Tudo começou com um texto, escrito pela própria mão da Reserva Federal Americana, em que é argumentado que não só um banco central deve intervir nos mercados que achar convenientes mas como deve esconder ou ofuscar essas intervenções que pratica do público em geral através de medidas que vão desde a simples criatividade contabilística à mentira descarada. Daqui evoluiu para uma troca de opiniões sobre a inflação e agora sobre o intervencionismo. Escrevo um texto longo porque nem só pelas minhas ideias vale este artigo, é preciso compreender – com muita clareza – o que defendem os que pensam diferente e que alternativas apresentam, à custa de quem as querem implementar e com que motivos ou razões. Sem ir mais fundo no primeiro artigo queria apenas fazer notar como as criticas à FED pelo seu comportamento não parecem incomodar mais ninguém excepto a minha pessoa, o que causa lhes indignação parece ser mesmo a minha falta de vontade de inflar a próxima bolha.
Acabam por me ser postas uma quantidade de perguntas que são muito mais do que isso: são uma declaração de princípios daquilo em que o autor acredita. Basta sentir o choque com que tais perguntas me são dirigidas, o tom jocoso das mesmas e os pontos de exclamação que vão surgindo ao longo de todo o artigo. Irei por isso, não só clarificar a minha posição o melhor que posso, como também tentarei demonstrar o pensamento perverso que se encontra por detrás destas questões (em itálico).
Eu confesso que duvidei da sensatez do meu interlocutor ao ler esta afirmação. Mas assumindo a sua lucidez, devo presumir que daqui resulta que para este interlocutor, o Estado não deve conduzir acções de qualquer tipo: nem sequer supply side politics, que os mais fervorosos fãs do livre funcionamento do mercado defendem. Isto é uma versão totalitária do liberalismo economico.
Há várias coisas a atentar nesta frase. Primeiro: o autor não conhece nenhum defensor do mercado livre. Segundo, mais grave ainda: parece conhecer várias pessoas que são a favor das intervenções do estado na economia e que se auto-intitulam a favor do mercado livre – são normalmente estes que dão mau nome ao capitalismo. Terceiro: é de notar também que nesta discussão eu defendo um mercado o mais livre possível do controlo do Estado enquanto o autor pretende exactamente o oposto (que o Estado tenha um peso elevado em várias áreas na vida de todos) e no entanto, as acusações de totalitarismo recaiem sobre a minha pessoa…
o Nuno nega qualquer possibilidade de política social (mesmo assitência média a idosos sem rendimentos)? Assumindo que tudo o que seja abono de família, rendimento social de inserção, comparticipações em fármacos, etc. está excluído. Considera portanto que não há nada que o estado deva fazer para suportar, por exemplo, pessoas com grau elevado de invalidez oriundas de famílias de baixos rendimentos?
Recuso obviamente o Estado Social. Algumas das medidas referidas são altamente prejudiciais à economia e à dignidade humana (pelo menos para aqueles que têm orgulho em trabalhar e em produzir o seu sustento em vez de viver do trabalho dos outros). O rendimento social de inserção desvirtua o mercado de trabalho oferecendo rendimentos em troco do nada. Faz subir o custo da mão de obra e com isso o custo dos produtos finais no consumidor. Aqueles que trabalham são duplamente tributados: primeiro, pelo Estado, para sustentar o subsidio e em segundo lugar para pagar preços mais altos devido às ineficiências que o Estado cria. No meio de uma crise económica um produtor pode baixar os seus custos de produção reduzindo os seus custos em matérias primas (típico das recessões estas baixarem de preço) e da sua mão de obra, numa altura em que há mais desemprego as pessoas estarão dispostas a trabalhar por menos e pode assim o industrial dinamizar a economia por duas vias: ou baixando os preços reflectindo a mão de obra mais barata (beneficiando todos) ou aumentando a sua capacidade de produção contratando mais mão de obra produtiva pelo mesmo preço (reduzindo assim o desemprego e aumentando a capacidade produtiva do país). O Estado ao interferir neste domínio reduz não só a produtividade como aumenta o tempo de duração e o impacto das crise económicas.
Como curiosidade deixo apenas os dados do INE relativos a 2007 sobre o Rendimento Mínimo Garantido: dos 380 mil beneficiários, mais de 180 mil eram jovens com menos de 25 anos.
