quinta-feira, 23 de julho de 2009

Optimismo

Na sua recente entrevista ao Jornal de Negócios. Abel Mateus demonstra um optimismo para mim incompreensível sobre a situação nacional.

"O próximo Governo vai enfrentar uma situação muito séria: PIB a cair 3,5% a 4%, taxa de desemprego próxima dos 10%, endividamento externo equivalente a 110% do PIB, défice externo de 8% a 9% e um défice estrutural do sector público da ordem dos 5%, de acordo com os cálculos da Comissão Europeia. É uma situação bastante séria. Não há paralelo na economia portuguesa”. Conclui, na versão em papel do jornal, que a nação corre o risco de falir como a Islândia nos próximos 10 anos... optimismo pois que se isto durar mais 3 ficaria muito surpreendido, venha Sócrates, venha Ferreira Leite que só muda mesmo a mosca.


Deixa ainda um recado aos governantes, no seu optimismo inocente como se houvesse alguma coisa capaz de parar esta máquina estatal automatizada para roubar quem trabalha e distribuir pelos amigos ou simplesmente queimar na fogueira do bem publico:

"É necessário novamente uma combinação de políticas de ajustamento conjuntural, mas sobretudo estrutural. É nos períodos de crise que se devem criar as condições para uma recuperação mais acentuada".

Sócrates claro não quer saber disso para nada, está convencido, como Abel Mateus, que isto ainda dura mais 10 anos e como tal pode dar-se ao luxo de tentar mais um mandato para mais tarde, qual Guterres ou Barroso, poder emigrar para um qualquer tacho internacional. Surpreendente talvez pelo tom que parece fazer voltar o antigo Sócrates arrogante, dono do mundo e ignorante fica a resposta:

Em 2007 Portugal teve o menor défice na história da democracia recente. Está para nascer o primeiro-ministro que tenha feito melhor do que eu com o défice.

Habilidades contabilísticas feitas à custa do roubo do tecido produtivo do país e nem um cêntimo de corte na despesa. Que surpresa enorme será se em recessão as receitas de impostos caiem e as despesas sobem devido a custos com propaganda politica.

Falência em 2020? Meus amigos... o próximo governo não vai chegar ao fim do mandato, nem que seja eleito o papa.

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