terça-feira, 28 de abril de 2009

A nova contabilidade

O já varias vezes aqui referenciado Professor Fekete decidiu fazer um pouco de necrologia no seu mais recente artigo e fala-nos das contas dos bancos e dos artifícios contabilísticos tão em voga e patrocinados pela administração Obama e pela Reserva Federal Norte-Americana. Numa altura em que os resultados dos bancos e os seus lucros são causa de admiração apenas para os menos informados é um artigo que vale bem a pena ler para se perceber porque é que estes resultados publicados nada mais são que mentiras e o resultado prático de um exercício de “contabilidade criativa”.

Do artigo:
In 2009 we are wondering what has hit our banks. No mystery there. It was not subprime mortgages nor other loose lending practices. The banking crisis is entirely self-inflicted or, more precisely, government-inflicted the origins of which go back almost ninety years: faking balance sheets. That practice cannot go on forever. The day of reckoning comes when capital is called upon to do what it is supposed to do: to tie over the bank during a temporary setback. The kitty is opened, and found empty. Bank capital is gone […] we have a fully-fledged banking crisis on hand, and the FDIC will soon face its first real test since its establishment in the 1930’s. Is deposit “insurance” a myth as suggested by Palyi, designed to mislead the public? There is plenty of evidence that it is.

[…]

The much advertised “stress-test”, no doubt, is using the same metric that has steered the banking system to the ground during the past four-and-a-half score of years: the metric assuming that government bonds can never lose value, and bank balance sheets are there to falsify based on that false metric.

[…]

The moment of truth has arrived. You cannot fool all the people all of the time. The Emperor is naked: the tailors who created his garments are impostors.

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Mais um imposto (II)

Através d'O Insurgente o Mentat traz-nos mais um imposto escondido: O certificado energético, algo que realmente fazia falta para impulsionar a economia... em direcção ao abismo.

Do artigo:
Ou seja, com mais este “papelinho” de utilidade duvidosa, o Estado esbulha os contribuintes de mais 533 milhões de euros.

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Bem vindos ao 3º mundo

Noticia-nos hoje o Jornal de Negócios que Portugal está, segundo as previsões do FMI, no ultimo lugar, em termos de PIB por habitante, das economias desenvolvidas. Talvez a solução passe por nos começarmos a comparar com as economias subdesenvolvidas, possivelmente ficavamos no Top 10 durante um ou dois anos.

Do artigo:
Portugal deverá cair este ano para a 33ª e última posição no "ranking" de riqueza criada por habitante das economias avançadas, revelam as últimas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI). Entre 2000 e 2008, Portugal recuou da 18ª para a 32ª posição. Este ano, arrastado pela crise, tocará no fundo, ultrapassado pela Eslováquia, destina o Fundo.

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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Quem tem medo do FMI?

Pouco depois da reunião do G20 em que se andou a debater se o FMI devia ou não vender parte da sua reserva de ouro para fazer face à crise financeira muitos investidores de ouro tiveram medo que isso viesse a suprimir o preço do metal amarelo... se calhar deviam ter mais medo os short-sellers de ouro da China depois desta noticia que avança o Financial Times sobre as reservas de ouro a aumentarem no oriente, confirmando cada vez mais a transferência de riqueza do Ocidente para as terras do outro lado do mundo.

A China, que detém perto de 2 triliões de USD tem todas as razões para recear pelo futuro valor das suas reservas e deve mais do que agradecer ao FMI se decidir vender parte das suas reservas, mais provavelmente vai até oferecer-se para ficar com essas reservas através de uma transacção paralela ao mercado evitando assim influências no preço do ouro que seria desvantajoso para ambas as partes.

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Acabar com o banco central

O 25 de Abril também é dia da liberdade para os americanos, pelo menos foi a data que escolheram para organizar uma manifestação contra o Banco Central e pedir a sua abolição ao Congresso.

Houve várias concentrações em vários Estados americanos mas ficam as imagens da concentração de New York e algumas palavras que Peter Schiff deixou aos que participaram.

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segunda-feira, 20 de abril de 2009

A crise de 1929 em imagens

O Tiago mostra-nos no seu blog um belo apanhado de algumas foto jornalisticas de depressão de 1929. No mínimo, interessante.

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sábado, 18 de abril de 2009

Mais um imposto

Provavelmente é algo que os leitores desconhecem mas sou um adepto da prática de mergulho, não do mergulho no mar nas férias mas daquele mergulho recreacional que levamos uma garrafa atrás das costas para podermos passar algum tempo em sossego com as criaturas marinhas.

