sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Quem é John Galt?

Uma pergunta à qual muitos de vós já saberão a resposta, talvez seja por isso que aqui passam pelo Inflaccionista. Além de ser mais do que um simples personagem é, acima de tudo, uma ideia... e agora é também a minha fonte de inspiração para este pequeno projecto que começa hoje a gatinhar.

Sobre o lema "Be Galt. Wear the message!" apostei neste nicho de mercado que são os amantes do capitalismo e da liberdade. Juntando o util ao agradável procuro o lucro enquanto espalho uma mensagem com a qual me identifico. Espero que gostem tanto de lá passar como eu gostei de tudo o que fiz para montar esse pequeno negócio.

E para quem ainda não sabe a resposta... Who is John Galt?

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terça-feira, 24 de novembro de 2009

A depressão do século XIV

Um artigo interessante do Mises Institute para quem, como eu, tenha um gostinho por História. Se os nossos governantes partilhassem desse gosto talvez fosse possível aprender com os erros do passado.

Focus on the devastation caused by outbreaks of the Black Death in the mid-14th century is partially correct, but superficial, for these outbreaks were themselves partly caused by an economic breakdown and fall in living standards which began earlier in the century. The causes of the great depression of western Europe can be summed up in one stark phrase: the newly imposed domination of the State.

[...]

In a sense, the longest-lasting ill effect from the Black Death was the response of the English Crown in imposing permanent maximum wage control and compulsory labor rationing upon English society. [...] The inevitable result, however, was a grave shortage of labor, since at the statutory maximum wage the demand for labor was enormously greater than the newly scarce supply.

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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Ucrânia: Quer um TGV?

A Ucrânia está com problemas claros a financiar-se como mostra o gráfico em baixo.



É mais barato para a Ucrânia financiar-se a 5 anos do que a 2 anos o que indica dificuldades graves em arranjar liquidez no curto prazo. Se a yield curve não inverter rapidamente seguirá pelo caminho da Islândia.


Se alguém tiver disponível os dados para dívida de prazo inferior a 2 anos agradecia que me deixassem esses dados. Para já fica só esta noticia da Forbes que foi a unica que encontrei. Parece que o caso está a passar ao lado (como de costume) da imprensa generalizada.

Update: Entretanto encontrei uma noticia da Bloomberg que explica melhor o que se passa e que se resume em 5 pontos:

1) A CP lá do sitio não pagou o que devia ao Barclays porque a crise está má para todos.

2) Este empréstimo do Barclays não está garantido pelo governo.

3) Existe um segundo empréstimo do Deutsche Bank que tem garantias explicitas do governo.

4) O mercado tem medo que essas garantias sejam accionadas e que o governo não cumpra.

5) Essa reacção do mercado é visível não só na curva de yields como no custo dos CDS (Credit Default Swaps).

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Comentário ao editorial do i

O jornal i tem hoje uma edição dedicada ao buraco orçamental. Começa com o editorial e tem depois, nas páginas mais centrais um aprofundamento do assunto. Infelizmente o editorial começa logo mal com uma frase errada "Os estados não vão à falência".

Eu espero que esta afirmação seja corrigida brevemente. O site da Moodys tem 12 falências soberanas entre 1998 e 2006:

1) Paquistão (98)
2) Russia (98)
3) Ucrania (98 e 2001)
4) Venezuela (98)
5) Equador (99)
6) Peru (2000)
7) Argentina (01)
8) Moldávia (01)
9) Uruguai (03)
10) Republica Dominicana (05)
11) Belize (06)

São países que se calhar passam desperbidos mas continuam a ser estados e continuaram a falir. Ainda há 1 ano a Islândia esteve nas noticias e não sei como é possível esquecer tão cedo. Muitos outros nomes há a acrescentar à lista que dei se recuarmos mais uns anos no tempo (a Argentina tem a mania de declarar falência ciclicamente por exemplo) mas infelizmente não tenho tempo suficiente para uma lista mais exaustiva.

E se o argumento é que "não pode acontecer aqui" em 1971 os EUA também entraram em incumprimento com as suas obrigações (o que levou à criação do actual sistema monetário)... quer-me parecer que pode mesmo acontecer em qualquer lado.

Mas mais importante que isto, é que passando uma mensagem de que "os Estados não vão à falência" então os portugueses não percebem qual é o problema com o défice e irão manter-se na ilusão que o Estado é uma fábrica de riqueza. Afinal de contas, quando faltarem as notas manda-se fazer mais.

