Ainda há pouco tempo falei aqui de como a Islândia era um bom exemplo de como uma moeda se desmorona rapidamente e que só os que têm ouro (ou uma moeda estrangeira que não sofra o mesmo destino da moeda nacional... o que se poderá demonstrar dificil de encontrar nos próximos tempos) perde grande parte da sua riqueza e/ou poupança.
Agora é a CNN que nos reporta que o ISK (Coroa Islandesa) perdeu qualquer valor no mercado internacional:
Iceland’s currency is now non convertible. That means it technically has no value whatsoever and can not be used to purchase any needed imports. The Icelandic Central Bank has raised interest rates to 18% (Think about what that means for mortgages and credit cards for a moment) and has negotiated a large loan from the IMF in the hope that the Icelandic currency can become convertible again.
At the moment, Iceland has to pay for all imports with it’s limited reserves of foreign currency which are fast running out and it is in urgent negotiations with Nordic countries and with Russia to secure emergency loans.
According to Bloomberg, supermarkets in Iceland are resupplied each week, no supplies have arrived in the last two weeks and managers are saying that they don’t know when the next deliveries of supplies are expected.
Obviamente as reservas do Banco Central Islandês não são eternas e a solução encontrada só pode ser usada a curto prazo (é para isso que são as reservas). Deveria a Islândia ser o motor para um novo sistema monetário?
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Ainda a Islândia
Inflação ou deflação
Saíram hoje os resultados da inflação na zona Euro apontando para os 3.2%. É verdade que a tendência é de queda mas quando já se ouvem os gritos de deflação há tanto tempo não seria de esperar um pouco mais?
Artigos Relacionados:
Inflação Monetária
O que é a inflação?
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Prata - Anomalia no mercado? (IV)
Relançar o tópico (para quem é novo vale bem a pena ler os tópicos antigos sobre o mesmo assunto) para esclarecer que depois de uns e-mails trocados com o fornecedor já tenho todo o metal em minha posse e eles passaram a anunciar no próprio site que estão com problemas de entrega de alguns artigos de ouro (nomeadamente Philarmonikers e Maple Leafs).
Portanto... gente séria até prova em contrário mas sempre confirmar como referi anteriormente.
Aproveito já que aqui estou para relançar o tópico dos spreads em prata comparando com os 3 dealers que tinha mencionado em Agosto.
CoinInvest (Europa) - 78% sobre preço spot (já chegou a estar acima de 100% no inicio deste mês e portanto parece que a prazo a normalidade procura voltar).
APMex (USA) - 88% sobre preço spot. Para ordens superiores a 20 onças fica a 82% e para ordens superiores a 500 onças fica a 77%
Kitco (Canada & USA) - Este é o mais interessante porque foi o unico dealer que eu acompanho que pura e simplesmente não aumentou os prémios. O resultado é óbvio, não tem nada em stock há algumas semanas.
É possível na Kitco comprar barras de 1000 onças com prémio justo e entrar em "contas alocadas" em que guardam o material por nós mas já sabem que para isso prefiro o ETF. Tendo em conta que a Kitco ainda não ficou sem barras de 1000 onças parece querer demonstrar que o problema de pouca prata no mercado se continua a restringir a metal de baixa denominação.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Tesourinhos Económicos
No seguimento do tópico anterior deixo aqui alguns tesourinhos económicos do Youtube onde se pode ver como pessoas informadas viram a crise bem a tempo e propuseram soluções. Fica então a lista de video.
Esta discussão é de Agosto de 2006. Enquanto um debita a ilusão de riqueza produzida pelo FED Peter Schiff fala de dinheiro a sério e riqueza realmente acumulada.
Em 2007, enquanto o Bull Market respirava o seu ultimo fôlego, Peter Schiff continuava a ser apenas um alarmista a prever o fim do mundo. Os avisos que faz sobre o problema do sub-prime são completamente ignorados.
Ainda em 2007, Bill Bonner repete o que anda a dizer desde 2001... que os erros dos bancos centrais, bancos generalistas, dos investidores e dos consumidores têm que ser corrigidos.
Em 2008 Peter Schiff continua a ser gozado. Pode-se ver no quadro, enquanto o outro comentador vai dizendo que estamos no fundo do mercado, que o Dow Jones estava acima dos 11000 pontos. Hoje esteve a 8000...
Também este ano (já aqui coloquei videos mais antigos (1995)) podemos ver Ron Paul, este ano candidato presidencial nos EUA derrotado por John McCain nas primárias, a falar com o actual presidente da Reserva Federal sobre o estado do dolar e a inflação monetária.
