domingo, 28 de fevereiro de 2010

O dolar, a California e o colapso

Tendo em conta os últimos posts aqui colocados, venho partilhar convosco esta imagem para não se ficar com a ideia que é só a Europa que atravessa problemas.



Duvido que os mercados accionistas continuem muito mais tempo a ignorar a realidade económica.

Fonte: Elliot Wave International

O Euro, a Grécia e o colapso (III)

Isto já é bad press a mais. Está na hora de fechar os curtos e esperar pelos próximos episódios.



Quando estive na Alemanha, já lá vão 4 anos e a economia parecia saudável, notei nos meus colegas algum recentimento para países como Portugal. Não só eles achavam que estavam a ser taxados injustamente para financiar a UE, sentiam que além de não terem retorno estavam a perder empregos para estes países.

Estas capas recentes sugerem que esse sentimento deve ter crescido. É mais que certo que Angela Merkl vai passar um mau bocado se tentar salvar a Grécia com o dinheiro dos contribuites alemães.

Tradução livre da capa da Focus:
"Aldrabões na zona euro - Os gregos destroiem o nosso dinheiro. O que será de Portugal, Itália e Espanha?"

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O Euro, a Grécia e o colapso (II)

As coisas estão cada vez pior para aqueles lados:

Os grandes bancos alemães decidiram não comprar mais títulos de dívida pública da Grécia, o que pode agravar a difícil situação financeira deste país da zona Zona Euro, noticia hoje o matutino Financial Times Deutschland (FTD).

Esta função de financiar o governo caberá cada vez mais apenas aos bancos do próprio país que não têm razões para temer a falência do Estado. Se correr tudo bem ganham os juros, se correr mal ia correr mal de qualquer das maneiras. Resta saber se os gregos que depositam o seu dinheiro nestas instituições se vão aperceber do risco que correm ou não.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O Euro, a Grécia e o colapso

Um debate interessante:



Sinal contrário? É difícil dizer, por um lado o facto de isto estar a ser discutido pode indicar que sim, por outro o único que parece perceber alguma coisa do que se passa na zona euro é o "especulador maléfico", a opinião dominante é que de uma forma ou de outra o problema resolve-se.

Outra coisa interessante é como se foca toda a atenção no euro, como se a libra esterlina fosse uma demonstração de solidez. Lembro que o programa é da BBC. A corrida até ao fundo vai ser renhida entre EUR e GBP.

NASDAQ 100 (II)

Eu bem disse que era melhor esperar pelo fecho para confirmar a quebra do canal de curto prazo... grande puxada nos índices a partir do meio da tarde.



O mercado toma sempre o caminho da maior frustração possível.

Pensamento do dia

Was it Ronald Reagan who said of the Soviet Union, that it was on the "wrong side of history?" The derelict Bolsheviks were definitely on the wrong side of history in 1989. We knew it. They knew it. It was such a glaring problem; they had no choice. Their economy was imploding - thanks to rigid central planning. They gave up and switched sides.

But now it's the US that is on the wrong side of history. Like the Soviet Union, it tries to impose its will, by force, on Afghanistan. Like the Soviet Union, it has too many expenses and not enough income. And like the Soviet Union, it tries to impose its will on the domestic economy too - by central planning. Not exactly in the heavy-handed fashion of the old apparatchiks... This is post-Berlin Wall central planning. Collectivism with a clown face.


Bill Bonner, in The Daily Reckoning

Cenários deflacionistas (VII)

À semelhança do que tinha aqui deixado para os EUA, deixo agora o crescimento da M3 para a zona euro que registou um crescimento negativo em Novembro e Dezembro de 2009.



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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Nasdaq 100

Tinha dito que seria necessário o acentuar das quedas para confirmar novo movimento de baixa que não se veio a confirmar hoje. Ainda é possível que amanhã isso aconteça mas nada melhor que um gráfico para dar a conhecer a situação. Escolhi o Nasdaq que tenho negociado recentemente mas o SP500 tem uma visão muito parecida.