Ora o Estado achou que andava muita gente a fazer mergulho em Portugal e que era inaceitável não tirar alguma receita fiscal desta prática, como se o IVA e o IRC cobrado às empresas do ramo (que genericamente falando não são muito abonadas) não fosse suficiente decidiu lançar um imposto individual sobre todos os mergulhadores portugueses criando uma licença especial necessária apenas para portugueses mergulharem em Portugal - num breve momento de racionalidade alguém se lembrou que não era boa ideia extorquir os turistas e limitarem-se aos camelos do costume.

Este novo imposto manifesta-se através da obrigatoriedade de ter um Titulo de Mergulhador Nacional sem o qual estarei sujeito a coimas se for fiscalizado pela policia maritima que aparentemente tem pouco trabalho aos fins de semana pois dedicam o seu tempo a perseguir as escolas de mergulho, pelo menos em Sesimbra.

Este imposto, perdão, esta licença é do melhor que há por duas razões:
1) Dispensando os estrangeiros desta idiotice os nossos politicos dizem que quem quiser praticar mergulho em Portugal pode fazê-lo livremente excepto se tiver o azar de morar neste rectangulo comandado por quadrados.
2) Eu, que sou detentor de uma certificação internacional tenho permissão para mergulhar em qualquer parte do mundo até aos 40 metros de profundidade excepto em águas territoriais portuguesas.

Esta charada que se tornou a legislação e o poder politico em Portugal está a ir longe demais. Acabem com a farsa, venham cá a casa e levem tudo, nacionalizem a minha empresa. Assumam-se, é isso que querem e é preferível para todos que roubem velozmente e à luz do dia para que possamos recomeçar do zero do que esta morte lenta por asfixia fiscal.

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quinta-feira, 16 de abril de 2009

O que fazem 230 inuteis juntos?

Esta tarde a nossa classe politica brindou-nos com as suas habituais competencias desta vez sobre o sigilo bancários, impostos e evasões fiscais. O levantamento do sigilo bancário foi a estrela dos principais meios de comunicação social mas não necessariamente a mais idiota (apesar de o ser bastante, como se fosse difícil nos dias de hoje alguém que queira fugir à bisbilhotisse do Estado abrir uma conta no estrangeiro).

Saíram também desta reunião magna várias ideias para serem aplicadas em empresas privadas, aquelas empresas que no fundo sustentam o Estado. Como sabem os leitores empresas em dificuldades é o que não falta neste país, felizmente o governo decidiu que era do “interesse nacional” salvar estas empresas geridas por gente que não sabe gerar lucro como se fossem elas a solução para um futuro promissor (pelo menos falências e dívidas promete) para todos. Como o dinheiro está caro e a dívida publica é para ser usada nesses pilares de progresso nacional que são o TGV e o novo aeroporto tem de se ir buscar o dinheiro a algum lado para dar a estes gestores para eles poderem voltar a ter prejuízos e como tal nada melhor que aprovar uma lei que permite taxar os prémios de competência a 75% … como qualquer pessoa com dois dedos de testa terá percebido pelos últimos desenvolvimentos ser competente dá mais trabalho do que beneficio de maneira que o meu conselho a quem tiver essa habilidade é simplesmente que tirem férias até que volte algum bom senso, levem uma mala grande que isto tem aspecto de demorar.

Ficou também decidido que os patrões e gestores das empresas devem disponibilizar a informação sobre a sua remuneração a todos os que assim estiverem interessados, aparentemente além do direito à saúde e à educação deve algures na constituição dizer que é um direito inalienável do Homem saber quanto ganha o seu vizinho (ao contrário, o acesso à Justiça é só para alguns). Sugiro apenas ao “engenheiro” Sócrates que especifique na lei que devem este dados estar também nos novos chips das matriculas dos carros, já agora acompanhada da informação do que tomaram ao pequeno-almoço (não vá alguém andar a comer pão com muito sal).

E foi isto que produziram 230 inúteis empregados pelo Estado numa tarde de quinta-feira: legislação para roubar quem produz, invadir a privacidade individual das pessoas e encontrar meios de recompensar a incompetência através de mais subsidios. Nunca mais vem Agosto para fecharem o parlamento.