São apenas alguns exemplos que aqui vos deixo demonstrando como a crise foi prevista por intervenientes que acreditam que apenas os mercados livres a podem resolver (com alguma dor como é natural) e que apontam o dedo aos mercados que se fazem passar por livres (como as taxas de juro). Curioso como ainda hoje uns são gozados ou até repudiados pela comunicação social enquanto os que nunca viram nada disto a acontecer vêm agora apontar soluções... é importante decidir em quem queremos acreditar e que conselhos queremos seguir.
Premonições de uma crise anunciada
Manuel Alegre teve “premonições” desta crise financeira. Segundo o próprio já por duas vezes, em 1999 e 2004, tinha alertado o PS (em congresso interno) de que a “falta de regulamentação” e os “excessos dos mercados financeiros” dariam nesta crise que hoje enfrentamos. Junte-se ao clube, não conheço nem um único liberal (daqueles que acreditam nos mercados livres, não dos que acreditam nos livres quando sobem e nos governos quando o mercado desce) de mercado que não tenha previsto esta crise. Não conheço nenhum capitalista (daqueles que acreditam que o capital é uma força mobilizadora da economia e não aqueles da banca que acreditam que promessas de capital futuro é a mesma coisa que capital real) que não tenha alertado para as origens desta crise no nosso actual sistema monetário.
É aliás a grande diferença entre os que choram pelo Estado e aqueles que acreditam nos mercados. É que uns chamam-lhe crise financeira e os outros chamam-lhe crise monetária, coisas bem distintas. Tal como as crises identificadas são distintas também as soluções são distintas bastando ver algumas propostas de ambos os lados.
Solução proposta por liberais para uma crise monetária:
- Deixar as empresas (incluindo bancos) insolventes falharem
- Deixar o mercado agir naturalmente no seu processo de descoberta de preço justo
- Pagar a dívida (dos privados e dos Estados)
- Terminar ou reduzir os sistemas de reserva fraccional que exponenciam a criação de crédito
- Voltar a devolver valor ao dinheiro através de um padrão ouro ou de uma qualquer moeda que tenha ligação a bens físicos (além do papel em que são imprimidas)
- Terminar com os Bancos Centrais e com o monopólio que eles têm sobre as taxas de juro, é reconhecido pela maior parte dos economistas liberais que a crise actual está em parte ligada às baixas taxas de juro que como se sabe são reguladas pelos Bancos Centrais e Governos e não pelo mercado (apesar de se apontar frequentemente o dedo ao mercado como culpado de tudo).
Solução proposta por estadistas para uma crise financeira:
- Regulamentar os mercados (ninguém diz muito bem como mas será que o Estado vai passar a determinar quanto é que alguém pode pedir emprestado?)
- Criação de novas instituições internacionais ou dar novos poderes ao FMI e ao Banco Mundial (qualquer pessoa informada sabe bem as consequências que as politicas do FMI tiveram em países em desenvolvimento como a Indonésia, Argentina e Etiópia entre outros… é a esta gente que queremos dar mais poder?)
- Endividar mais o Estado para lançar grandes projectos de investimento (aeroportos, TGVs, etc. – se ambos os lados reconhecem que o excesso de crédito nos privados esteve relacionado com a crise não percebo como os estadistas pensam resolver o problema com excesso de crédito pelo Estado)
- Dar emprego às pessoas, Sarkozy anunciou hoje que vai dar emprego a 100 mil franceses (não explicou para que são estas pessoas ou que empregos lhes vai dar, mais uma vez interfere com o mercado de emprego criando oferta artificial. Qualquer livro de economia ensina quais são as consequências deste tipo de movimentos mas infelizmente para se ser presidente da UE não é preciso saber ler)
- Comprar empresas falidas para garantir os mercados de crédito (sem comentários…)
- Quando os bancos se recusam a emprestar dinheiro o Estado empresta directamente às empresas (através de divida do Estado)
São, mais ou menos, estas duas propostas que estão em discussão, a primeira que passa em muitos pontos completamente despercebida e sem nenhum tempo de antena na comunicação social e a segunda que todos os dias nos invade as nossas salas de jantar com Manuel Alegre, Sócrates, Sarkozy, Barroso, Gordon Brown e Bush (ou Paulson) sempre a bater na mesma tecla. O problema para eles é que o mercado de derivados não foi regulamentado… mais uma vez digo que esse é apenas um sintoma e não a causa. Se não tivesse sido permitido este sistema monetário bárbaro de papel-moeda nunca teria sido possível montar esses mercados, nunca teria sido possível multiplicar o crédito a estes níveis e nunca teríamos envolvidos num décimo da trapalhada em que estamos neste momento.
Assim, lá seguimos nós contentes e felizes para a regulamentação que a URSS já demonstrou (da maneira mais problemática) que não funciona. Mas Alegre é teimoso e acha que não vale a pena aprender com a História, não vale a pena aprender que regulamentar e planear o mercado causa perca de produtividade (e riqueza obviamente). Não vale a pena aprender que o padrão ouro foi responsável por séculos de prosperidade económica na Europa e que os mercados livres funcionaram quando lhes foi dada a oportunidade (desde o fim do sistema feudal).