A comparticipação dos fármacos é outro crime que o Estado promove contra os cidadãos. Dando a imagem que no fundo está a ajudar no acesso aos medicamentos, está no fundo a torná-los mais caros para todos como se torna evidente pelas recentes declarações de algumas empresas do sector. É que acontece que as comparticipações não são iguais para todos. O que o Estado atribui não é uma ajuda aos doentes mas sim um subsidio às farmacêuticas, que impede novas empresas de entrarem no sector e concorrerem em condições de igualdade. Liberalizar o sector (e quem achar que já é livre tente abrir a sua farmácia ou farmacêutica para ver que carga legislativa vai ter que enfrentar) traria muito mais benefícios para todos: doentes e contribuintes.
Sobre os idosos sem rendimentos falarei mais à frente. Para já fica a pergunta no ar: Porque é que pessoas que trabalharam e pouparam uma vida inteira chegam à velhice sem rendimentos e obrigados a viver de esmolas do Estado?
Quanto às pessoas com invalidez, adquirida ou não, terão obviamente que viver da caridade alheia. Mas um azar na vida de uma pessoa não pode causar noutra a obrigação de providenciar pelo seu sustento. Porque temos uma infelicidade não temos um direito automático à capacidade produtiva dos nossos vizinhos que é o que no fundo o que o autor quer fazer passar, recorrendo a casos mais ou menos infelizes (do género que apanhamos nos noticiários da TVI). Quer fazer quem trabalha sentir-se culpado pela riqueza que produziu e fazer com que essa pessoa partilhe com quem não trabalhou (é sempre para os infelizes, mas depois 180 mil jovens com bom corpinho para trabalhar também mamam sem se saber bem porquê). Mas como não acredita no altruísmo das pessoas, a única maneira que tem de providenciar estas riquezas para os outros é por decreto, expropriando as pessoas dos frutos do seu trabalho para as distribuir segundo os seus critérios – e o totalitarista sou eu?
Assumo também que é contrário à emissão de moeda por uma autoridade do tipo Banco Central, é contra a cobrança de qualquer tipo de imposto directo ou indirecto, e defende a privatização total de todos os bens e serviços transacionados na economia? Mesmo em situações de externalidade negativa (ex. as emissões resultantes dos veículos automóveis nas grandes cidades tornam o ar pernicioso para quem anda a pé) advoga que não deve haver uma qualquer forma de reconduzir o mercado ao óptimo social? E no caso dos bens públicos? O problema do free-riding não lhe diz nada?
Os bancos centrais (não sou contra todos os impostos, explico mais abaixo) e as suas politicas estão no epicentro da crise actual (e anteriores) mas isto o autor não diz nem lhe interessa dizer. Para percebermos porque podíamos tão bem viver sem um banco central basta entendermos a alternativa:
Num sistema bancário livre os bancos tomam dinheiro dos seus depositantes e emprestam-no a quem o pedir e o banco achar que tem capacidades de pagar melhor ou mais rápido. Se muitos pedidos de empréstimo chegam ao banco este começa a ficar sem dinheiro para emprestar e só tem uma hipótese: aumentar a taxa de juro para atrair mais depositantes e acabando, também por essa via, por afastar outros empréstimos que já não aceitarão as condições menos favoráveis. Este balanço entre a taxa de juro e o dinheiro disponível é o que regula(va) a nossa vida económica. Acontece que o Estado associou a criação de empréstimos com crescimento económico (porque os industriais realmente pediam emprestado para montar ou expandir a sua infra-estrutura) e vendo aqui uma forma simples de aumentar a sua receita fiscal não gostavam muito da ideia de aumentar a taxa de juro para “arrefecer” a economia. Inventaram então o banco central. Se o banco comercial ficasse sem dinheiro para emprestar já não precisava de aumentar a taxa de juro. Bastava pedir ao Banco Central que imprimia mais umas notas de crédito…
Para ter uma ideia de como este simples facto se traduz na crise de hoje basta imaginar quantos empréstimos sub-prime teriam sido feitos se as taxas de juro revelassem realmente a quantidade de dinheiro no mercado em vez de serem impostas administrativamente por um banco central. Com as taxas de juro a 1% alguém se admira que as pessoas se tenham endividado?
