quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Explicando devagarinho

Ron Paul tenta explicar ao presidente da Reserva Federal dos EUA a diferença entre capital e dinheiro de monopólio. Bernanke saberá certamente a diferença mas não é isso que abalará a sua convicção de que foi a falta de papel nos anos 30 que criou a grande depressão.

É pena... há melhores explicações.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Unidos por arames (II)

O NY Times publica hoje um breve sumário da reunião deste fim de semana da frágil Europa em Berlim onde são reconhecidos os problemas que já tinha referido do leste europeu.

Entre as propostas de regular tudo e mais alguma coisa surge no final, como nota de rodapé e como se fosse da menor importância, a ideia de avançar com um mercado único de obrigações. Seria importante esclarecer alguns pontos:

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Quando estes têm problemas...

Afinal o Dubai também era uma bolha... quem diria que a construção no Dubai era um exagero?

The United Arab Emirates’ central bank stepped in to support Dubai after concern increased the emirate will struggle to repay its debt as global financial turmoil pushed up credit costs and burst a real-estate bubble.

Home to the world’s tallest building, most expensive hotel suite and largest manmade islands, Dubai borrowed $80 billion to turn itself into a regional financial and tourism hub. Moody’s Investors Service said in October that Dubai may need help from Abu Dhabi to pay for its debt. The emirate may have to refinance $15 billion this year in maturing loans and bonds, Moody’s said.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

SLV com novo recorde

A quantidade de prata ao cuidado do maior ETF de prata - o iShares silver ETF - bateu recentemente um novo recorde: 250 milhões de onças, ou mais de 7 mil toneladas de prata.

Desde o inicio de 2008 houve um aumento superior a 50% na quantidade de prata guardade nos cofres do ETF... o declinio nos preços da prata não parece ter afastado os investidores.

Unidos por arames

Desde a mais tenra idade que me lembro de ser bastante desconfiado do conceito de União Europeia, foi sempre uma coisa que me fez confusão mas com o tempo fui aprendendo a viver com ela. Faz para mim todo o sentido a CEE (uma união económica para o bem de todos) mas quando me falam em unir politicamente países como a Finlândia e a Grécia fico desconfiado, quando se fala em colocar no mesmo barco o rigor alemão e o desenrasca português parece-me uma receita muito mal conseguida. Por isso não gostei da criação da moeda única e pelas mesmas razões critiquei Maastritch. Criar um novo governo à imagem dos EUA a partir de Bruxelas e à revelia dos cidadãos (como é demonstrado pelos consecutivos referendos adiados cada vez que o povo ameaça chumba-los) não é apenas arrogante, é também uma estupidez.

Esclareço isso para que o leitor compreenda que parto de um preconceito mas que fique claro que o que vou apresentar em baixo é muito mais grave que qualquer ideia pré-concebida: a ideia que esta união está presa por arames e que a crise financeira veio expor as fragilidades da UE.

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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Crise na California

A crise na California agravou-se e nem a ajuda do Governo Federal é suficiente para haver um volte-face e espera-se que, pelo menos 20 mil funcionarios publicos percam os seus empregos brevemente.

Em video fica um clip de noticias da CBS relatando os problemas para chegar a um orçamento.

Ainda há bom senso no BCE

“Overly aggressive reductions in our policy rate when we cannot see any risk of deflation would exacerbate and not resolve uncertainty. Those who advise us to go to zero interest rates and then experiment at the zero level are not those who are responsible for the possible consequences,”

- Juergen Stark, governador com acento no Banco Central Europeu.

Dennis Gartman sobre o ouro

Entrevista a Dennis Gartman sobre o ouro, o dolar e outras moedas.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Herança aos nossos filhos

É este o resultado das politicas monetárias do século XX, uma herança que não se traduz em riqueza mas em dívida. Os nossos filhos que paguem.



Continua em baixo uma boa e breve história do dinheiro nos EUA.

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Portugal pode tirar o Mundo da crise

Ou pelo menos é isso que o Professor Fekete comenta na recente entrevista "Como parar a depressão?". Obviamente isto implicaria uma utilização mais racional das reservas de ouro do que simplesmente despejar nos mercados internacionais para tentar travar a subida do metal amarelo.

Citando:
The banks and industry must be recapitalized through the remobilization of the world’s monetary gold that has been lying idle for the past 35 years.

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Mesmo a tempo...

É por estas e por outras que me senti na obrigação de me afirmar capitalista e não liberal.

Deixei alguns comentários no tópico do André Amaral onde são obvias algumas incongruências lógicas no discurso. O resultado é o óbvio: "apanha" dos "liberais", dos socialistas, da esquerda e da direita porque afinal o que defende não é o liberalismo mas sim um "mini-socialismo" (é a 4ª via?) no que apenas posso interpretar como uma tentativa de compromisso entre o que seria ideal e aquilo que temos.

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Frase do dia


"Precisamos de uma entidade reguladora forte para proteger os contribuintes dos erros do Estado"


- Paulo Portas, no debate parlamentar.

É por este tipo de declarações da "direita" que nunca lhes poderei entregar o meu voto. Quanto tempo será preciso até as pessoas se aperceberem que a unica forma de se protegerem dos erros do Estado é proibirem o Estado de agir naquilo que não lhe diz respeito?

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O anti-plano

Em inglês simples, Jim Rogers explica ao secretário do Tesouro qual é que devia realmente ser o plano para salvar a economia: Let them fail!

O plano

Timothy Geithner apresentou (se é que se pode chamar apresentação ao conjunto de inverdades e banalidades que nos trouxe) hoje o plano de Obama para "salvar" a economia. Ficam os dois videos em baixo.