Winston Churchill uma vez disse “podemos confiar nos Americanos para tomar a opção correcta… depois de esgotarem todas as outras alternativas”. Penso que podemos extender, hoje, esse pensamento aos Europeus, talvez ao fim de uma ou duas décadas da recessão a que nos condenam decidam fazer o que está certo e corrigir a raiz do problema: um sistema monetário insano.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Pensamento do dia
"The central bank is an institution of the most deadly hostility existing against the Principles and form of our Constitution...Bankers are more dangerous than standing armies...(and) if the American people allow private banks to control the issuance of their currency, first by inflation and then by deflation, the banks and corporations that will grow up around them will deprive the People of all their property until their children will wake up homeless on the continent their Fathers conquered."
Thomas Jefferson - Um dos fundadores dos Estados Unidos da América
Em português (tradução livre):
"O banco central é uma instituição das mais hostis e mortains que existem contra os principios da nossa Constituição... Os banqueiros são mais perigosos que exércitos e se o povo Americano permitir que bancos privados controlem a emissão de moeda, primeiro pela inflação e depois pela deflação, os bancos e corporações que crescerão à sua volta irão privar o Povo de toda a sua propriedade até que as suas crianças acordem como sem-abrigos no continente que os seus pais conquistaram."
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Problemas com fornecedor
Queria deixar aqui um alerta à navegação, já que "anunciei" várias vezes o serviço da CoinInvestDirect como seguro e de confiança. Fi-lo porque, obviamente, já usei os serviços deles várias vezes e sempre tive a mercadoria a tempo e horas na minha mão sem grandes problemas.
No entanto, com o mercado do ouro a seguir o mesmo caminho da prata (futuros andam para baixo e nas lojas os preços andam para cima) tive hoje a minha primeira experiência infeliz quando tentei comprar a minha "dose".
Fica o e-mail do suporte ao cliente:
Normally we are able to ship our customers' orders within the following 48h.
Unfortunately, due to some delays from one of our suppliers the 1oz Philharmonic gold you ordered will only be available by early to mid November. Therefore your order will only be shipped by then.
Please be assured your order is being followed, the stock is all reserved for you and will be shipped as soon as we have the coins available at our warehouse.
Isto é inaceitável por várias razões. Primeiro porque andam a anunciar no site produtos que não têm em stock quando me garantiram em e-mails anteriores (colocados aqui aliás) que quando não há stock retiram o produto da listagem. Em segundo lugar porque andam a cobrar prémios de mais de 100 euros em relação ao preço spot (cerca de 19%) e querem que os clientes aguardem.
Fica pois o aviso feito à navegação, eu terei um problema sério para resolver com esta gente mas este tópico é principalmente para aqueles que pensam ainda vir a comprar de qualquer dealer que seja: confirmar sempre o stock.
Apenas também queria relembrar que a Philarmonica é a moeda da Mint Austríaca que tinha aqui mencionado há poucas semanas por estarem já a trabalhar com 3 turnos diários e produção ao fim de semana. São aliás parceiros directos da CoinInvest e seus fornecedores e é fácil de assumir que o atraso de três semanas vem directamente da fábrica.
O mercado de futuros deixou de ter qualquer relação com o preço do ouro e da prata (pelo menos em pequenas quantidades) e esta queda vertiginosa nos preços do COMEX irá ter muitas consequências (negativas) futuras no mercado quando os extractores de minério tiverem que desistir devido à reduzida margem que cada vez se estreita mais com os custos de energia e mão de obra a aumentar. Sendo que uma falta de ouro no mercado não será certamente o fim do mundo é bom lembrar que a prata tem muitas aplicações industriais que a médio/longo prazo certamente se ressentirão.
Noticias relacionadas:
Gold Futures And Coins Out Of Sync
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Ouro no Financial Times
Um pequeno vídeo (em inglês) sobre o mercado de ouro físico foi recentemente publicado no Financial Times.
Nada eufórico e bastante ponderado, demonstrando não só as vantagens como as desvantagens de possuir este metal precioso vale a pena ver para aqueles que ainda não têm a protecção que o ouro fornece.
Link
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Europa inquieta
A Europa anda à beira de um ataque de nervos... Ele é Gordon Brown a nacionalizar a banca, é Sarkozy a pedir uma cimeira internacional, é Barroso a encontrar-se com Bush e é Merkl a apoiar todos os passos.
A Europa, que nunca se entende em nada que alguma importância tenha, parece que anda mais unida demonstrando que são as crises que nos unem. Especialmente quando o que nos une é o facto de estarmos todos "entalados" com o mesmo problema. Citando o antigo secretário do Tesouro no tempo de Nixon, John Connally:
The USD is our currency but your problem.