Podemos ver que o índice fechou em cima de uma resistência e portanto ainda é possível que amanhã abra em queda e quebre o canal de curto prazo em baixa acelerando o movimento do índice.

A outra hipótese que se coloca é o índice ignorar aquela pequena resistência e continuar a avançar dentro do canal. Podemos ver que o topo do canal se encontra, aproximadamente, nos 1850 e que tenderá a haver resistência no range 1850-1860. A aproximar-se desses valores será novamente de considerar um short com risco controlado.

Cenários deflacionistas (VI)

Robert Pretcher parece concordar comigo que o topo está encontrado para os principais índices mundiais, mas vai mais longe recuperando nesta entrevista alguns dos pontos que defende e apontam para uma depressão deflacionária nos próximos tempos.



Nada estará a salvo segundo ele. Nem ouro, nem dinheiro no banco (bom... depende do banco).

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Mais uma corrida à banca

"There is a lot of uncertainty out there," said a senior private banker at a Greek bank. "We've had a number of customers asking to move funds out of Greece, mostly to Cyprus, Luxembourg and Switzerland."

Clients of private banks also fear that Greece may be unable able to raise the EUR54 billion it needs this year to pay back maturing bonds and will therefore have to turn to the IMF for help.

"Some of our clients are concerned about a run on the banks if the IMF gets involved," said another private banker, this one from a foreign bank. "They believe the situation in Greece will get worse before it gets better. There is also very little clarity from the government about its intentions on new tax measures."

"We estimate that €8 billion has moved out of Greece to accounts abroad since December. It's money from bank accounts, stock sales, property sales and other sources. This is pretty substantial considering that there is only €30 billion under management in private banks here," he added.


Via ZeroHedge

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Anti-Capitalismo

Such is the almost universally accepted social philosophy of our age. It was not created by Marx, although it owes its popularity mainly to the writings of Marx and the Marxians. It is today endorsed not only by the Marxians, but no less by most of those parties who emphatically declare their anti-Marxism and pay lip service to free enterprise. It is the official social philosophy of Roman Catholicism as well as of Anglo- Catholicism; it is supported by many eminent champions of the various Protestant denominations and of the Orthodox Oriental Church. It is an essential part of the teachings of Italian Fascism and of German Nazism and of all varieties of interventionist doctrines. It was the ideology of the Sozialpolitik of the Hohenzollerns in Germany and of the French royalists aiming at the restoration of the house of Bourbon-Orléans, of the New Deal of President Roosevelt, and of the nationalists of Asia and Latin America.

The antagonisms between these parties and factions refer to accidental issues – such as religious dogma, constitutional institutions, foreign policy – and, first of all, to the characteristic features of the social system that is to be substituted for capitalism. But they all agree in the fundamental thesis that the very existence of the capitalist system harms the vital interests of the immense majority of workers, artisans, and small farmers, and they all ask in the name of social justice for the abolition of capitalism.


Ludwig von Mises, in Human Action (1949)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Crimes graves

Para resolver este tipo de problemas aqui relatado proponho a pena de morte para as pessoas que compram coisas e depois as vendem. Se fizerem isso no mesmo dia então deve ser uma morte com requintes de malvadez, qualquer coisa como uma mistura de choques eléctricos enquanto fazem cócegas nos pés do prevaricador.

Os serviços secretos gregos já sabem quem foram os investidores culpados pela forte queda da dívida pública do país. De acordo com a imprensa grega, várias empresas e investidores terão vendido títulos de dívida grega em massa para a recomprar mais tarde, a preços mais atractivos. Muitas vezes, a recompra era feita na mesma sessão.

Se esta malta poupasse na PIDE e pagasse o que deve se calhar teriam menos problemas no mercado de dívida… digo eu.

EUA no caminho da Grécia?

David Walker fala das dificuldades financeiras dos EUA e faz alguns paralelos com a situação da União Europeia em geral e da Grécia em particular.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Uma oportunidade de shortar?

Os índices americanos têm estado a recuperar desde a semana passada como tinha deixado nestes comentários. Com o SP500 a rondar novamente os 1100 e a prata a ir aos $16 parecem estar aqui duas oportunidades de shortar com um risco controlado.