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Sou capitalista

Quem é “cliente” da casa sabe que é raro encontrar por aqui politiquices (não vão por aqui encontrar referências ao Freeport, aos casamentos homossexuais, ou qualquer outro entretenimento da nossa classe política). Tudo o que está arquivado neste blog sobre a etiqueta “Politica” refere-se a intervenções do Estado na Economia. Também é raro, embora o tenha feito antes, deixar por aqui grandes textos ideológicos. O blog acaba por ser apenas um sitio onde deixo várias notícias económicas, com a minha interpretação das mesmas, onde tento explicar porque chegámos a onde estamos, que razões nos trouxeram aqui e demonstrar porque é que as propostas que vamos ouvindo são, na sua grande maioria, um garante de uma depressão e não a forma de evitar a recessão. Pelos inúmeros e-mails que tenho recebido, alguns de apoio outros de ódio (confesso que os que me dão mais gozo são aqueles neutros, que não perceberam alguma ideia que tentei passar e que demonstram a curiosidade de aprender mais), penso que o papel do blog tem sido um sucesso e agradeço a todos os que têm feito alguma publicidade ao Inflaccionista e que têm permitido que o bom senso económico chegue a um maior número de pessoas no mundo lusófono.

Depois deste preludio resta-me então quebrar com a tradição, se bem que apenas por breves instantes, e aqui deixar a “minha” ideologia. Numa altura em que o Mundo civilizado caminha a passos largos para o Socialismo assumido, deixando para trás o Socialismo escondido próprio das economias “mistas” ficaria mal comigo mesmo se apenas fosse relatando os males do mundo sem os denunciar.

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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Corrida à banca no século XXI

Depois de ter aqui trazido a noticia de que o sistema bancario britânico esteve a poucas horas do colapso a meio de Outubro, ficam as declarações surpreendentes de Paul Kanjorski (Democrata) de que uma silenciosa corrida à banca ocorreu nos EUA a meio de Setembro.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Frase do dia

The United States and the United Kingdom stand on the brink of the largest debt crisis in history.

While both governments experiment with quantitative easing, bad banks to absorb non-performing loans, and state guarantees to restart bank lending, the only real way out is some combination of widespread corporate default, debt write-downs and inflation to reduce the burden of debt to more manageable levels. Everything else is window-dressing.


- John Kemp, Guardian

10 contribuições

Robert Murphy também está no espirito de ajudar o novo presidente dos EUA. Por isso escreveu 10 recomendações que os Economistas que seguem a escola Austríaca implementariam se lhes perguntassem alguma coisa (aqueles tipos que previram esta embrulhada toda mas que são completamente ignorados).

Aqui fica o link.

E sobre as propostas de Obama? Fica um pequeno excerto...
If an allergic man has been stung by a bee, I don't know what to do except rush him to the hospital and maybe scour the cupboards looking for Benadryl. But I'm pretty sure drawing blood from his leg, in order to inject it into his arm and thus "stimulate his immune system," is a bad idea on numerous accounts

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

A 3 horas do colapso

O Daily Mail reporta-nos o dia em que a banca inglesa esteve a 3 horas do colapso.:

City Minister Paul Myners disclosed that on Friday, October 10, the country was 'very close' to a complete banking collapse after 'major depositors' attempted to withdraw their money en masse. The Mail on Sunday has been told that the Treasury was preparing for the banks to shut their doors to all customers, terminate electronic transfers and even block hole-in-the-wall cash withdrawals.

Only frantic behind-the-scenes efforts averted financial meltdown.

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Estimulos...

Estimular o consumo é o ultimo mantra dos politicos à volta do Globo. Aqui no Inflaccionista já sabem que sou homem para ajudar quem mais precisa, e como não gosto de ver os politicos atrapalhados seguem as minhas soluções para a crise:

1) Nacionalizar (o que resta) e fechar as empresas de transportes.
Resultado: Estimular o consumo de carros, motociclos, bicicletas e combustíveis

2) Proibir o mais rapidamente possível o despedimento individual e/ou colectivo
Resultado: Estimular o emprego, todos sabemos que isto é um problema grave para milhares de familias que pode facilmente ser resolvido por decreto. Adicionalmente deve-se também proibir a falência, não vão esses tipos que são ricos (se não o fossem não tinham empresas) pensar que só porque abrem falência que deixam de sustentar as pessoas. Em tempos de crise temos que ser solidários.

3) Aumentar os impostos alfandegários (UE incluida)
Resultado: Estimular o consumo de produtos nacionais. Ninguém precisa dessas estrangeirices que para aí andam de qualquer das maneiras.

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O meu politico preferido...

É claro o singular Ron Paul. O único que trazia realmente alguma mudança à América (infelizmente é branco, portanto para se notar a diferença tinha que se ouvir o que ele dizia) foi candidato à presidência dos EUA derrotado por John McCain nas primárias.

“Quando os Governos agem fora da lei, incentivam os indivíduos a fazer o mesmo”. Fica o seu discurso sobre a sua visão da América politica e económica:

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Três pecados de Greenspan

Está a fazer anos que Alan Greenspan abandonou o comando da Reserva Federal, o posto que alguns consideram o 2º mais poderoso do mundo (a seguir ao presidente dos EUA). Para comemorar o aniversário Tim Iacono foi buscar ao seu baú uns artigos que tinha escrito em 2006 sobre o reinado de Greenspan. Relendo 3 anos mais tarde pode-se dizer que os artigos "envelheceram" bem e provam realmente que não é preciso ser doutor para percebermos onde estamos e porquê, basta ter olhos na cara.

Deixo-vos então com os 3 pecados:
1) Ignorar a subida de preços
2) Curvar-se à vontade de outros
3) Promover uma cultura de dívida

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Reykjavik no Tâmega?

É a pergunta deixada a Gordon Brown...