Em português: O Dolar Americano é a nossa moeda e o vosso problema.
E é este o problema que inquieta a europa. O problema de terem vendido o seu ouro para encher os seus bancos centrais de papelinhos americanos que a cada dia que passa valem menos.
É assim, com um misto de esperança e de medo (porque nunca se sabe que aberrações são capazes de sair da mente dos politicos), que espero pela tal reunião internacional para rever o "sistema financeiro mundial". Começamos mal pelo nome que o presidente Francês escolheu, o problema está no sistema monetário e não no financeiro mas haja esperança que mentes sãs prevaleçam e que o dinheiro honesto possa voltar às nossas vidas.
"Helicóptero" Ben
Ben Bernanke, o actual presidente da Reserva Federal dos EUA (mais conhecida simplesmente como FED ou o banco central americano) ganhou a sua alcunha de "Helicóptero" quando ao pronunciar-se sobre a grande depressão (caracterizada por uma forte deflação tanto da massa monetária como dos preços nominais dos bens) comentou que nunca deixaria que algo assim se voltasse a repetir. Se necessário distribuiria notas a partir de helicópteros para impedir que os EUA atravessassem de novo uma crise como a de 1929.
Falo nisto, particularmente hoje, porque o presidente da FED acabou de ir testemunhar ao Congresso sobre os passos que estão a ser tomados para enfrentar a "crise" financeira que não dá tréguas. Entre outras coisas o Sr. Bernanke pediu que fosse feito mais um pacote de estimulo à economia, ou seja, que os helicóteros levantassem vôo novamente e distribuissem algumas notas aos contribuintes. De onde vêm estas notas? Dos contribuintes claro (vulgo departamento do Tesouro), mas estes como não as têm então irão endividar-se, segue o lema "consumir hoje para pagar amanhã".
Desde que iniciei este blog (até antes) que venho a dizer que seria esta a solução preferida para a crise pelos bancos centrais e pelos politicos. Inflar a base monetária para que os devedores consigam sair da dívida à custa daqueles que pouparam e foram inocentes o suficiente para manter todas as suas poupanças em dinheiro vivo - ser honesto num mundo criminoso não compensa.
Mas o pior é que apesar de Ben Bernanke ter estudado com cuidado as lições de 1929 parece já não ter tido o mesmo cuidado ao estudar a crise Asiática (principalmente no Japão e curiosamente também depois de uma bolha de crédito com especial incidência no mercado imobiliário) dos anos 80. Também os Japoneses tentaram inflar a moeda, também eles distribuiram cheques pelo correio e também eles, passados mais de 20 anos, não conseguiram ainda recuperar dos excessos cometidos. Qualquer leigo poderia aqui encontrar argumentos para demonstrar que a actuação dos Governos e Bancos Centrais apenas serve para prolongar o sofrimento das populações e não para resolver o que quer que seja mas pelos vistos os Doutores e as suas teorias Keynesianas (que curiosamente não conseguiram prever a crise) pensam demonstrar o contrário... mais uma vez pagaremos todos pelos erros de meia duzia de pessoas nas cupulas do mundo.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
É tudo papel
Na navegação diária pela internet encontrei este video com uma discussão bastante interessante entre Bill Pool (antigo presidente do Banco Central de St. Louis, parte da reserva federal dos EUA) e Peter Schiff um dos poucos analistas que já desde 2006 (talvez antes) vinha a anunciar o desenrolar desta crise com base em crédito excessivo.
Vale a pena ver, saliento a parte, para mim, mais relevante:
Peter: Fundamentalmente não há diferença nenhuma entre a moeda que os EUA imprimem ou o Zimbabwe... é tudo papel, não há mais nada.
Bill: Não discordo com o que disse.
Um ex-membro do mais poderoso Banco Central do planeta acabou de equiparar o dolar americano com um dolar do Zimbabwe e reconhece que têm ambos o mesmo valor intrínseco... há progressos, talvez um dia decidam mesmo revolver o problema.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Pensamento do dia...
"Não há forma de evitar o colapso final do crescimento artificial provocado pela expansão de crédito. A unica escolha é apenas decidir se a crise deve vir rapidamente através do abandono voluntário de mais expansão de crédito ou se, por outro lado, devemos adiar e esperar uma total catástrofe para o sistema monetário envolvido"
- Ludwig von Mises , Fundador da "Corrente Austríaca de Economia"
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Editorial do Metro
O jornal Metro é normalmente a minha leitura matinal enquanto me desloco para o trabalho e a forma como me vou mantendo a par do país normalmente (e a TSF, para televisão vou tendo pouca paciência). Infelizmente o jornal nem sempre é correcto e há alguns editoriais que me parecem sempre um pouco estranhos, fica o meu comentário ao de hoje.
