Anda por aí um ultraje com o facto de o governo português ter impedido uma empresa espanhola de deter uma posição numa empresa brasileira através de uma posição minoritária de 5% que se sobrepôs à vontade de 76% dos accionistas que se expressaram hoje em assembleia geral.
É verdade que, ao contrário do que seria normal, uma acção não equivale a um voto quando se trata da PT. Existe uma entidade obscura que com uma acção consegue controlar 50% + 1 dos votos. Mas esta entidade, que é ditadora das regras pelas quais se regem os negócios em Portugal, não fez isto de surpresa. Estas regras são conhecidas há muito tempo, o Governo ou o Estado nunca enganou ninguém e nunca fez intenções de abdicar deste poder mesmo a pedido do tribunal europeu (o federalismo só dá jeito para pagar a nossa dívida).
Quando os senhores que hoje votaram no sentido oposto do governo compraram as acções que compraram sabiam que essas acções não valiam nada em termos de decisão sobre a empresa da qual eram accionistas. Mesmo assim compraram-nas, por sua conta e risco. O próprio acto de comprar acções de uma empresa que é gerida desta forma dá um aval moral à actuação cobarde e controladora do governo. Quem dá avales morais deste género, para poder mamar uns quantos dividendos de uma empresa que só existe pela protecção que goza do Estado escusa de vir chorar para o meu ombro, venderam-se por tuta e meia agora lidem com a escumalha a quem se venderam.
Como diria um certo Francisco: “Brothers, you asked for it”.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Brothers, you asked for it
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