Soma a este a problema o facto de os bancos centrais injectarem livremente na economia a quantidade de dinheiro que quiserem (afinal de contas, basta imprimir as notas ou colocar uns zeros no computador) mas obviamente não poderem fugir da lei da oferta e da procura. Quanto mais dinheiro existe menos ele vale (a riqueza não pode ser medida em euros, tem de ser medida em produtos criados e serviços prestados – se estivesse sozinho numa ilha deserta preferia ter um milhão de euros ou toneladas de arroz?) e aqui pego no ponto dos reformados sem rendimentos. Dependendo da vossa idade olhem para os vossos pais ou os vossos avós, talvez até para o vosso primeiro ordenado. Trabalharam uma vida inteira e provavelmente pouparam quando puderam, mas quando um ordenado era 100 escudos. Guardaram as vossas poupanças em dinheiro e foram vítimas do imposto cobrado através dos bancos centrais: a inflação.
Não somos nós que hoje ganhamos muito mais que antigamente (apesar de na verdade ganharmos dados os grandes avanços tecnológicos recentes) mas simplesmente o escudo (e agora o euro) que perdeu valor. Quem tivesse poupado 20 anos desses ordenados teria hoje menos de 200 euros para a reforma (no total, não como renda fixa)… e admiram-se que os idosos não tenham rendimentos? Primeiro roubam-lhes as poupanças para de seguira extorquirem às novas gerações o dinheiro suficiente para uma reforma para os idosos (claro que isto é depois do Estado tirar a sua parte porque distribuir riqueza tem o seu custo).
O óptimo social desconheço o que seja. Suspeito que seja aquilo que o Estado decidir em cada momento. Hoje o aquecimento global, amanhã a invasão chinesa ou o que mais lhe facilitar a cobrança de impostos para um suposto "bem comum" declarado por meia duzia de iluminados. Vejo muito “social”, muita “comunidade” nestas perguntas… eu pergunto de que serão feitas estas sociedades e comunidades? Não consigo ver neste texto referências ao Homem nem ao Individuo, a não ser para lhe pedirem parte da riqueza que produziu… no entanto, as acusações de “free-rider” são a mim que me calham.
Ademais a lógica da actual crise, em que as famílias não gastam porque não têm dinheiro ou porque têm expectativas de deflação, sem despesa perspectivada não há investimento privado, e os bancos não concedem crédito (situação dos EUA), resultando na paralisia da actividade económica e no disparar do desemprego, em que os manuais recomendam que deve então ser o estado a gastar para promover a retoma, e os autores que citei defendem que se criem expectativas inflacionistas, o Nuno acha que a saída da crise se dá por si própria? O seu argumento passa por continuar a deixar o número de hipotecas disparar, ver famílias a perder um tecto, até que o mercado se reequilibre? Não sugere que se faça nada para regular a concessão de crédito pelos bancos, que no chamado segmento subprime era uma rebaldaria nos EUA, não existindo sequer verificação das condições dos futuros devedores?
Já tinha referido que num sistema bancário livre (que não existe) os banqueiros teriam que aliciar os aforradores a depositarem o seu dinheiro no seu banco através da oferta das taxas de juros. Veja-se, mais uma vez, o que este sistema macabro em que vivemos se tornou nesta frase tão explicita do Carlos. Andam uns malandros a pouparem o dinheiro deles… que há-de ser do sistema? Um sistema feito para consumir o que não temos (o crédito há muito que deixou de ser para os empresários e industriais expandirem ou iniciarem o seu negocio) e os que poupam são achincalhados em publico por não ajudarem a economia (os malandros a terem expectativas de deflação… como se atrevem?).
Juntem o que disse nos pontos anteriores e vejam como o sistema desenhado pela “Nova Economia” de Keynes e Friedman nos trouxe até onde estamos hoje… mas de quem é a culpa? Dos bancos centrais? Dos Estados? Não! É dos bancos que não querem emprestar! E o que é preciso para resolver isto? Regular!
Veja-se como o banco central e as intervenções governamentais criaram todo este problema através das manipulações das taxas de juro. Não vejo o Carlos preocupado em falar da Fannie e da Freddie: empresas patrocianadas pelo Estado que tanto empréstimo mal concedido fizeram – perdão, era para o “ óptimo social” de cada Americano, com ou sem rendimento, ter uma casa . Mas quando tudo nos rebenta nas mãos alguém pensa em mudar o sistema? Claro que não! A solução proposta é mais Estado, mais controlo (temos que ver bem que é que tem tendências totalitárias aqui…).
já agora, pensa também que a falta de regulação financeira capaz não é um problema. Porque segundo diz, o estado não deve regular?