O editorial de hoje apresenta-nos primeiro uma inverdade ao afirmar “Quando se deu o grande crash de 1929 o governo americano demorou três anos a intervir na economia”. Isto é falso porque o governo interveio muito rapidamente. Entre outras acções aumentou os impostos e as tarifas alfandegárias sufocando o mercado livre e dando um tiro no pé pois obviamente os outros países ripostaram na mesma moeda e os EUA foram incapazes de exportar os seus produtos competitivamente. A própria reserva federam agiu em 1929 tentando colocar “água na fervura” dos mercados e contraindo o crédito que foi aliás a razão que precipitou o crash bolsista quando quem negociava em margem teve que liquidar as posições fosse a que preço fosse. Os máximos bolsistas de 1929 apenas foram ultrapassados 25 anos depois… é bom lembrar nesta altura em que as pessoas tendem a agarrar-se às suas acções dizendo que é um investimento para o longo prazo… é que pode ser mesmo longo.
Perante todas estas medidas tomadas pelo Governo dos EUA na altura não se pode criticar em nada a mão invisível. Esta serve para regular os mercados, não pode infelizmente esbofetear os governantes nem em 1929 nem em 2008 e portanto teremos que viver com o que temos. É também importante notar que se criticamos as medidas tomadas em 1929 não quer automaticamente dizer que tomar as medidas exactamente contrárias funcione (neste caso baixar os impostos e aumentar a liquidez)… não há garantias que funcionem estas medidas e enquanto não deixarmos o mercado ir até onde tem de ir apenas prolongaremos os nossos males.
Mas o mais grave do artigo está certamente no ultimo paragrafo, dando a entender aos leitores que o que nos vai salvar desta trapalhada é o consumo. Se não for dos indivíduos ou empresas privadas então terá de vir do estado (parece que o estado é capaz de tudo, uma nova religião para o século XXI) o autor não explica de onde virá o dinheiro do estado para consumir, presumo que não queira aumentar os impostos durante uma recessão o que nos deixaria apenas com a hipótese de aumentar a dívida pública. Pretende o editor combater o problema do crédito excessivo do privado com crédito excessivo pelo sector publico como se fosse algo diferente… não o é e teremos todos que o pagar mais tarde ou mais cedo (ou seguirmos o caminho da Islândia).
Apenas posso presumir que o editor está a pedir para a Europa um “New Deal” semelhante ao de 1933 protagonizado por Franklin D. Roosevelt. É importante saber como é que FDR financiou o seu “negócio”. Primeiro roubou compulsivamente todos os cidadãos americanos da sua posse de ouro, de seguida utilizou esse ouro para vários projectos públicos a maior parte dos quais nos assombram hoje com a sua capacidade de gastar dinheiro exponencialmente (a segurança social, a Fannie Mae e a Freddie Mac são apenas algumas das instituições criadas por FDR) e no fim quando o ouro já não chegava decidiu inflar artificialmente o preço do ouro dos $20 para os $35 destruindo assim em mais de 60% o poder de compra dos dólares americanos que ele tinha dado aos cidadãos em troca do ouro que os obrigou a entregar (e os proibiu de usar para negociar entre si).
É bom que percebamos que o Estado não é omnipotente. Se pode efectivamente criar dinheiro (hoje em dia é só adicionar números no computador do banco, nem é preciso imprimir as notas) não pode através desse feito criar riqueza, esta só pode ser criada através do trabalho de cada um. Não é por o Estado imprimir notas que as batatas nascem sozinhas na terra ou os carros surgem em Palmela feitos como por magia – repito, a riqueza real só é criada através do trabalho dos homens, não há milagres e temos que ter isso em conta quando rezamos ao Estado para nos dar uma solução.
Eu atreveria-me a sugerir que um problema de crédito excessivo só conseguirá ser ultrapassado quando se conseguir ter um nível de poupança suficiente. Sugiro aliás que um sistema capitalista necessita de capital (e não de promessas de capital futuro) para funcionar… mas com presidentes de bancos a dizerem-nos que uma “dívida é poupança futura” já acredito em tudo, até que um qualquer Primeiro Ministro por esse globo fora possa ser Jesus reincarnado.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
domingo, 12 de outubro de 2008
Garantias...
No espirito do tópico recente (Porquê comprar ouro?) temos as noticias do fim de semana das reuniões do G7 e das medidas do governo Português para garantir os depósitos e os emprestimos interbancários.
O sistema bancário/monetário é baseado em fé. Estas medidas, espalhadas pelo mundo, são o equivalente de jogar à roleta russa com as populações e apenas ter uma câmera vazia. Os Estados chegam-se à frente com a garantia para aumentar a fé no sistema e a partir daqui as pessoas ou sossegam ou não sossegam. Se não sossegarem terão mesmo de activar estas garantias.