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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Nova sondagem

A irracionalidade dos mercados pode durar mais tempo do que a solvência da nossa carteira e como o mercado está a sofrer um dos mais fortes bear market rallys de que há memória é tempo fazer uma nova sondagem sobre o optimismo aqui dos "Inflaccionistas".

Para memória futura ficam os resultados da ultima sondagem, à pergunta "Está exposto aos metais precisos?" responderam 33 pessoas da seguinte forma:

Apenas à Prata: 3 (9%)
Apenas ao Ouro: 5 (15%)
A ambos: 5 (15%)
Não estou exposto: 20 (60%)

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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Entrevista a Peter Schiff

Peter Schiff, presidente da Euro Pacific Capital e várias vezes mencionado neste blog, deu uma entrevista reventemente ao Gold Report que aconselho todos a lerem.

Do artigo:
Investors need to act quickly and take charge of their financial destiny. We’re facing the largest redistribution of wealth through inflation.

The hardest hit will be the savers and investors who will see their savings wiped out if they are kept in U.S. dollars. Dollars will be stolen from the savers to pay for these huge government-spending policies—for health care, education and the bailout.

I would divest U.S. dollar assets into physical precious metals, other currencies and equities outside the United States, and focus on companies that own real things that have a demand.

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quinta-feira, 9 de abril de 2009

O profeta

“O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os carácteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o país está perdido!”

Eça de Queirós, 1871

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sábado, 4 de abril de 2009

Brinquemos ao faz de conta

Peter Schiff escreveu um novo artigo sobre as novas regras contabilisticas para os bancos onde eles podem fazer de conta que até tiveram lucros.

When elementary school kids want to escape the confines of their circumstances they pretend to be pirates, princesses, and Jedi knights. Now, with the relaxation of "mark to market" valuation rules announced yesterday by the accounting trade's self-regulatory body, our bankrupt financial institutions can escape their own reality by pretending to be solvent. The unraveling of our fairytale economy over the last few months has not yet convinced us that the time has come to put away childish things. [...] The imaginative conceit that lies behind the accounting change is that the toxic assets polluting bank balance sheets are not really toxic at all. They are in fact highly valuable assets that for some irrational reason no one wants to buy.



Wall Street tem adorado esta ideia e outras aberrações como o G20 e as subidas parecem imparáveis, o medo parece desaparecer. A minha convicção? Quando a mensagem dos profetas reunidos em Londres passar a realidade voltará, ninguém vai investir em bancos com contabilidade "criativa" sem saber que raio eles valem e o mercado lá irá continuar a sua queda.

Mas por enquanto, brinquemos ao "faz de conta" com Peter Schiff.

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quinta-feira, 2 de abril de 2009

Cenário inflacionista

Na sequência dos cenários deflacionistas que aqui tinha deixado há poucos dias recebi alguns e-mails pertinentes sobre as leituras que recomendei e sobre a posição que tomei, nomeadamente a parte em que eu digo dos autores “não me convencerem completamente dos seus argumentos”. Depreenderam alguns leitores, correctamente, que continuo a favorecer o final desta crise num estoiro hiper-inflacionário em oposição a uma contracção deflacionaria histórica. Ambos os cenários são válidos e como o ser humano é um ser capaz de livre arbitrio ainda há opções a tomar sobre que caminho tomará o colapso da expansão de crédito.

Primeiro que tudo convém esclarecer que esta crise é deflacionária por natureza. A sua origem é clara no crescimento exponencial de crédito (ou massa monetária) desde os anos 90. Chegados a 2007 com uma situação insustentável em que o grande publico simplesmente não conseguia absorver mais crédito dá-se uma contracção. Os devedores começam a entrar em incumprimento do pagamento das suas dívidas, os bancos retraem-se quando chega a altura de fazer novos empréstimos e aqueles que fazem aumentam o seu preço (taxa de juro / spread) reflectindo a maior percepção de risco no mercado.

Num mercado livre (ignoremos por agora que esta situação nunca teria ocorrido num mercado livre) ao dispararem as taxas de incumprimento começaria a haver uma liquidação involuntária da dívida, o crédito diminui e as massas monetárias contraem levando a uma valorização do dinheiro, ou seja, deflação.

