Em Setembro de 2008 os EUA decidiram banir, temporariamente, o chamado “short selling” como forma de conter as quedas nos mercados accionistas. Foram, claro, seguidos de perto pela Europa em geral e pelo nosso primeiro em particular que declarou na altura, em plena Assembleia da República, que não sabia muito bem o que era isso mas que era, obviamente, contra.
Não demorou muito os mercados enfrentaram a maior queda dos últimos 20 anos. A razão é fácil de compreender, quem está “curto” só ganha se conseguir comprar mais barato do que aquilo que vendeu, ou seja, para tomar lucros tem que comprar. Isto significa que quando há quedas abruptas no mercado o interesse próprio do maléfico especulador em causa faz com que ele compre os bens, fornecendo liquidez ao mercado ao mesmo tempo que o “segura”. Claro, quando os governos dizem que estas pessoas não são bem vindas não há ninguém para amparar as quedas dos mercados e estas são muito mais desordeiras e agudas.
Poderiam pensar que, sendo esta memória tão recente, os governantes teriam aprendido qualquer coisa mas claro… burro velho não aprende linguas. E assim sendo a Grécia proibiu hoje a venda curta dos seus títulos de dívida numa tentativa de abrandar a subida das taxas de juro. Não só vão falhar esse objectivo a médio prazo (no curto prazo há sempre uma reacção positiva causada pelo fecho forçado das posições) como se estão a colocar a jeito para acelerar a chegada da bancarrota. E não, ninguém vai aprender nada com isso. José Sócrates fará o mesmo pouco tempo depois.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
O cheiro de Napalm pela noite
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