E de onde virá todo este dinheiro? Ele não existe... terá de ser criado para este efeito (ver artigos Inflação Monetária e O que é a Inflação?) - na melhor das hipóteses será feito através da emissão de divida publica que os contribuintes terão de pagar no futuro mas esistem cenários piores.
Os Governos meteram a arma na cabeça, acertaram na câmera vazia?
Noticias relacionadas:
França garante 360 mil milhões de euros
Garantias Aprovadas
Como comprar ouro?
Espero que ninguém leia este tópico sem ler o anterior e perceber o porque é que se deve comprar metais precisos.
Para quem aplica as suas poupanças no mercado de capitais e pretende apenas ter parte do seu portfolio exposto aos metais precisos existem dois ETF negociados na bolsa de New York que garantem essa exposição. Os mais conhecidos são o SPDR Gold Trust (GLD) e o iShares Silver Trust (SLV). Não recomendo esta exposição sem primeiro ser assegurado uma exposição física e real aos metais em si porque com transacções em bolsa não estamos protegidos contra o risco sistémico do sistema monetário. Caso ele aconteça não é garantido que tenhamos acesso ao metal se precisarmos dele para trocas comerciais e assim perdemos grande parte da utilidade do nosso investimento.
Quanto a adquirir o metal em si o mais fácil é visitar o balcão do seu banco. A maior parte vende pequenas barras de ouro (a partir de 1 grama).
Existem também várias moedas de vários países que são feitas completamente em ouro e/ou prata. Uma grande vantagem do ouro em relação à prata em Portugal é que a prata, ao contrário do ouro, paga IVA o que é ridiculo pagarmos um imposto sobre o dinheiro que poupamos mas assim são as leis do nosso país.
As moedas mais conhecidas são as Krugerrands (Africa do Sul), Buffalo (EUA), Gold Eagles (EUA), Maple Leafs (Canadá) e Philarmonicas (Austria) tendo estas ultimas a vantagem de ter um valor facial em euros (que obviamente é inferior ao valor da moeda). Todas estas moedas têm o peso de 1 onça Troy (31.10 gramas) e têm elevado grau de pureza (99.9% - a Gold Eagle tem um pouco menos mas isso é reflectido no preço).
Para os pequenos investidores as moedas serão certamente a forma mais fácil de ter acesso a ouro puro no entanto para quem quer ter acesso a uma maior quantidade de metal o mais fácil serão as barras de metal oficializadas pela LBMA (London Bullion Market Association). Para a prata são barras de 1000 onças (31.10 Kg) e para o ouro são barras de 400 onças Troy (12,44 Kg). Estas vêm com cunha e número de série para comprovar a autenticidade delas.
Porquê comprar ouro (ou prata)?
Perguntam-me várias vezes como é que se pode comprar ouro ou estar exposto aos metais preciosos. Irei responder a essa questão mais à frente mas é importante perceber porque é que se deve comprar ouro para que não haja ilusões.
Quem quer ganhar "dinheiro" com o ouro (euros) não vale a pena seguir o resto do meu artigo. A unica maneira de ganhar dinheiro com ouro é através de especulação a vender/comprar em pontos chave do mercado ou recurrendo à alavancagem no mercado de futuros ou ETFs (Exchange Traded Funds) próprios. Isto eu considero que é para os profissionais ou os que aspiram a sê-lo e que negoceiam o ouro como se fosse outra commoditie qualquer. É dificil fazer dinheiro com ouro porque ouro é dinheiro.
Muito antes de termos dolares, euros, libras e tudo o mais os estados e os povos negociavam entre si com moedas de ouro e prata. Este era o dinheiro. Este meio de comércio acabou por falhar devido às grandes dividas que os Estados contraíram especialmente durante as Grandes Guerras durante o século XX devido à necessidade de comprar armamento e pagar aos soldados mas haver um limite quanto ao ouro que podiam ter. Assim recorreram à impressão de papel moeda que podia ser criado muito mais facilmente... não querendo entrar aqui em detalhes quero só deixar claro que foi em 1970 que a ligação do sistema monetário com o ouro foi completamente quebrada.
O sistema actual tem portanto pouco mais de 30 anos e o que mais convém recordar da história é que nenhum sistema de papel moeda (vários foram tentados pelos governantes por razões óbvias) sobreviveu. Acredito que a história não se repete mas rima e eventualmente este sistema monetário encontrará o mesmo destino de todos os outros que abandonaram o ouro.