Nota: Segundo a Standard & Poors houve 84 estados em incumprimento das suas obrigações entre 1975 e 2002.

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Os pilares da economia

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Ginásios e IVA

Ultimamente tenho dado por mim em várias discussões com colegas e amigos onde surge sempre um tema recorrente: os donos dos ginásios portugueses são uns porcos capitalistas. Porquê? Porque o governo baixou o IVA para 5% mas os preços dos ginásios não desceram. Este tema voltou a surgir agora em formato electrónico n’O Insurgente de maneira que está na hora de mais um serviço público gratuito (infelizmente parece faltar-me o gene capitalista - vejam lá se fazem umas doações de vez em quando aqui ao vosso comuna de serviço).

Pontos de partida:

1. O preço nominal do ginásio não aumentou.
2. O preço real do ginásio desceu (devido à inflação)
3. A função de um empreendedor é maximizar o lucro (o horror!)

Penso que os primeiros dois pontos são consensuais e particularmente o segundo demonstra que houve de facto um beneficio directo ao consumidor. Quanto ao ponto três eu sei que muita gente gosta de criticar os empreendedores/capitalistas por isso mas é só quando são os outros. Qualquer cidadão comum quando vai a uma entrevista de emprego para vender o seu trabalho parte exactamente do mesmo principio de tentar maximizar o valor pelo qual vai vender esse serviço e, tal como os donos do ginásio, esse valor não depende exclusivamente da sua vontade mas sim do valor que o consumidor (neste caso o empregador) dá ao produto em causa (neste caso, o trabalho). É tão simples e natural como ter uma barra de chocolate para vender e quando temos dois tipos, um que dá 5€ por ela e outro que dá 6€ nós vendemos sempre ao que dá 6€. Infelizmente, quando a barra de chocolate não é nossa em vez de simplesmente aceitarmos a lógica vamos chorar a uma qualquer teta estatal porque gostamos muito de chocolate mas os outros são muito maus e não nos deixam provar.


Quando estamos do lado do consumidor todos nós temos uma noção de valor das coisas. Esse valor não é obviamente igual para todos. Imaginemos três individuos que gostavam (entre outras coisas que podiam fazer com o seu dinheiro) de ir ao ginásio. O individuo A atribui a esse prazer um valor de 50€, o B de 70€ e o C de 90€ assim se constrói uma básica linha de procura. O personagem Z neste exemplo investiu o seu capital no ginásio e espera obviamente (não é um ginásio publico) retirar lucro do capital investido (se não esperasse tinha aberto um depósito à ordem em vez de construir um ginásio). Estudando a concorrência existente ou através de tentativa e erro chega à conclusão de que uma mensalidade de 60€ lhe permite maximizar o seu lucro. Isto faz com que B e C desfrutem do ginásio e com que A vá gastar o seu dinheiro a outro lado pois para si o ginásio é caro demais.

Estamos todos contentes. Porquê?

1. A gasta os seus 50€ em algo que lhe convém mais do que gastar 60€ num ginásio.
2. B e C têm um serviço que acham barato.
3. Z tem retorno do seu capital.

Até agora tudo bem. Depois vem o Estado e baixa o IVA… deve Z baixar o preço? Lembremo-nos que o seu intuito é maximizar o lucro. Digamos que esta baixa do IVA permitia baixar o preço de subscrição do ginásio em 10%, ou seja 6€, o que colocaria o novo preço em 54€. Ora este preço faz com que Z receba menos 12€ no total (6 de B e 6 de C). Por outro lado 54€ por mês continua a ser demasiado caro para convencer A aderir ao serviço, numa perspectiva de negócio é um erro descer o preço do ginásio (não maximiza o lucro).

Imaginemos o cenário contrário em que o governo implementava um novo imposto de 12€ sobre a utilização dos ginásios. Neste caso a solução óptima é não passar o custo total ao consumidor final (uma vez que B abandonaria o ginásio) e absorver parte destes custos. Ou seja, neste caso específico, aumentar apenas 10€ para reter ambos os clientes e ter uma rentabilidade final maior.