Penso que já será claro para todos, nesta altura, que a falta de regulação foi introduzida pelo Estado. O mercado regulava-se a si mesmo através da taxa de juro. Com a introdução do Banco Central o Estado chamou para si esse papel. Mesmo depois dos triliões de dólares evaporados nos últimos meses ainda há pessoas convencidas que o Estado desempenhou melhor o papel de regulador do que o mercado.
finalmente advoga que o Estado nunca produz nada de valor económico. Como não sei o quer dizer com isso, vou presumir que é valor de troca. Porque assumo que o Nuno dê alguma valor de uso (tenha alguma utilidade) à segurança pública e à defesa nacional, para não ir mais longe?
Mais uma vez o sentido colectivista a surgir. Não há espaço para o Homem em certas mentes, apenas para o colectivo. Para o Carlos não é o soldado nem o policia que prestam um serviço ao resto da comunidade mas sim o “Estado”, essa entidade abstracta, essa tribo a que todos temos que pertencer por decreto. Não cabe na cabeça do Carlos que quem me fornece este serviço é um cidadão como eu, a quem eu (e outros como eu) pago com a riqueza que produzi. O Estado não produz nada, é apenas o colector (e eu sou a favor dos impostos exactamente para sustentar este tipo de serviços e outros como a Justiça propriamente dita) da minha riqueza para a distribuir por aqueles que bem entende, neste caso felizmente seria por alguém que presta um serviço útil e relevante.
Se tiver respostas para isto não hesite em deixá-las aqui. Eu garanto que publico. Mas sabe, é por isto que pessoas como o Nuno nunca hão-de entender a fenomenologia Barack Obama. A proposta da conciliação de posições extremadas não lhe diz nada: você inclusivamente defende o regresso ao padrão ouro!! Por isso, alguém como Obama que seja capaz de advogar melhores salários para os professores do secundário público que se distingam pela sua excelência, ao mesmo tempo que não recusa a possibilida de charter schools, e do próprio cheque-ensino deve-lhe causar arrepios. Porque num mundo em que só há branco e preto, deve ser difícil que a cor da verdade é o cinzento.....
Ficaram as respostas que espero terem sido clarificadoras do que penso e do que quero para todos: mais liberdade individual para cada um, onde possamos criar a nossa riqueza e trocá-la em liberdade pelos produtos e serviços dos nossos colegas Homens. Quanto a Obama não me diz nada em particular, não sou de entrar em manias... pensar que existiria uma mudança de fundo com McCain ou Obama é o mesmo que pensar que Sócrates e Ferreira Leite são alternativa um do outro: no essencial (para eles) estão de acordo, nenhum estaria disposto a voltar aos métodos provados.
Confesso que o que mais aprecio na sua frase são os 3 pontos de exclamação a seguir a padrão ouro(!!!) como se fosse uma insanidade o que eu estou a dizer. O sistema monetário em ouro deu ao mundo uma moeda de comércio aceite nos quatro cantos do globo, fez prosperar o comércio e durante mais de duzentos anos foi garante de estabilidade económica de inúmeras nações. Nas poucas décadas que o seu sistema de papel-moeda tem de idade, atravessámos por depressões e bolhas mais depressa do que alguma vez na história da “Sociedade”. O dólar americano perdeu, desde a criação do Banco Central Americano (FED), mais de 96% do seu poder de compra (porque será que as pessoas não poupam?) e deixou que uma nação que é a maior devedora do mundo tenha controlo livre sobre uns papeizinhos verdes que servem para pagar a dívida. Faço notar mais uma vez que a insanidade é atribuída ao ouro, que tem um valor intrínseco, e não a uns papelinhos que têm o valor aleatório que o banqueiro central lá quiser imprimir.
Sou só eu, ou o Mundo está ao contrário?
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
FAQ dos mercados livres
Etiquetas:
Bancos Centrais,
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Politica
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4 comentários:
http://ovalordasideias.blogspot.com/2009/01/cor-da-verdade-o-cinzento-2.html
A sua capacidade de compreensão dos meus textos deixa muito a desejar para quem dedica o seu tempo a promover livros e educar as futuras gerações...
Porque havia o Estado de incentivar a compra de casas com juros bonificados? Porque não deve em vez disso suportar arrendamentos? Ou porque não deve mas é estar quieto e deixar cada um decidir se o que é melhor para si é comprar ou arrendar?