É pois importante pensar quando compramos ouro não que estamos a fazer um investimento mas que estamos a fazer um seguro. Caso o sistema monetário falhe as poupanças estão asseguradas pelo valor intrinseco do ouro. Poderia dar exemplos da Republica Alemã no pós-guerra em que as notas do Estado não valiam rigorosamente nada (eram queimadas para aquecer as pessoas nas noites frias) mas temos um exemplo bem mais recente que é o da Islândia. Em dois ou três dias quem tinha as suas poupanças nos bancos Islandeses perdeu grande parte da poupança acumulada devido à desvalorização da moeda, quando assim acontece apenas os bens físicos de alguém valem alguma coisa e o ouro é dos mais valiosos e mais fáceis de guardar (devido ao reduzido volume) e é por isso que o recomendo.
Se algum dia virmos a onça de ouro a valer 5000 euros não foi o ouro que subiu muito de preço mas sim o euro que perdeu muito valor. Acredito que atingiremos esses valores pois os bancos centrair tentarão baixar os valores da moeda para ajudar a pagar as dívidas contraídas por todos. Quando os nossos pais/avós compraram vivendas por 5 mil contos e hoje elas valem 100 mil contos em grande parte não foi a casa que valorizou mas a moeda - o escudo - que perdeu valor e é isto que nos vai ajudar a sair da dívida, para os nossos filhos os 100 ou 200 mil euros por que se compram casas hoje vão também ser valores ridiculamente baixos para uma casa e portanto mais fácil de pagar para quem contraiu a divida originalmente.
Obviamente que o efeito é maléfico para quem poupa. Se deixarmos hoje 100 mil euros debaixo do colchão daqui a 20 ou 30 anos pouco valerão. Mesmo num depósito a prazo com o BCE a tentar reduzir as taxas de referência não valerá muito mais, nem o milagre do juro composto nos pode salvar. No entanto o ouro terá sempre o seu valor intrínseco e funciona como uma forma de poupança além do ponto anterior em que nos protege de uma falha sistémica no sistema monetário.
Os valores altos que estamos a ver agora para o ouro (máximos históricos em euros) são próprios de um clima de pânico em que a confiança no sistema foi perdida. Se o sistema conseguir ultrapassar esta crise é provável que não voltemos a ver novamente estes valores nos próximos 20 anos e não posso obviamente dar garantias se o preço, quando medido em euros, vai para cima ou para baixo. No entanto, o que é mais fácil de prever é que se hoje uma onça de ouro compra cerca de 70 Kg de carne de vaca então no futuro continuará a fazer o mesmo - é assim o seu papel de guardador de riqueza.
Estará sujeito às pressões inflacionárias e deflacionárias tal como todos os outros produtos do nosso dia a dia (não nos conseguirá proteger dos aumentos do petróleo se estes forem produtos de um diferente equilibrio da procura/oferta e não mereamente da inflação) e assim será até ao sistema falhar e continuará a proteger-nos contra as medidas inflacionárias dos estados e bancos centrais.
É preciso lembrarmo-nos da analogia do seguro. Provavelmente, tal como no seguro de uma casa, não vamos gostar do dia em que ele for activado (como não gostamos que a casa pegue fogo só para ter o dinheiro do seguro) mas vamos ficar contentes de o ter feito em tempo util.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Aproveitamento dos bancos (II)
Há pessoas que não percebem e há outras que não querem perceber. Preferem ser vitimas das gasolineiras, dos bancos, dos patrões… preferem tudo menos pensar pela própria cabeça. Quanto a estes não posso fazer nada, em relação aos que tentaram perceber o meu artigo anterior e não conseguiram deixo, mais em baixo, os gráficos representativos das taxas EURIBOR a 3 e a 12 meses.
A taxa de desconto esteve entre Junho de 2003 a Dezembro de 2005 estipulada pelo BCE a 3% (desceu em Junho de 2003 de 3.5% e subiu em Dezembro de 2005 para 3.25%). Obviamente ninguém nesta altura se queixou de que a taxa que pagava era indexada à EURIBOR e não ao BCE. Acredito que não seja por malvadez ou por serem “Chico-espertos”, simplesmente não faziam a mínima ideia no que se estavam a meter e também não se quiseram informar.
De qualquer das formas ficam os gráficos demonstrando como todos os que se endividaram beneficiaram (em contraste a uma taxa que fosse indexada ao BCE) durante vários anos.
2003:
2004:
2005:
Noticias Relacionadas:
Euribor agrava-se apesar do corte de taxas na Zona Euro
Aproveitamento dos bancos
O povo é assim, quando as coisas correm mal arranjam sempre alguém a quem bater. Depois de se culpar a GALP pelos impostos da gasolina agora culpam-se os bancos pelos empréstimos que as pessoas contraíram sem pensar.
O ultimo ataque que apareceu hoje no Caldeirão é que os malandros dos bancos continuam a cobrar uma taxa EURIBOR + spread a 5,4% (no caso de EURIBOR a 3 meses) enquanto se financiam através do BCE a 3.75% (taxa de referência).