Já os índices europeus, PSI20 incluido, estão um pouco longe das suas resistências e implicaria maior risco de capital.

Disclaimer: Negociar futuros pode envolver perdas substanciais de capital, por vezes perdas superiores ao capital inicial. Esta mensagem tem apenas um fim educacional e não deve ser confundida com um conselho de investimento, o autor não se responsabiliza por qualquer tipo de perdas associadas com o conteúdo desta mensagem.

Não parece mas é mesmo

Ninguém fala nisso porque o ouro já desceu perdeu bastante desde que fez o seu último máximo histório nos $1230 mas acontece que ainda ontem o ouro renovou outro máximo histórico... cotado em euros (823€).



A fraqueza da moeda europeia tem sido notável nos últimos meses o que permite ao ouro estar a fazer novos máximos históricos em euros apesar de já estar 10% abaixo do seu máximo em dólares.

Continua a fazer bem o seu papel de protecção contra crises monetárias.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Nacionalismo bacoco

Vitor Constâncio foi ontem confirmado para o lugar de Vice-Presidente do BCE, funções que irá desempenhar a partir de Junho próximo. Ironicamente as suas responsabilidades vão cair sobre a “estabilidade e supervisão financeira”, exactamente a área onde o ainda presidente do Banco de Portugal mais deficiências demonstrou.

Certamente este facto será usado pelos seus defensores para demonstrar como as acções do BdP nos casos do BCP, BPN e BPP foram tão exemplares ao ponto de lhe ser entregue tamanha responsabilidade no BCE mas não será nada disso. Enquanto os nossos governantes, à semelhança do que foi feito com Durão Barrosos, se multipliquem em declarações nacionalistas e no “orgulho lusitano” que é ter um português em tão alto cargo (conseguem mesmo ultrapassar o nacionalismo primário e imbecil próprio do PNR) o Público relata as verdadeiras razões desta eleição: é que dá jeito aos alemães para colocar Weber como o próximo presidente do BCE.

Esta nomeação de Constâncio nada nos diz sobre as competências do mesmo. Em vez disso, diz-nos muitos sobre a instituição que é o BCE e sobre os nacionalismos bacocos que imperam por toda a UE.

Mais uma razão para acabar com o banco central.

Actualização de spreads (III)

Está novamente naquela altura do mês em que se actualiza este gráfico.



O gráfico apresentado tem os valores médios para todos os meses até Janeiro de 2010 enquanto que os valores para Fevereiro de 2010 são a cotação directa nos mercados esta manhã.

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A Alemanha paga?

Têm sido feitas nos últimos dias algumas sondagens aos contribuintes alemães sobre o que eles acham de pagar as contas dos gregos. Como seria de prever não gostam muito da ideia.

Além dos contribuintes alemães a Chanceller enfrenta ainda oposição interna.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Sobre o tempo que nos resta

Nos últimos dias troquei algumas impressões por e-mail com um dos leitores aqui do Inflaccionista, sobre o Estado do país, de formas de controlar a despesa, de reduzir o tamanho do Estado e outras coisas habituais que por aqui se fala.

Deixei na primeira troca de impressões um desabafo:
Uma tentativa de diminuição gradual [da despesa e do Estado] talvez fosse possível quando Guterres chegou ao poder mas hoje não vejo como isso é possível, não acredito que o país tenha tempo para um corte gradual.

Disse-o convicto e com a naturalidade de quem pensa isto há vários anos e o dá como adquirido mas foi-me, compreensivelmente pedido para elaborar mais sobre o assunto de forma que aqui deixo estas notas soltas.

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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Todos pela liberdade (III)

Cheguei a casa há pouco tempo. Ainda não vi nada na televisão, não sei o que e como passou mas estiveram cerca de 150 pessoas em frente da AR. Tendo em conta que se trata de um dia de trabalho e não era nenhum sindicato a promover greves ou a pedir aumentos foi bem de encontro às minhas expectativas e superou a de outros.

Encontrei lá gente que se identificava com as mais variadas ideologias demonstrando a transversalidade da manifestação apesar daqueles que preferiram não estar.