Claro que Z não tem poderes psíquicos, não sabe a escala de valores de todos os seus potenciais clientes e como tal vai tentando (dentro da sua margem) aproximar-se da vontade dos consumidores. Ele sabe que tem sucesso quando tem uma boa taxa de ocupação do seu ginásio. Ora imaginemos então que Z é um gestor de sucesso e tem um bom ginásio com bom lucro e boa taxa de ocupação sem nenhuma intenção de alterar isto mas apenas de manter os seus clientes actuais contentes. Vem o governo e baixa o IVA, Z tem duas opções:

1. Mantém o preço sabendo que não vai haver mudanças na procura do serviço que presta e maximizando o seu lucro.
2. Dedica-se à pesca.

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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O custo da dívida

Eu peço desculpa aos seguidores do Inflaccionista por não ter colocado aqui algumas intervenções que fiz n'O Insurgente sem colocar aqui que sei que provavelmente os que seguem este blog estariam interessados e é por isso mesmo que vos chamo a atenção.

Tudo isto começou com uma noticia da Bloomberg sobre a situação os titulos de dívida publica grega. Como não tinha nada melhor para fazer dei por mim ontem à noite a construir gráficos sobre o custo da dívida de vário países comparados com a Alemanha.



Finalmente agora acabei de publicar um texto mais extenso sobre o que eu acho de tudo isto. Divirtam-se!

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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Como se faz um estudo de viabilidade em Portugal

Esta semana a SIC Noticias surpreendeu-me com um programa de qualidade apresentado por um senhor jornalista que realmente ainda vale a pena acompanhar ao contrário do lixo escrito, falado e televisionado que habitualmente nos chega a casa.

O programa é o "Plano Inclinado" onde participam 3 conhecidos economistas (que estando longe dos meus ideais são pelo menos realistas) que falam sobre o estado da Nação. O que me leva a colocar aqui este video do programa completo (porque confesso a minha info-nabisse para editar videos) é o que é dito no minuto 37 do programa:



Eu digo sinceramente, estive envolvido num trabalho de estudo aprofundado sobre o aeroporto e naquele caso em que eu trabalhei sobre a vertente financeira eu nunca tive acesso nem pude simular aquilo que eram variáveis associadas à procura. [... E]u costumava dizer que era a palavra de Deus, isto é a linha de previsão sobre a quantidade de passageiros - entradas ou saídas - vezes a taxa aeroportuaria aplicada quer aos passageiros quer à carga era um dado com uma previsão a 30 anos e que eu tinha de assumir sem questionar. [...] Cheguei a uma conclusão que nos pressupostos desenvolvidos o projecto era positivo do ponto de vista financeiro. - João Duque

Recomenda, a terminar, que seja feito um estudo independente o que demonstra bem a confiança que tem num estudo que o próprio conhece bem exactamente por nele ter participado. Alguém, em cubículo minesterial incerto, tirou um número do rabo que era suposto representar o número de passageiros e carga a passar em Alcochete e gastam-se milhares de euros em estudos sem ninguém questionar (ou ter poder efectivo para alterar os pressupostos) a validade deste número. Isto promete... promete ser demolido antes de aterrar o primeiro avião.

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O centenário esquecido

The year 2009 will most likely expire without commemorating the centenary of a most momentous event in history that figures prominently as the main cause of the Great Financial Crisis of the century. This event was the so-called legal tender legislation in 1909. The bank notes of both the Banque de France and the Reichsbank of Germany were made legal tender by law, first in France and then, a very short time later, also in Imperial Germany. The rest of the world followed suit. In this way all roadblocks were removed in the way of financing the coming world war through credits and monetizing the resulting debt through the issuance of bank notes.

[...]

The way out of the crisis, and the way to prevent another great Depression, is through the restoration of freedom in the realm of money.


Antal Fekete, One hundred years of legal tender.

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

EUA: Crescimento da M1

Têm-me perguntado em convivios ultimamente o que justifica esta subida recente das acções que tem sido muito forte. As pessoas sabem que sou um "bear" assumido nos mercados accionistas e como tal costumam sondar-me para saber se já mudei de opinião.

Há duas razões importantes para a subida:
1) O sentimento dos investidores estava num extremo tão negativo que era necessária uma subida para aliviar o sentimento. Tal como nas subidas é necessário o contra-tempo da praxe pois o mercado não pode andar sempre no mesmo sentido sem as suas pausas. Por natureza as subidas em bear-market são muito mais agressivas e repentinas que as descidas em bull market.