Desmonto em baixo o mito pois não é assim que as coisas funcionam e os que se queixam agora são os mesmos que se queixariam se o sistema estivesse diferente como demonstro em baixo:
Os bancos não se financiam através do BCE, até há 27 horas atrás o BCE não era o ATM da esquina. Mais, a taxa que o BCE determina não é uma lei divina mas sim um alvo a atingir, quando se desvia muito do alvo pretendido são feitas operações de compra/venda nos titulos de divida publica para recolocar a taxa no caminho pretendido.
Um banco privado financia-se, normalmente, pela EURIBOR e o que ganha com o empréstimo é o spread, esteja ela a 2%, 5% ou 10%.
Além da taxa de referência existe a taxa de desconto, normalmente 0.5% acima da de referência que é ao que o BCE empresta efectivamente. Existem no entanto várias razões para um banco privado preferir a EURIBOR à taxa de desconto.
1) Questão de imagem. Um banco que recorre à taxa de desconto dá a ideia que não se consegue financiar normalmente e pode originar desconfiança nos seus clientes piorando de facto a sua situação. Esta razão foi atirada para trás das costas quando se viu que todo o sistema financeiro está comprometido e portanto não há imagem a salvaguardar.
2) A EURIBOR situa-se normalmente entre a taxa de referência e a taxa de desconto de maneira que não é economicamente viável recorrer à taxa de desconto.
3) O BCE era exigente com o colateral que aceitava para financiar à taxa de desconto. A EURIBOR é muito mais liberal e portanto permite outros níveis de financiamento
Posto isto é normalmente vantajoso estarmos a associar uma taxa varável à EURIBOR e não à taxa de desconto do BCE, acontece que não estamos em tempos normais e obviamente não faz sentido a um banco que está a atravessar dificuldades ir renegociar os contractos que estão feitos para os indexar a uma nova taxa de juro... além de que depois tinham que aturar novamente esta gente toda se as condições voltessem à normalidade e os bancos financiavam-se a uma taxa de 3% na EURIBOR e os empréstimos estava indexados a uma taxa de desconto de 3,25%
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quarta-feira, 8 de outubro de 2008
A Islândia explica...
Os que acompanham este blog desde o inicio já sabem porque é que recomendo ouro e prata nestes tempos conturbados. Para os que não sabem a Islândia explica neste gráfico em baixo onde podemos ver o preço do ISK (moeda nacional Islandesa - Krona Islandesa) cotado em Euros:
No inicio deste mês 1 EUR valia cerca de 150 ISK, passados poucos dias vale cerca do dobro (ou seja 1 ISK passou a valer metade). Pensem bem no que isto significa, de que vale a garantia do Governo sobre os nossos depósitos se depois não conseguimos comprar nada com ele (tudo custa o dobro)?
Os Islandeses que guardaram as suas poupanças em ouro podem dormir mais descansados sabendo que também o seu ouro duplicou de preço quando cotado em ISK.
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terça-feira, 7 de outubro de 2008
Ouro: Máximo histórico!
Para quem me acompanha sabe que há meses que aconselho comprar prata e ouro para protecção de riqueza no meio da crise que nos rodeia. Estou convicto que os governos e bancos centrais tentarão re-inflar a economia para tentar afastar o cenário de uma depressão deflacionista.
Continuo sem saber se vão conseguir os resultados esperados ou não mas sei que quem beneficia habitualmente desta tendência de se gastar o que não se tem são os metais monetários, prata e ouro.
Fica o gráfico da cotação do ouro, em Euros, mostrando hoje um novo máximo histórico a 654 Euros, 2 Euros acima do máximo de Março.
Actualização (08 de Outubro): Entretanto o ouro continua a subir com as tenções nos mercados de capitais a não darem sinais de abrandar e faz novos máximos nos 670 Euros por onça Troy
sábado, 4 de outubro de 2008
Capa da revista Time
No dia em que o Congresso chumbou o plano o mercado desceu porque o plano era preciso.
No dia em que o Congresso aprovou o plano o mercado desceu porque acha que não vai resolver o problema.
Cada americano (incluindo crianças) ficou endividado em mais $2000 para pagar este plano.
Na semana em que nos garantiram que o remédio para todos os males estava encontrado e que a confiança está de volta aos mercados eu só consigo encontrar uma explicação para a queda dos mercados (já que não podem ser os short-sellers que ainda estão proibidos de trabalhar): A comunicação social!
Então quando isto estava a correr tão bem era preciso uma capa destas? Não há confiança que resista...
Frase do dia
"Liquidate labor, liquidate stocks, liquidate the farmers, liquidate real estate … It will purge the rottenness out of the system…values will be adjusted, and enterprising people will pick up the wrecks from less competent people…"
Andrew Mellon, Secretário do Tesouro dos EUA
Parece que em 1928 ainda acreditavam nos mercados livres...