Mas o mercado não é livre, no centro de toda a manipulação do custo do dinheiro está o banco central (a razão de estarmos hoje onde estamos) e o que Ben Bernanke quer fazer é, à medida que o crédito vai sendo destruído do sistema através da liquidação de dívida o banco central vai criando novo dinheiro para tomar o seu lugar. Em teoria isto permitiria que a massa monetária se mantivesse estável ou até crescesse um pouco e tudo continuaria normal e estável. Esta teoria, defendida não apenas por Bernanke mas por outros ilustres economistas que acham que a economia é um processo mecânico simples em que basta premir um ou dois botões para termos o efeito desejado é obviamente uma ilusão, mas isso não impede que as pessoas acreditem nela e é esse facto que me faz acreditar num estoiro hiper-inflacionário e não numa depressão deflacionária.

Chart of U.S. Money Supply Growth
Fig. 1 - Crescimento das várias massas monetárias nos EUA

Podemos ver no gráfico acima que apesar de já estarmos há mais de um ano nesta crise as massas monetárias continuam a aumentar. É verdade que o seu ritmo de crescimento decresceu especialmente nos últimos meses mas isso quer apenas dizer que cresce a um ritmo mais lento e não que está a diminuir, ou seja, apesar de todas as forças de mercado estarem a tentar liquidar a dívida o Governo e o banco central estão a fazer tudo o possível para que isto não aconteça injectando mais dinheiro no sistema do que aquele que é destruído.

Porque é que têm então baixado, genericamente, os preços? Bom, isto depende de para onde estamos a olhar. O Banco de Inglaterra foi dos primeiros a imprimir mais notas para fazer frente ao colapso de crédito, o resultado foi a desvalorização da libra em mais de 30% e efectivamente neutralizou qualquer sombra de deflação (em bens de consumo) até ao momento. Estabilizou a economia? Obviamente que não, apenas um louco poderia julgar que imprimir notas serviria para estabilizar o que quer que seja mas evitou o declínio de preços e era esse o principal objectivo do banco central visto que no seu raciocínio preços a aumentar estabilizam a economia. Daqui a alguns meses irão questionar-se a si próprios porque é que a sua teoria não se aplica na realidade e então tentarão outra qualquer insanidade e pagarão o preço por isso. A economia é composta por todos os seres humanos do mundo a competirem por bens e serviços, pensar que se pode manipular a economia com dois ou três botões na impressora é pensar que a economia é composta por autómatos – de uma forma ou de outra será revelado a estes banqueiros os seus erros. Felizmente o BCE tem sido dos mais prudentes apesar de ir com a manada, vai mais devagar.

Porque é que estes resultados do banco central de Inglaterra não estão a ser reproduzidos nos EUA ? Principalmente porque a moeda dos EUA, o dólar americano (USD) é efectivamente a moeda de reserva do mundo. Enormes quantidades de empréstimos e negócios feitos fora das fronteiras dos EUA são feitos em USD e isto dá a esta moeda uma dimensão completamente diferente. A possibilidade de contracção no crédito é muito maior além de que existe uma maior quantidade de investidores dipostos a refugiarem-se em USD ao contrário de libras esterlinas reforçando o valor da moeda, também aqueles que optarem por liquidarem os seus créditos (denominados em USD) voluntariamente vão estar a favorecer a força do dólar.

De repente dá-se um fenómeno no USD, explicado por Von Mises em Theory of Money and Credit, que é uma contracção da massa monetária por via de liquidação de crédito enquanto as pessoas aumentam a sua procura de dinheiro (aumentam as suas poupanças, vendem bens para angariar dinheiro, etc.). Esta inclinação do publico não é estanque e pode mudar muito depressa conforme a percepção do valor das suas poupanças, ou seja, o estado de espírito pode mudar rapidamente de “estamos em crise é melhor poupar algum” para “os preços estão a subir tanto que eu não preciso de cadeiras mas é melhor comprar à mesma antes que o dinheiro não chegue”. Esta percepção é baseada no dinheiro disponível e no poder de compra de cada unidade monetária, as duas coisas que precisamente os bancos centrais estão a tentar inverter (aumentar o dinheiro a circular e desvalorizar cada unidade monetária).

