Sobre o aumento do salário mínimo diz assim o director de um jornal económico:
“há economistas que são contra a existência de um salário mínimo. Porque está a fixar-se artificialmente um valor para as trocas no mercado de trabalho, não tendo em conta que há pessoas que podem aceitar trabalhar por menos e que as empresas vão criar menos empregos já que têm de pagar mais a alguns trabalhadores. Ou seja, está a prejudicar-se a eficiência do mercado e, logo, a provocar desemprego.”
O que me parece bem pois fixando, imaginemos, o ordenado mínimo em 2000 euros o que o Governo faz, em português simples, é obrigar as pessoas a produzir pelo menos 2000 euros por mês (mais na realidade devido à carga fiscal e ao lucro esperado pelo dono do capital). Quem não for capaz de cumprir esse objectivo de 2000 euros decretado pelo Governo fica obviamente fora do mercado de trabalho (uma vez que o dono do capital gosta, normalmente, de preservar esse capital).
Mas acrescenta o tal director executivo:
“Mas deixando a filosofia económica de lado, até porque em Portugal há salário mínimo, a questão que importa saber é qual é o valor adequado para as empresas.”
E assim reduz-se a economia a mera filosofia. Ao metafísico. Pergunto-me se a procura e a oferta serão também questões filosóficas ou realidades económicas mas se queremos filosofar sobre o ordenado mínimo podemos dizer simplesmente A é A. Podem dizer as baboseiras que mais convierem mas a realidade não se altera por isso.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Ainda sobre a comunicação social
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Que pena que o Friedman nao tenha vindo ah RTP nos anos 70 e 80 explicar a estes srs o B A BA de "Filosofia" economica...
Ainda tinha levado um tiro do Otelo...
Enviar um comentário