Quando saí todos os partidos da AR, à excepção do PS, tinham acedido a receber-nos e ao manifesto que foi assinado por mais de 9 mil pessoas.



Por mim foi um sucesso.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Todos pela liberdade (II)

Apesar de Jaime Gama não nos querer ver amanhã terá de nos ouvir.

Apareçam.

Alice no país das maravilhas

Mr. Sócrates, a dapper dresser with an open, expressive face who underlines his points with theatrical hand gestures, seemed at turns deeply concerned with the gravity of his country’s problems, and puzzlingly dismissive of data on the European Union.

He rejected the notion that Portugal lagged behind European Union counterparts in productivity and skilled labor. “That is a preconceived idea,” he said. “It has nothing to do with our economy.”


Entrevista a José Sócrates no NY Times.

Pura loucura

A Alemanha prepara-se para salvar a Grécia. Em Janeiro tinha dito que as hipóteses de tal acontecer seriam 50/50 na esperança que houvesse ainda algum bom senso naquelas cabecinhas da europa central e que se tivesse aprendido algo de util na experiência americana de 2008 e os seus bail-outs. O que dizer? Sou um optimista...

Este artigo intitulado Deconstructing Europe: How A €20 Billion Liquidity Crisis Is Set To Become A €1.6 Trillion Funding Crisis faz uma análise pertinente à situação actual com a qual concordo:

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A tourada continua

Este senhor parece estar na short list para governador do Banco de Portugal para substituir o (espera-se) emigrante Vitor Constâncio.



Quando muita gente parecia pensar que a situação em Portugal não podia ser pior existe sempre alguém que nos consegue surpreender. Mais uma razão para o abate. Como é fácil de ver isto não vai lá com meias medidas.

Tentem pensar positivo: o BdP já manda pouco, os estragos estão contidos por natureza.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Tio Patinhas e a Inflação

Não sei se sou o único mas quando era pequeno adorava o Tio Patinhas. Mesmo o Tio Patinhas e não os livros genéricos do "Patinhas" em que apareciam todos menos o verdadeiro Tio Patinhas.

Não gostava do Patacôncio, o Pato Donald sempre o achei meio parvo e o Mickey lá se aturava. O que menos gostava era o Gastão e os Metralhas que andavam sempre a querer gamar o Tio Patinhas.

Agora que já sabem que sempre fui uma criança perturbada deixo-vos com uma lição sobre a inflação do próprio Tio Patinhas. Eu acho que isto é dos Duck Tales mas não me lembro deste episódio em Portugal.



Já vos disse que adorava o Tio Patinhas? Um tipo com medo do "dinheiro fácil"... realmente cresci com valores que hoje são considerados estranhos.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Todos pela liberdade



Manifesto
e respectiva petição.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Manifestação: 5ª feira às 13h30

Não me lembro de alguma vez ter ido a uma manifestação mas parece que esta próxima quinta-feira, 11 de Fevereiro, terei de fazer uma excepção.

A situação do país não está para brincadeiras desde há algum tempo. Em cima da crise financeira que se vive, era escusada uma crise política mas as notícias que assombram repetidamente o país e a inacção das entidades que deviam ser um garante do Estado de Direito deixarão o mais pacato cidadão triste com a República.

Sobre a situação do país deixo-vos dois comentários que fiz n'O Insurgente (um resumo e o meu estado de espírito) mas o que vos queria transmitir é um e-mail que recebi hoje e que espero circule bastante até dia 11:

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Sinais preocupantes (IV)

Visto que este já o 4º post sobre a matéria convém recapitular o que tem sido a minha posição sobre os mercados. Desde que este rally começou em Março de 2009 que tenho vindo a dizer que era apenas uma reacção às quedas abruptas de 2008, as probabilidades de visitarmos novos mínimos, pelo menos em termos reais, é uma probabilidade que não está descartada.