Eu tenho uma compreensão da crise muito parecida com a de Robert Prechter nos textos que mencionei anteriormente. A razão de discordarmos dos resultados da crise é a percepção que cada um de nós tem das ideias de Bernanke e outros que andam por aí. Vejamos este discurso de Ben Bernanke em 2002:
The U.S. central bank, in cooperation with other parts of the government as needed, has sufficient policy instruments to ensure that any deflation that might occur would be both mild and brief. It is true that once the policy rate has been driven down to zero, a central bank can no longer use its traditional means of stimulating aggregate demand but it has most definitely not run out of ammunition. Deflation is always reversible under a fiat money system. The U.S. government has a technology called the a printing press that allows it to produce as many U.S. dollars as it wishes at essentially no cost. Under a paper-money system, a determined government can always generate higher spending and hence positive inflation. Of course, the U.S: government is not going to print money and distribute it willy-nilly (although as we will see later, there are practical policies that approximate this behavior). To stimulate aggregate spending when short-term interest rates have reached zero, the Fed must expand the scale of its asset purchases or, possibly, expand the menu of assets that it buys. We can take comfort that the logic of the printing press example must assert itself, and sufficient injections of money will ultimately always reverse a deflation. Unlike some central banks, and barring changes to current law, the Fed is relatively restricted in its ability to buy private securities directly. However the Fed could offer fixed-term loans to banks at low or zero interest, with a wide range of private assets (including, among others, corporate bonds, commercial paper, bank loans and mortgages) deemed eligible as collateral. The Fed can inject money into the economy in still other ways. For example, the Fed has the authority to buy foreign government debt, as well as domestic [municipal] government debt. Potentially, this class of assets offers huge scope for Fed operations, as the quantity of foreign assets eligible for purchase by the Fed is several times the stock of U.S. government debt. The government could increase spending on current goods and services or even acquire existing real or financial assets. If the Treasury issued debt to purchase private assets and the Fed then purchased an equal amount of Treasury debt with newly created money, the whole operation would be the economic equivalent of direct open-market operations in private assets.

Sobre isto Robert Pretcher teve o seguinte comentário (escrito em 2003):
Can you see why economists and financial writers of all types have panicked and embraced the idea that inflation is inevitable and deflation impossible? They have met the Wizard of Oz in person, and he is impressive!

He is also delusional. Can you imagine the laughingstock that the Federal Reserve System would become if its “assets” consisted of defaulted mortgages, bonds of bankrupt companies and municipalities, IOUs of shaky foreign governments and stock certificates of companies no longer in existence? Can you imagine the panic that would ensue to escape a monetary system with such assets as its reserves?


Todo o mérito ao autor por ter escrito isto 5 anos antes dos eventos que assistimos, mas a realidade é que de facto a Fed tem aumento significativamente o tamanho das suas reservas com todo o tipo de colateral duvidoso.... e o pânico não chegou, particularidade do USD ser moeda de reserva. Se algum pânico chegou aos chineses é um tipo de pânico gelado, que lhes congelou a acção só de pensarem nas consequências de abandonarem o USD. Não quer dizer que não o venham a fazer, é o mais provável que chegue o dia em que assumam as perdas e tentem salvar o que resta mas de momento tentam não o fazer.

A diferença entre Pretcher e eu é que ele acha que Bernanke vai ter juízo, vai ver as consequências das suas acções e vai restringir a impressão de moeda. Eu acho que ele é completamente louco... os “rebates” que Obama está neste momento a dar ao publico americano são apenas o inicio. Nada impedirá (teoricamente falando) que o Tesouro emita divida comprada directamente pela Fed e que de seguida distribua esse novo dinheiro pelos contribuintes que não resolverá nada enquanto o publico mantiver a propensão para poupar pois será possível que esse novo dinheiro não seja injectado na economia mas que seja rapidamente direccionado para poupanças ou para abater dívida existente (como a hipoteca da casa). Nesta perspectiva sairia muito mais barato enviar um cheque de $500.000 a cada contribuinte para liquidarem as suas dívidas (que iria resolver o problema dos bancos) do que estar continuamente a tentar salvar a banca comercial directamente. Claro que este tipo de medidas tem outras consequências e é por isso que Mises disse que o colapso era inevitável e não que o colapso era certo a não ser que distribuíssem notas a partir de helicópteros ou que criassem instituições supra-nacionais.

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quarta-feira, 1 de abril de 2009

Prata - Anomalia no mercado? (V)

O comissário da CFTC, Bart Chilton, enviou um e-mail hoje em respostas a várias perguntas que têm sido feitas pelos contribuintes americanos à investigação em curso no mercado da prata que tinha falado aqui há dois dias.

Segue em baixo a resposta completa do comissário e novas perguntas de Ted Butler.

