP, a GALP, CP, REN e mais umas quantas. Como é normal nestas coisas o Estado vai continuar com o lixo e privatizar o que é bom (no caso da CP, o transporte de mercadorias) ao desbarato. Sempre se tira o Estado de muito sitio onde não devia estar mas ficamos com um sabor agridoce na boca. Um aspecto verdadeiramente positivo é o acordo para o Estado abandonar as suas golden shares.
Do lado da despesa surpreende muito pouco. A maior parte dos pontos são coisas que já estão a ser faladas desde o PEC 1 mas a implementação é o que se sabe. Contratar menos funcionários públicos do que aqueles que se reformam, concentrar serviços enfim... às vezes o acordo parece uma simples declaração de intenções que não nos levam a lado nenhum. A única novidade é mesmo que o FMI vai seguir o processo e se vir derrapagens tenderá a agir o que é positivo pois já se viu que a Assembleia da República não tem capacidade de o fazer.
Ainda existe uma ou outra medida que pode ser considerada nova como a redução do valor e duração do subsidio de desemprego. A "reforma" da lei laboral que os papões do FMI vinham trazer pariu um rato e pior que isso suporta políticas que deviam ser travadas (como a obrigação dos patrões para descontar para o "fundo de indemnização aos empregados que ainda não despediu mas um dia lhe pode apetecer despedir", o que é muito bom porque o patronato anda todo com dinheiro a mais no bolso e não sabe onde o aplicar). Ainda do lado positivo existem algumas ideias boas para a saúde e justiça mas as poucas ideias que são mais que boas intenções depressa são compensadas com outras ideias menos boas (como por exemplo definir o preço dos genéricos por decreto).
É um acordo que acaba por fazer pouco para que os portugueses se apercebam da realidade e os próprios objectivos do défice são pouco ambiciosos. Dentro de poucos anos o default será inevitável e os portugueses vão estar mal preparados também por causa deste acordo.
terça-feira, 3 de maio de 2011
Esclarecedor
José Sócrates anunciou ao país o que é que o acordo do FMI não tem. Pode ser que um dia saibamos de que é que o acordo realmente consiste.
USS Titanic
Podia ser o titulo do novo comentário de Bill Gross ao mercado de dívida pública americano e aos efeitos perversos que a política da FED está a ter nos mesmos. Bill Gross não foi tão assassino no título, mas apenas nisso.
The point of the Reinhart paper was not to state the obvious – that inflation is bad for bonds. Their financial repressionary thesis points out that bond prices don’t necessarily have to go down for savers to get skunked during a process of “debt liquidation.” The argument over whether the end of QEII on June 30 will result in higher yields and lower Treasury bond prices is, in a sense, a secondary one. Even if 10-year Treasuries stay where they are at 3.30%, and fed funds close to 0%, savers and financial intermediaries are being shortchanged by both of these yields and everything in between. Today’s rates resemble the interest rate caps prior to the 1951 Accord. Either through QEI, QEII or the Fed’s “extended period of time” language reinforced at Chairman Bernanke’s recent press conference, U.S. Treasuries and the bond market in general are being “repressed,” “capped” or simply overvalued compared to the prior 30 years. Bond investors forced to invest in dollar government bonds either through indexation, convention, regulatory guidelines or simply falling asleep at the helm are being shortchanged by 1 to 2% annually compared to historical norms and in many cases receive negative real yields.
Pensamento do dia
“The curious mind embraces science; the gifted and sensitive, the arts; the practical, business; the leftover becomes an economist.”
~ Nassim Taleb
segunda-feira, 2 de maio de 2011
E para acabar o dia
E para terminar este maravilhoso dia temos um crash no ouro. Em baixo está o gráfico com velas de 1 minuto. Demorou cerca de 11 minutos a recuperar e mais uma vez num período de baixa liquidez.
É para os tipos da prata não ficarem invejosos.
Um pouco de volatilidade...
Bom... esqueçam o que eu escrevi esta madrugada e esta manhã. O WTI faz novos máximos acima de $114, o USD faz novos mínimos abaixo de 73 e a prata está novamente acima de $46.
Tudo normal... ou não.
A estrela da morte e a economia
Este artigo fez soltar o geek que há em mim:
To maintain order, the Emperor would generally need a MASSIVE, MASSIVE bureaucracy. The Old Republic built up a serviceable one over thousands of years, but that took a lot of time, money and effort, and in the end it was bloated, ineffective, and ultimately subverted against the Old Republic.
The more you spend on bureaucracy, the less control you have directly over your Empire. The less you spend on bureaucracy, the more you have to tighten your grip, and the more star systems slip through your fingers.
So, the Emperor and Tarkin focus on making one really huge, high-impact investment: The Death Star. They throw in Alderaan as part of that investment. This doomsday weapon will supposedly free up their resources to spend less on administration, personnel and infrastructure, and continue to function without a Senate. It seems like a big investment until you realize how much they save by not actually having a functioning government.
Burn in Hell: Osama Bin Laden
Como por esta hora já é do conhecimento de todos Osama Bin Laden morreu esta madrugada durante uma operação militar dos SEALs americanos em colaboração com as autoridades paquistanesas.
Os efeitos da sua morte parecem estar a ter os mais variados efeitos no mercado, nomeadamente nos accionistas que estão a fazer uma grande festa, em gap up. A racionalidade da coisa é que não me parece grande, afinal de contas morreu Bin Laden mas que relevância tem isso numa estrutura descentralizada como a Al-Qaeda? Bin Laden ainda fazia alguma coisa? Não sei mas duvido que a sua morte, a médio prazo, tenha algum efeito positivo na economia a não ser que Obama venha anunciar que a missão no Afeganistão terminou e que é altura de parar com este desperdicio de recursos... improvável para já. O que será mais provável é, como já admitiram algumas patentes militares, repercursões da Al-Qaeda à morte de Bin Laden o que decerto não será positivo para ninguém.
Talvez mais relevante que a morte de Bin Laden seja o ataque da NATO que matou alguns familiares de Khadaffi. O mercado pode estar aqui a ver alguma possibilidade de o conflito terminar brevemente e que o petróleo liberado possa novamente chegar ao mercado.
De qualquer das formas, o USD esboça um ressalto, os índices accionistas sobem e o petróleo e metais preciosos descem. Pode ter-se fechado uma porta mas escancaram-se umas quantas janelas.
Uma abertura... de fechar o mercado
Que a prata tem negociado numas condições excepcionais nos últimos meses não é novidade para ninguém mas finalmente temos que assistir ao reverso da medalha.
A prata abriu em condições impróprias a cardíacos com uma queda superior a 12%. Pela primeira vez vi um mercado spot impedido de transaccionar. Os spreads nesta altura ainda são completamente estupidos pelo que suponho que isto são stops (incluindo os meus que ainda sofreram slippage considerável) a serem varridos, ninguém com os neurónios todos no sitio negoceia num mercado destes durante o inicio de uma sessão asiática com pouquíssimo volume.
Fico mais uma vez a ver o mercado de fora, à espera da próxima oportunidade. Em baixo fica a representação gráfica de uma queda espectacular que decerto deixará muita gente nervosa.
É ficar à espera da próxima oportunidade para entrar e ver se saiem algumas noticias interessantes.