2) O Tio Bernanke deu uma ajuda. Fica em baixo o gráfico da M1 desde o inicio da crise. Esta massa monetária (bastante restrita, nem olhei para a M3) demonstra bem como a FED está a fazer tudo o possível para colocar liquidez no mercado... e a liquidez é a mãe de todos os mercados: dívida, commodities, divisas e claro dos mercados accionistas.



Não convém é confundir inflação monetária com recuperação económica como está a ser feito por muitos comentadores na praça publica.

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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Pensamento do dia

Se houvesse aqui ao lado um pequeno país onde existisse liberdade de escolha na saúde, na educação e na segurança social, o regime sob o qual vivemos também teria que murar Portugal para manter cá dentro a população contribuinte.

João Miranda in Blasfémias

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A História vista por um comunista


"A derrota do socialismo, com o desaparecimento da União Soviética e da comunidade socialista do Leste da Europa, constituiu uma tragédia, não apenas para os povos desses países mas para toda a humanidade: com o capitalismo dominante, o mundo é, hoje, menos democrático, menos livre, menos justo, menos fraterno, menos solidário, menos pacífico."


Editorial do Avante, jornal oficial do Partido Comunista Português, 2009

É assim que esta gente conta esta história.


E não faço mais comentários porque nada me ocorre que não envolva a mãe daquele senhor. O mais triste é que 20% dos portugueses que votaram o mês passado concordam com ele.

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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Hino da Função Publica

Atenção que isto foi feito mesmo a sério. Não façam como eu que até mais ou menos o minuto 2 julgava que era a gozar.



Fantástico!

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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Quem tem medo do FMI (II) ?

Há poucos meses atrás tinha sido noticiado que o FMI pretendia ver-se livre de uma parte substancial das suas reservas de ouro para financiar os “planos de salvamento” de algumas economias mais frágeis. Houve, compreensivamente, algum receio nos mercados do que isto faria para baixar o preço do ouro (cotado em USD).

Existem na minha óptica várias ameaças à escalada do ouro, mas logo na altura tive oportunidade de dizer que esta seria a que menos me preocupava, viessem estas vendas do FMI ou de um qualquer tresloucado de um banco central, pois seriam rapidamente absorvidas por países que sentem cada vez mais a necessidade de diversificar as suas reservas.

Hoje o ouro faz novo máximo histórico nos $1080, um dia depois de a Índia anunciar que, só eles, vão ficar com metade das 400 toneladas que o FMI quer despachar. A China e a Russia serão outros dois países eventualmente interessados em resolver o “problema” do FMI.

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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Radicais pelo Capitalismo

Estreia hoje, lá mais para o final do dia, Radicals for Capitalism. Este documentário da Reason.com falará das ideias de Ayn Rand, liberdade e capitalismo.



A não perder.

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Poupança em Portugal

Parece que passou ao lado do Inflaccionista o dia mundial da poupança, que é a 31 de Outubro. Esquecimento apenas justificado porque foi a um Sábado e porque cada vez leio/oiço/vejo menos os media mais "mainstream" cada vez mais necessitados de alguém que imprima alguma qualidade às ditas noticias que passam (uma menção honrosa a Mário Crespo que é o único capaz de me fazer ver um telejornal).

Mas como dizia parece que houve um dia mundial da poupança e que alguém no INE veio dizer que os portugueses andavam a poupar mais, obviamente fui tentar descobrir mais sobre esta poupança tresloucada dos meus compatriotas no site do INE mas não encontrei a press release que pensava existir. Não se perdeu tudo porque entretanto encontrei um quadro bastante interessante (pena acabar em 2006) sobre a poupança líquida dos vários sectores nacionais e podemos ver que o “cidadão comum” sempre poupou visto que são as famílias as únicas consistentemente a poupar. Até haveria anos em que o saldo nacional seria positivo não fosse uma coisa chamada “administração publica”.

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Pensamento do dia

How can a revival of consumer spending be the key to any recovery? The very word “consume” – as opposed to “invest” – should raise a yellow flag. The belief that consumption is the key to a strong economy is so deeply ingrained that few Americans even question that it has become the basis for all economic decisions made by the federal government. But popular delusion is at a tidal crest when it views pumping up home prices and retail sales as government’s most important domestic role. We might have expected economists to know better, and to help lead us out of the woods, but for the fact that credit-based consumption has become their credo as well. This belief was handed down from on high by Alan Greenspan, the man who single-handedly brought the dismal science to the point of utter disgrace. - Rick Ackerman

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