Entretanto as subidas mantiveram-se por muito mais tempo (mas não por uma amplitude muito maior) do que eu esperava e no início de Dezembro enunciei 4 pontos que considerava importantes para uma viragem no mercado:

EUR/USD fechar abaixo de 1.50
Ouro fechar abaixo de $1000
Prata fechar abaixo de $16
SPX Fechar abaixo de 1000.

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Frase do dia

"É o mesmo que estar a ser devorado por 1 hipopótamo e estar aos gritos: "não estou nada preocupado, os hipopótamos são vegetarianos ahah!

Este Portugal está louco!"


Camisa Rouxa no Caldeirão sobre as declarações de Teixeira dos Santos.

Depois de jantar, quando as coisas acalmarem mais um pouco tentarei deixar aqui uma análise ao dia de hoje que, como a maior parte de vocês já deve saber, não está a ser muito auspicioso para os mercados em geral e para o PSI20 em particular.

Para já está a funcionar o suporte nos 7400.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Leilão de dívida

A República Socialista Portuguesa tentou hoje emitir 500M€ de dívida pública pagando um juro de 1,38% ao ano. Não conseguiu e ficou-se pelos 300M€, praticamente metade do pretendido. Os dados do IGCP revelam que apesar de terem aparecido ofertas no valor de 1195 milhões de euros as taxas que os investidores pediam para financiar a República não eram atractivas o suficiente para o Estado se financiar na totalidade do pretendido.

Uma comparação simples com a situação relativamente à pouco tempo atrás:



Repare-se que o montante é menor, o objectivo fica por cumprir e ainda se paga mais 0,46% ao ano que o mês passado.

Apesar deste artigo achar que foi uma decisão muito inteligente do Estado português não ter feito ofertas acima da taxa mínima para atingir o objectivo do leilão (e como tal, parecer desesperado) o mercado não achou assim tão esperta essa atitude. O PSI20 fechou a cair 2,84% quando lá fora as quedas foram muito mais suaves. Os yields da dívida pública também subiram 0,2% (a 10 anos) e os CDS fizeram novos máximos históricos.

Coitado do Ministro… ninguém o entende.

Big Brother fiscal

É este o título da notícia do DN sobre a nova proposta de lei que deve ser aprovada com os votos favoráveis do BE e do PCP.

Eis, em síntese, o projecto de lei que o PS tenciona apresentar, muito brevemente, na Assembleia da República: tornar públicos todos os rendimentos brutos declarados de todos os contribuintes.

Sem o imposto final pago, sem as despesas reembolsáveis (despesas de saúde, educação, etc.), mas com o rendimento bruto anual declarado. E, evidentemente, a identificação do contribuinte.


Além das confusões que isto vai armar no local de trabalho com cada um a comparar-se ao colega do lado ainda temos outros usos menos recomendáveis para esta informação como os gatunos (os outros, que não trabalham para o Estado) que poderão agora escolher melhor as suas vítimas conforme os rendimentos. Mas o ponto principal é a devassa completa da vida privada de cada um.

Depois de aprovada a medida será apresentada com esta música de fundo.



Update (15h55): Entretanto ganharam juizo.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Jim Rogers em entrevista

Esta entrevista já tem mais de uma semana, foi feita pouco antes de Bernanke ser re-eleito como presidente da FED com uma maioria confortável. Fala sobre o Banco Central, os estímulos de Obama, o crescente peso da dívida e as matérias primas.



[If I were the president of the FED] I would abolish it and resign.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mais AT: Clive Maund

Acompanho o Clive Maund, e as suas análises à prata e ouro, há mais de três anos. Ele separa-se muito bem (ao contrário de moi) do "ruído" que pode ser o cenário macro-económico e foca-se nos gráficos o que lhe permitiu sair do caminho (e até shortar) prata em 2008 e voltar a comprar a preços mais acessíveis.

Partilho aqui convosco a última análise porque, tal como eu, Clive acha que estamos num ponto determinante do mercado: "COMMODITY AND STOCKMARKETS ARE AT A CRITICAL JUNCTURE AND MUST REVERSE TO THE UPSIDE IMMEDIATELY to avert the risk of a catastrophic decline, similar to 2008 or even worse". Os gráficos falam por si.