Thank you for your e-mail regarding silver. As many know, I called for an open hearing, and then for the investigation, which was announced last September. This is the first such investigation in many years. It is detailed and deep, looking at many aspects of the markets. The Commission has been briefed periodically on the investigation and I have had many additional meetings on the matter. We are making progress and I am pleased that the investigation is ongoing. That said, some believe that this is an open-and-shut matter, which can be resolved in days. They are incorrect. One thing I have repeatedly said is that I don’t want this to be a waste of taxpayer dollars. That means getting it right and doing a thorough job – a job that if need be can be taken to court and successfully prosecuted. I’m not suggesting we are going to file any charges—only that these are important matters and they need to be addressed in a comprehensive and professional manner.

I view my job as having a primary purpose—protecting consumers—all else follows. I’ve tried to do all I can in that regard, most recently calling for cri minal autho rity to put folks who violate the Commodity Exchange Act in jail and trying to alert people to the large number of Ponzi and Ponzi-like schemes out there.

With specific regard to the commentary article from March 3rd that many have written to me about, I want to make several points.

First, the commentary refers to the concentration levels of the net shorts. These positions that the CFTC includes in our Commitment of Traders report (COT) do not take into consideration all the positions held by the shorts that maybe used to hedge positions that they have with their customers—e.g. swaps, physical forward positions, lease positions, option contracts, etc. Thus, it is not as if the short futures position represents the single position of a large trader, but rather represents a position taken as a result of looking at an aggregation of many trades—on and off-exchange.

Second, the commentary makes an attempt to calculate a “true net” concentrated short position for the top four largest net short traders. The calculation was based on the COT (dated February 24). The COT rep orted a concentration ra tio of 46.7% for the top four net short positions for futures only. Staff has examined the calculations and has noted that the basic premise of the commentary is to inflate the reported ratio of 46.7% to “72.5% to 76%.” It appears that this was basically accomplished by subtracting non-commercial and estimated commercial spread positions from the overall open interest (futures only). The main argument of the commentary to be that “four or fewer traders controlling 72.5% or more of either the long side or short side of any regulated commodity futures market is a de facto manipulation.”

Again, I called for the investigation and I want ensure we are protecting consumers, but we also need some reality here and not spin things out of proportion. Specifically, there is no strong reason to look at only the aggregate concentration percentage of the top four net short in isolation to determine whether or not there is a “manipulation.” Looking at the aggregate percentage of a group of independent large commercial owners in isolation does not imme diately imply there is manipulation unless there is some evidence that all of these four traders are acting in collusion and trading together to influence the direction of the market.

Don’t get me wrong, I am still concerned about concentration. That is why I think we need some mandatory hard cap position limits for traders. Currently we have only accountability levels. These levels (which can be abrogated, and in fact are run through frequently) merely mean that the traders above the accountability levels are looked at more carefully. I think we need to do more, and have said so publically. I have taken the liberty of also pasting a recent news article on this matter for you further information. It is interesting to note that all four of these commercial traders are members of the London Bullion Market Association and are established traders in the silver and other metal markets. The positions represent not only proprietary positions but also customer positions as well.

Additionally, the percentages used in the commentary are for futures only, which was 46.7%, but if one were to look at futures and option positions combined the percentage was lower at 36.8%. There is no real economic justification for subtra cting out the spread positions from the total open interest other than to inflate the reported concentration ratio. Again, we need to look at facts here. Stating a number much larger than the reported 46.7% and labeling that as the “true net” concen tration position is misleading, especially since the commentary’s derivation is largely based on making some questionable assumptions in addition to using an estimated commercial spread number. With regard to the commercial spread number, since our COT report does not report commercial spread positions, only non-commercial spread positions, the commentary makes an attempt to calculate it. The commentary also notes a caveat that “(p)lease remember that this methodology is peculiar to silver and is not applicable to all other commodities . . . .” However, our staff ran the data to calculate the actual commercial spread, in addition to finding some minor mathematical errors when replicating the calculations, our staff found that the actual number was lower than the commercial spread estimated in the commentary. Therefore, even if one were to accept that spread positions should be subtracted from the total open interest in calculating concentration ratios, the concentration ratio of the top four commercial net short was lower than the commentary’s estimation.

All of that said, I still believe that t here are many areas of inquiry that the CFTC needs to focus on—including but certainly not limited to concentration issues. While I can’t give you details of our investigation, I can tell you that it is thorough and that we are making progress.

Thank you again for your e-mail.

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