Depois dá os exemplos da França (curioso, porque não deu os exemplos de Nixon na mesma altura com a racionalização de bens nos EUA). Pergunta como é que o mercado sai de uma situação de estagflacção?
Porque é que não pergunta como é que o mercado entrou nessa situação? A inflação é um processo monetário, quam a criou foi o Estado mas quem tem que resolver é o mercado... a típica oratória de um estatista "eu estraguei isto tudo mas a culpa é do mercado e portanto tenho que continuar a mexer na economia porque o mercado sozinho não consegue".
Sobre os idosos registo apenas a sua falta de honestidade intelectual ou o facto de simplesmente não ter lido o meu texto. Eu não tenho duvidas de porque é que os idosos têm que viver de esmolas do Governo: Porque as suas poupanças foram confiscadas pelo Estado através da inflação.
Como é que interpreta isso para dizer que eu culpo os próprios idosos eu não sei, mas as coisas que vejo a sair da sua "caneta" já em nada me surpreendem.
Sobre os desfavorecidos vamos ser claros, eles não produzindo nada dependem sempre dos outros. A escolha aqui é se cada um de nós deve independentemente ajudar quem quer da forma que pode ou se o Estado deve confiscar cada um de nós para lhes dar a eles (sendo que o Estado tem de cobrar pelo seu trabalho de distribuição de riqueza, ficando todos nós mais pobres).
Quanto ao subprime, se os bancos comerciais não tivessem liquidez como é que iam emprestar esse dinheiro subprime?
E quem foi o garante dessa liquidez que permitiu esta bandalheira? O Mercado ou o Banco Central? E se foi o Banco Central porque insiste em culpar o Mercado?
Sobre a Fannie e a Freddie a sua tentativa de as classificar como empresas privadas é ridicula. Foram criadas pelo Presidente FDR no "New Deal" e sempre foram classificadas como GSE (Government Sponsored Enterprises) ... nem sei que mais lhe hei-de dizer. O mercado tratou-as como aquilo que eram: O braço do Governo para promover o "bem comum" de todos os Americanos terem uma casa.
As referências de Keynes e Friedman não percebo. Está-me a dizer que qual deles era contra a intervenção do Estado? Keynes que é a favor de dividas publicas para estimular a economia ou Friedman e a teoria monetarista?
A sua falta de honestidade intelectual é assombrosa e como tal retiro-me do debate até que esteja disposto a falar verdade sobre alguma coisa. Os visitantes do inflacionista decerto saberão ler e compreender o que cada um de nós defende e qual o que leva a um melhor futuro para todos.
ùltima resposta: http://ovalordasideias.blogspot.com/2009/01/cor-da-verdade-o-cinzento-3-e-ltima.html
1) Eu não sei nada sobre si, apenas constatei que a sua compreensão de textos em lingua portuguesa (como aquele que eu escrevi) deixa muito a desejar, como aliás se volta a comprovar pelos seus comentários completamente despropositados sobre o assunto. Noto também que não falei nada sobre a educação mas que já fez juízos pela minha posição (que obviamente desconhece)...
2) A compreensão dos meus textos é tão fraca que ainda me pergunta se eu acho que deve a compra de casas ser incentivada pelo Estado? Já nem tenho palavras...
3) E depois disto tudo, o ileterado sou eu... Sim, sei que a OPEP é um cartel. Já agora controlado por quem? Não me diga que são Governos e Empresas Estatais... ficaria muito surpreendido.
A inflação é um conceito monetário, o que você se refere são ajustes no preço devido às leis da procura e da oferta.
4) Os bancos europeus eram tão bons que ainda não vimos nenhum fechar... enfim que mais há a dizer? Obviamente não sabe o que é um sistema bancário livre para dizer que sem Banco Central não há liquidez.
5) Continua a achar que a Fannie e a Freedie não tinham apoio implicito do Governo. É principalmente este ponto que me fez responder, é de extrema importância que os leitores vejam como um colectivista está pronto a branquear a história mesmo de uma coisa que aconteceu à meia duzia de meses.
6) Sobre Friedman e Keynes são responsáveis por duas teorias diferentes mas que fazem hoje ambas parte das politicas seguidas por todos os Estados ditos de economia mista: Monetarismo e Estimulos económicos do Estado. Foi isso que eu disse, o resto colocou você na minha boca.
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