Há cerca de três meses fiz uma breve análise das origens da crise neste tópico. Além das breves causas da crise abordei as diferentes formas com que os governantes dos diferentes países da zona euro estavam a abordar os problemas com que se deparavam escrevendo a propósito da Irlanda:
E assim podemos ver a diferença entre duas maneiras de agir: Aqueles que agem para resolver os problemas ganham estabilidade financeira, aqueles que brincam aos governantes ganham dores de cabeça. A este ritmo não será de espantar que lá para o verão este gráfico já esteja invertido com Portugal e Espanha acima da Irlanda… certamente uma boa arma de arremesso para as próximas campanhas eleitorais para podermos todos a continuar a não fazer nada até ao dia que tenhamos de chamar o “papá FMI”.
Algumas coisas mudaram entrentanto: Por exemplo, na altura só os mais maléficos especuladores se atreviam a falar do FMI na zona euro enquanto que hoje o tema é já curriqueiro. O que não mudou foi a percepção negativa que os mercados tinham do nosso país, bem pelo contrário agravou-se e como previsto na altura o custo da dívida Portuguesa é hoje mais cara que a Irlandesa pela primeira vez desde, pelo menos, os últimos 18 meses.
No gráfico em cima pode acompanhar-se a evolução dos spreads para os títulos alemães. Para números concretos, Portugal passou de uma taxa de juro de 3.91% em Dezembro para 4.61% hoje. Já a Irlanda fez o caminho inverso vindo dos 4.88% para 4.59%.
Por lá continuam a tentar resolver o problema, por cá caminhamos alegremente para o abismo. Por uma vez, acho que tomamos a opção certa.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Portugal sobe no ranking!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário