“The three most harmful addictions are heroin, carbohydrates, and a monthly salary.”
~ Nassim Taleb
Adequado ao fim do mês.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Pensamento do dia
terça-feira, 31 de maio de 2011
Parasitismo
Como já repararam o blog tem andado um pouco calmo que o tempo não dá para tudo. De qualquer das formas enquanto arrumava o e-mail apareceu-me esta pérola de parasitismo nacional que vale a pena partilhar.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
O mundo acaba amanhã
Andam por aí a circular rumores de que o mundo está para acabar amanhã (sem hora exacta). Se ao principio estava bastante céptico em relação a este acontecimhttp://www.blogger.com/img/blank.gifenhttp://www.blogger.com/img/blank.gifto devo confessar que estas notícias do Zimbabwe parecem reforçar a probabilidade de tal realmente acontecer:
RESERVE Bank Governor Gideon Gono’s proposal this week for the introduction of a gold-backed Zimbabwe dollar is an idea whose time has come. If implemented properly, the gold-backed local currency will resolve the liquidity crisis currently ravaging the sanctions-hit economy.
In light of the global financial crisis and sanctions, Zimbabwe is effectively barred from accessing any meaningful lines of credit and the liquidity crisis will persist if the domestic capital market is not re-activated with the introduction of a local currency backed by a precious metal.
E o Gideon Gono será bipolar?
segunda-feira, 16 de maio de 2011
And now for something completely different
Zimbabwe diz que o USD está à beira da morte e recomenda padrão ouro.
As voltas que o mundo dá...
terça-feira, 10 de maio de 2011
Pensamento do dia
“I've missed more than 9,000 shots in my career. I've lost almost 300 games. 26 times, I've been trusted to take the game winning shot and missed. I've failed over and over and over again in my life. And that is why I succeed.”
~ Michael Jordan
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Jim Rogers sobre o movimento na prata (II)
No seguimento do post anterior Jim Rogers volta a falar da prata depois de uma queda que já supera os 30%.
I don't trust the government for my investments
Pensamento do dia
"Just about anything you buy, rather than paper, is better. You’re bound to come out ahead, in the long pull. If you don’t like gold, use silver, or diamonds or copper, but something. Any damn fool can run a printing press." - Nelson Hunt
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Não era bluff (II)
Na reunião de hoje do BCE o comité central decidiu não subir as taxas de juro de referência tal como era esperado pelo mercado. Porém, ao contrário do que o mercado pensava Trichet refreou o seu discurso quanto a próximas subidas levando o EUR a corrigir das subidas recentes.
Apesar do ataque encapotado à FED, Trichet está tanto entre a espada e a parede como o seu congénere americano. Podem ler o resumo da conferência de imprensa no ZeroHedge.
Esclarecedor (II)
Neste país é assim, o primeiro ministro vem à televisão dizer de que é que o acordo não consiste, apelida-o de uma grande vitória para a nação e depois o acordo propriamente dito é lançado para os jornais a ver se a malta se assusta com o tamanho do documento (escrito em "estrangeiro" ainda por cima) e evita ler a coisa não vá ficar com a ideia que aquilo de "vitória" não tem nada.
Pois bem, o acordo genéricamente falando é uma bela trampa. Vai aumentar o IVA, o IRS, o IRC, o imposto sobre o tabaco, o imposto sobre os automóveis, as taxas moderadores enfim. Tudo o que se lembrem que sejam receitas do Estado... toca a pagar mais. O que vale é que a nossa carga fiscal era reduzida portanto não custa nada pagar mais um pouco.
No capitulo das receitas temos também uma mão cheia de privatizações como a EDP, a GALP, CP, REN e mais umas quantas. Como é normal nestas coisas o Estado vai continuar com o lixo e privatizar o que é bom (no caso da CP, o transporte de mercadorias) ao desbarato. Sempre se tira o Estado de muito sitio onde não devia estar mas ficamos com um sabor agridoce na boca. Um aspecto verdadeiramente positivo é o acordo para o Estado abandonar as suas golden shares.
Do lado da despesa surpreende muito pouco. A maior parte dos pontos são coisas que já estão a ser faladas desde o PEC 1 mas a implementação é o que se sabe. Contratar menos funcionários públicos do que aqueles que se reformam, concentrar serviços enfim... às vezes o acordo parece uma simples declaração de intenções que não nos levam a lado nenhum. A única novidade é mesmo que o FMI vai seguir o processo e se vir derrapagens tenderá a agir o que é positivo pois já se viu que a Assembleia da República não tem capacidade de o fazer.
Ainda existe uma ou outra medida que pode ser considerada nova como a redução do valor e duração do subsidio de desemprego. A "reforma" da lei laboral que os papões do FMI vinham trazer pariu um rato e pior que isso suporta políticas que deviam ser travadas (como a obrigação dos patrões para descontar para o "fundo de indemnização aos empregados que ainda não despediu mas um dia lhe pode apetecer despedir", o que é muito bom porque o patronato anda todo com dinheiro a mais no bolso e não sabe onde o aplicar). Ainda do lado positivo existem algumas ideias boas para a saúde e justiça mas as poucas ideias que são mais que boas intenções depressa são compensadas com outras ideias menos boas (como por exemplo definir o preço dos genéricos por decreto).
É um acordo que acaba por fazer pouco para que os portugueses se apercebam da realidade e os próprios objectivos do défice são pouco ambiciosos. Dentro de poucos anos o default será inevitável e os portugueses vão estar mal preparados também por causa deste acordo.
terça-feira, 3 de maio de 2011
Esclarecedor
José Sócrates anunciou ao país o que é que o acordo do FMI não tem. Pode ser que um dia saibamos de que é que o acordo realmente consiste.
USS Titanic
Podia ser o titulo do novo comentário de Bill Gross ao mercado de dívida pública americano e aos efeitos perversos que a política da FED está a ter nos mesmos. Bill Gross não foi tão assassino no título, mas apenas nisso.
The point of the Reinhart paper was not to state the obvious – that inflation is bad for bonds. Their financial repressionary thesis points out that bond prices don’t necessarily have to go down for savers to get skunked during a process of “debt liquidation.” The argument over whether the end of QEII on June 30 will result in higher yields and lower Treasury bond prices is, in a sense, a secondary one. Even if 10-year Treasuries stay where they are at 3.30%, and fed funds close to 0%, savers and financial intermediaries are being shortchanged by both of these yields and everything in between. Today’s rates resemble the interest rate caps prior to the 1951 Accord. Either through QEI, QEII or the Fed’s “extended period of time” language reinforced at Chairman Bernanke’s recent press conference, U.S. Treasuries and the bond market in general are being “repressed,” “capped” or simply overvalued compared to the prior 30 years. Bond investors forced to invest in dollar government bonds either through indexation, convention, regulatory guidelines or simply falling asleep at the helm are being shortchanged by 1 to 2% annually compared to historical norms and in many cases receive negative real yields.
Pensamento do dia
“The curious mind embraces science; the gifted and sensitive, the arts; the practical, business; the leftover becomes an economist.”
~ Nassim Taleb
segunda-feira, 2 de maio de 2011
E para acabar o dia
E para terminar este maravilhoso dia temos um crash no ouro. Em baixo está o gráfico com velas de 1 minuto. Demorou cerca de 11 minutos a recuperar e mais uma vez num período de baixa liquidez.
É para os tipos da prata não ficarem invejosos.
Um pouco de volatilidade...
Bom... esqueçam o que eu escrevi esta madrugada e esta manhã. O WTI faz novos máximos acima de $114, o USD faz novos mínimos abaixo de 73 e a prata está novamente acima de $46.
Tudo normal... ou não.
A estrela da morte e a economia
Este artigo fez soltar o geek que há em mim:
To maintain order, the Emperor would generally need a MASSIVE, MASSIVE bureaucracy. The Old Republic built up a serviceable one over thousands of years, but that took a lot of time, money and effort, and in the end it was bloated, ineffective, and ultimately subverted against the Old Republic.
The more you spend on bureaucracy, the less control you have directly over your Empire. The less you spend on bureaucracy, the more you have to tighten your grip, and the more star systems slip through your fingers.
So, the Emperor and Tarkin focus on making one really huge, high-impact investment: The Death Star. They throw in Alderaan as part of that investment. This doomsday weapon will supposedly free up their resources to spend less on administration, personnel and infrastructure, and continue to function without a Senate. It seems like a big investment until you realize how much they save by not actually having a functioning government.
Burn in Hell: Osama Bin Laden
Como por esta hora já é do conhecimento de todos Osama Bin Laden morreu esta madrugada durante uma operação militar dos SEALs americanos em colaboração com as autoridades paquistanesas.
Os efeitos da sua morte parecem estar a ter os mais variados efeitos no mercado, nomeadamente nos accionistas que estão a fazer uma grande festa, em gap up. A racionalidade da coisa é que não me parece grande, afinal de contas morreu Bin Laden mas que relevância tem isso numa estrutura descentralizada como a Al-Qaeda? Bin Laden ainda fazia alguma coisa? Não sei mas duvido que a sua morte, a médio prazo, tenha algum efeito positivo na economia a não ser que Obama venha anunciar que a missão no Afeganistão terminou e que é altura de parar com este desperdicio de recursos... improvável para já. O que será mais provável é, como já admitiram algumas patentes militares, repercursões da Al-Qaeda à morte de Bin Laden o que decerto não será positivo para ninguém.
Talvez mais relevante que a morte de Bin Laden seja o ataque da NATO que matou alguns familiares de Khadaffi. O mercado pode estar aqui a ver alguma possibilidade de o conflito terminar brevemente e que o petróleo liberado possa novamente chegar ao mercado.
De qualquer das formas, o USD esboça um ressalto, os índices accionistas sobem e o petróleo e metais preciosos descem. Pode ter-se fechado uma porta mas escancaram-se umas quantas janelas.
Uma abertura... de fechar o mercado
Que a prata tem negociado numas condições excepcionais nos últimos meses não é novidade para ninguém mas finalmente temos que assistir ao reverso da medalha.
A prata abriu em condições impróprias a cardíacos com uma queda superior a 12%. Pela primeira vez vi um mercado spot impedido de transaccionar. Os spreads nesta altura ainda são completamente estupidos pelo que suponho que isto são stops (incluindo os meus que ainda sofreram slippage considerável) a serem varridos, ninguém com os neurónios todos no sitio negoceia num mercado destes durante o inicio de uma sessão asiática com pouquíssimo volume.
Fico mais uma vez a ver o mercado de fora, à espera da próxima oportunidade. Em baixo fica a representação gráfica de uma queda espectacular que decerto deixará muita gente nervosa.
É ficar à espera da próxima oportunidade para entrar e ver se saiem algumas noticias interessantes.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
I see dead mining companies
As vaguely rumored earlier, and largely anticipated, the CME instituted another margin hike, presumably for a broad swath of commodities but apparently focusing on one particularly: silver, this time 10%. This is on top of the 9% margin hike from Monday.
Isto não vai acabar sem pelo menos um commercial failure tal como o petróleo em 2008 em que os produtores terão que reaprender que vender produção 5 anos para o futuro não é hedge nenhum mas pura especulação (e essa área é para os maléficos especuladores e não para os terríveis CEOs). Desfrutem das pipocas, com stops largos colocados.
E isto é porque estou a equacionar a possibilidade mais simples para este movimento parabólico, porque se a razão for o USD... bom... comprem mais pipocas que os supermercados podem vir a ter problemas de stock.
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Estão de volta
Hayek Vs Keynes Round 2, o combate do século continua.
Para quem ainda não viu, fica aqui o primeiro round e o intervalo.
Via O Insurgente.
“Fight of the Century” Lyrics.
Written by John Papola and Russ Roberts
KEYNES
Here we are… peace out! great recession
thanks to me, as you see, we’re not in a depression
Recovery, destiny if you follow my lesson
Lord Keynes, here I come, line up for the procession
HAYEK
We brought out the shovels but we’re still in a ditch…
And still digging. don’t you think that it’s time for a switch…
From that hair of the dog. Friend, the party is over.
The long run is here. It’s time to get sober!
KEYNES
Are you kidding? my cure works perfectly fine…
have a look, the great recession ended back in ’09.
Surely, I deserve credit. Things would have been worse
All the estimates prove it—I’ll quote chapter and verse
HAYEK
Econometricians, they’re ever so pious
Are they doing real science or confirming their bias?
Their “Keynesian” models are tidy and neat
But that top down approach is a fatal conceit
REFRAIN
Which way should we choose?
more bottom up or more top down
…the fight continues…
Keynes and Hayek’s second round
it’s time to weigh in…
more from the top or from the ground
…lets listen to the greats
Keynes and Hayek throwing down
KEYNES
we could have done better, had we only spent more
Too bad that only happens when there’s a World War
You can carp all you want about stats and regression
Do you deny World War II cut short the Depression?
HAYEK
Wow. One data point and you’re jumping for joy
the Last time I checked, wars only destroy
There was no multiplier, consumption just shrank
As we used scarce resources for every new tank
Pretty perverse to call that prosperity
Rationed meat, Rationed butter… a life of austerity
When that war spending ended your friends cried disaster
yet the economy thrived and grew ever faster
KEYNES
You too only see what you want to see
The spending on war clearly goosed GDP
Unemployment was over, almost down to zero
That’s why I’m the master, that’s why I’m the hero
HAYEK
Creating employment’s a straigtforward craft
When the nation’s at war, and there’s a draft
If every worker was staffed in the army and fleet
We’d be at full employment with nothing to eat
REFRAIN
HAYEK
jobs are the means, not the ends in themselves
people work to live better, to put food on the shelves
real growth means production of what people demand
That’s entrepreneurship not your central plan
KEYNES
My solution is simple and easy to handle..
its spending that matters, why’s that such a scandal?
The money sloshes through the pipes and the sluices
revitalizing the economy’s juices
it’s just like an engine that’s stalled and gone dark
To bring it to life, we need a quick spark
Spending’s the life blood that gets the flow going
Where it goes doesn’t matter, just get spending flowing
HAYEK
You see slack in some sectors as a “general glut”
But some sectors are healthy, and some in a rut
So spending’s not free – that’s the heart of the matter
too much is wasted as cronies get fatter.
The economy’s not a car, there’s no engine to stall
no expert can fix it, there’s no “it” at all.
The economy’s us, we don’t need a mechanic
Put away the wrenches, the economy’s organic
REFRAIN
KEYNES
so what would you do to help those unemployed?
this is the question you seem to avoid
when we’re in a mess, would you just have us wait?
Doing nothing until markets equil-i-brate?
HAYEK
I don’t want to do nothing, there’s plenty to do
The question I ponder is who plans for who?
Do I plan for myself or leave it to you?
I want plans by the many and not by the few.
We shouldn’t repeat what created our troubles
I want real growth not just a series of bubbles
Let’s stop bailing out losers and let prices work
If we don’t try to steer them they won’t go berserk
KEYNES
Come on, Are you kidding? Don’t Wall Street’s gyrations
Challenge your world view of self-regulation?
Even you must admit that the lesson we’ve learned
Is more oversight’s needed or else we’ll get burned
HAYEK
Oversight? The government’s long been in bed
With the Wall Street execs and the firms that they’ve led
Prosperity’s all about profit and loss
When you bail out the losers there’s no end to the cost
the lesson I’ve learned? It’s how little we know,
the world is complex, not some circular flow
the economy’s not a class you can master in college
to think otherwise is the pretense of knowledge
REFRAIN
KEYNES
You get on your high horse and you’re off to the races
I look at the world on a case by case basis
When people are suffering I roll up my sleeves
And do what I can to cure our disease
The future’s uncertain, our outlooks are frail
Thats why free markets are so prone to fail
In a volatile world we need more discretion
So state intervention can counter depression
HAYEK
People aren’t chessmen you can move on a board
at your whim–their dreams and desires ignored
With political incentives, discretion’s a joke
The dials you’re twisting… are just mirrors and smoke
the market’s a process where we can discover
the most valuable ways to serve one another
we need stable rules and real market prices
so prosperity emerges and cuts short the crisis
REFRAIN
Which way should we choose?
more bottom up or more top down
the fight continues…
Keynes and Hayek’s second round
it’s time to weigh in…
more from the top or from ground
…lets listen to the greats
Keynes and Hayek throwing down
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Thank you Ben
Em dia de minutas da FED e da estreia mundial de Ben Bernanke numa sessão de perguntas e respostas outra coisa não seria de esperar que mais um mínimo no USD e mais um máximo no ouro.
E nem foi preciso começar a falar de QE3.
terça-feira, 26 de abril de 2011
Pobres especuladores
Já não bastava levarem na corneta quando os preços sobem, agora também levam na corneta quando os preços descem.
Mas não há maneira de fechar essa coisa dos mercados e anunciar os preços por decreto?
Pensamento do dia
“ It has taken almost two centuries for bankers to pull the wool over Americans’ eyes, but today you and I are working for intrinsically worthless paper that can be created by bureaucrats — created without sweat, without creative ability, without work, without anything but a decision by the Federal Reserve. This is the disease at the base of to-day’s monetary system. And like a cancer, it will spread until the system ultimately falls apart. This is the tragedy of the great lie. The great lie is that fiat paper represents a store of value, money of lasting wealth.”
– Richard Russell
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Advinha
Qual é coisa qual é ela que sobe mais de 2% ao dia desenhando um perfeito crescimento parabólico? Se respondeu prata está errado. Estou a falar dos juros da dívida pública.
É sempre bom recordar
“Te fact that we are here today to debate raising America’s debt limit is a sign of leadership failure. It is a sign that the US Government can’t pay its own bills. It is a sign that we now depend on ongoing financial assistance from foreign countries to finance our Government’s reckless fiscal policies. Increasing America’s debt weakens us domestically and internationally. Leadership mean sthat 'the buck stops here'. Instead, Washington is shifting the burden of bad choices today onto the backs of our children and grandchildren. America has a debt problem and a failure of leadership. Americans deserve better.”
Senador Barack Obama, em 2006.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Jim Rogers sobre o movimento na prata
If silver continues to go up like it has been over the past 2 or 3 weeks, yes, then it would get to triple digits this year. And then we’ll have to worry. It’s not parabolic yet. I hope something stops it going up in the foreseeable future and we have a correction. [...] Maybe the US dollar is going to become confetti in 2011, and if that’s the case and silver goes to $150, then obviously I wouldn’t sell my silver. It would be the US dollar which is collapsing. But if silver goes up the way you’re talking about without currency collapse, I would be very worried."
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Breaking news: Pigs can fly
Ou talvez ainda mais surpreendente: a S&P coloca os EUA com um outlook negativo.
Malditos especuladores...
domingo, 17 de abril de 2011
sexta-feira, 15 de abril de 2011
E finalmente estreia
No tax day americano chega Atlas Shrugged. Um pequeno consolo para os americanos mas sempre é um sinal de esperança.
Um povo de especuladores
O que dizer dos portugueses, enquanto se queixam que o FMI pede taxas muito altas pelos empréstimos estão eles próprios a parar de emprestar ao Estado.
Será que estarão a especular sobre a possibilidade de ficarem a arder com as suas poupanças?
Frase do dia
Acho extraordinário o comentário/artigo do quanto lucra o FMI no resgate. Se calhar era melhor esperar que alguém quisesse cá meter dinheiro a preço mais barato e deixar que os juros subissem a 25% porque ninguém cá mete dinheiro nem a esse preço. Este pessoal não tem mesmo a noção. De facto não se entende porquê que há malucos (o FMI!) a querer enterrar dinheiro neste país.
Pata-Hari, numa discussão sobre o FMI no Caldeirão de Bolsa.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Socialismo volta a impulsionar a prata
Numa semana em que a prata estava a corrigir das fortes subidas, fruto de um pequeno ressalto no USD volta hoje a fechar novamente em máximos, acima dos $42 a onça. Podem agradecer a Evo Morales e a sua intenção de nacionalizar as minas bolivianas.
Mais uma grande vitória do povo, mais uma grande derrota dos porcos capitalistas que gostavam de transformar essa prata em algo de útil para o consumidor. Tontos!
Sizing up the bull
Um bom artigo no Mercenary Trader:
To imagine the bull train rolling merrily along, then, one has to have comfortable answers to the following questions:
What happens when QE2 comes to an end?
What happens to the price of oil in the event of QE3 — and how much more speculation can we handle? Oil $120? Oil $150?
At what point does inflation kill profits, if more “non-core” inflation is what we get?
How long can America’s “have nots” (the bottom 70% pincered by stagflationary forces) be ignored?
Can China really be expected to pull off a soft landing? If they fail, how deflationary is that?
What about Spain — Europe’s true test — where massive real estate losses are yet to be acknowledged?
Whither investor expectations? And where do corporate profit margins go from here?
Sobre a culpa e os tiros no pé
Um pequeno comentário que escrevi n'O Insurgente sobre a actual situação do país.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Cá vos espero (III)
Depois do famoso "Espanha não é Portugal" que podemos considerar como o primeiro passo na admição da bancarrota os nossos vizinhos passam à segunda fase: pedir esmolas aos chineses.
Perto de 10 mil milhões sempre dá para qualquer coisa. Daqui a uns meses passaremos aos passos seguintes que envolverá uma queda do Governo e a óbvia culpabilização da oposição maléfica (não foi possível ainda determinar por método cientifico se "oposição" está mais acima ou abaixo na escala de "malvadez" do que os "especuladores", aguarda-se a qualquer momento uma resposta definitiva). Ainda assim aqui ao lado sempre há qualquer coisa que nós não temos: um mínimo de vergonha. Não resolve mas ajuda.
Pensamento do dia
“The speculator's chief enemies are always boring from within. It is inseparable from human nature to hope and to fear... The successful trader has to fight these two deep-seated instincts. He has to reverse what you might call his natural impulses. Instead of hoping he must fear; instead of fearing he must hope. He must fear that his loss may develop into a much bigger loss, and hope that his profit may become a big profit.”
O único, Jesse Livermore
terça-feira, 12 de abril de 2011
FMI sofre de "exuberância irracional" ?
Esta notícia avança que um relatório do FMI afirma que Portugal será a única economia do mundo em recessão em 2012.
Obviamente os portugueses estão chocados com isso, mas o que me intriga mais neste relatório não é que Portugal não cresça mas que seja o único a não o fazer. O FMI não estará com optimismo a mais? Uns puts para 2012 podem vir a dar jeito...
Actualização de spreads (XVII)
Em mês de insolvência nacional Portugal volta a recuperar o 2º lugar da lista com uma subida agressiva ao mesmo tempo que a Irlanda faz uma pausa. Como se pode ver a Espanha por enquanto tem a situação controlada.
O mais importante porém não se consegue ver no gráfico acima. É que o bailout de Portugal e o dispersar do risco pelas economias mais fortes da zona euro está a afectar os juros de países como a Alemanha e Holanda. A situação pode ver-se melhor no gráfico de yields:
Dos casos anteriores o que temos visto é que a partir do momento em que a zona dos 6% a 7% é quebrada em alta é uma questão de meses (ou mais, se tiver um governo muito muito muito teimoso) até se pedir intervenção externa. A Espanha vai-se mantendo para já abaixo dos 5.5%
segunda-feira, 11 de abril de 2011
No. You didn't!
Parece que em terras de sua majestade o resultado do referendo islandês, este sábado, não foi bem recebido, razão pela qual ponderam levar o caso para os tribunais europeus:
“We had an obligation to people in this country who’d saved with those banks. We have an obligation now to get that money back and we will continue to pursue that until we do.
“There is a legal process going on and we will carry on through these processes. There is a very substantial amount of money involved – billions of pounds.”
Não não tinham. Não tinham nenhuma obrigação perante pessoas que depositam o seu dinheiro num qualquer banco à procura de maior rentabilidade. Não tinham nenhuma obrigação de nacionalizar bancos, não tinham nenhuma obrigação de brincar aos papás e às mamãs com a população que é maior e vacinada.
E os islandeses também não têm nenhuma obrigação de sustentar os vossos vicios paternalistas. Deal with it.
From China, with love
Jura?
A former adviser to China's central bank said on Monday that China should have retreated from the U.S. government-bond market and instead allowed the yuan to appreciate more freely, warning that U.S. sovereign debt was akin to a giant Ponzi scheme, according to a newswire report that cited an editorial on Caixin Media Group's website. Yu Yongding, a former member of the People's Bank of China monetary-policy committee and now a member of a state-run policy group, said allowing appreciation of the yuan against the U.S. dollar under a free-floating currency regime would have reduced China's need to acquire U.S. Treasuries. He likened the U.S. Treasury market to a "giant Ponzi scheme," arguing that Federal Reserve buying of Treasuries has artificially kept bond prices high, but that they would eventually fall to levels which reflected fundamentals of the U.S. economy.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Gráfico actualizado da prata
O gráfico em baixo reflete a cotação da prata em USD, com velas semanais. De um ponto de vista técnico o breakout é maravilhoso. Terminarmos a semana praticamente em máximos revela muita força e a probabilidade de que continuem as subidas nos próximos tempos.
Mas o gráfico mete medo. Não sei se medo do preço da prata ou medo do destino do USD, mas normal é que isto não é. Em baixo deixo o gráfico do USD, com velas mensais que pode indicar algum suporte um pouco mais abaixo. Se aguentar será normal vermos correcçóes nas commodities e metais preciosos, se der de si o máximo histórico da prata está já ali perto para ser renovado.
Pensamento do dia
“In a way, the world-view of the Party imposed itself most successfully on people incapable of understanding it. They could be made to accept the most flagrant violations of reality, because they never fully grasped the enormity of what was demanded of them, and were not sufficiently interested in public events to notice what was happening. By lack of understanding they remained sane. They simply swallowed everything. . .” - Em 1984
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Cá vos espero (II)
6300 milhões é o que se espera que Espanha enterre em Portugal, isto claro se o peditório nacional for de “apenas” 75 mil milhões, número que provavelmente será revisto em alta para perto dos 100 mil milhões.
Mas o que realmente me faria feliz era ouvir da boca de Zapatero que os espanhois não se devem preocupar, é que ainda vão ganhar muito dinheiro com o empréstimo que vão fazer a Portugal. Enquanto isso não acontece vou ter que ir comendo a pipoquinha ao sabor das palavras dos subalternos, you guessed it: “A Espanha não é Portugal”.
Para ser justo, é um pouco diferente... é uma mistura de socialismo português com um buraco bancário irlandês.
Preemptive strike
Parece que os sindicatos da FP “sacaram um Bush“. Ainda não sabem o que lhes vai acontecer nem que Governo vai ser formado para administrar a receita mas sabem que são contra.
Além de serem genericamente contra num dia normal são ainda mais veemente contra às sextas-feiras.
A este ritmo, quando chegarem os espanhois já estou sem pipocas.
Não era bluff
E Trichet acaba de confirmar que o BCE subiu a taxa de referência para os 1.25%, ou seja, um aumento de 25 bps. É um movimento mais responsável do que o dos seus colegas no Reino Unido e EUA mas é certamente um jogo perigoso e não me parece que ele tenha coragem de colocar as taxas reais novamente positivas ou o fundo de resgate vai ter que ser aumentado novamente.
O que seria irónico, remover liquidez pela taxa de juro de referência e depois ir a correr imprimir notas para que não haja falta de liquidez.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Cá vos espero
Hermanos, vejo que já estão vestidos a rigor. As pipocas estão comigo, aguardo a vossa presença para vermos o fim do filme.
Dominoes fall...
And even more junk
Este país já parece uma lixeira a céu aberto...
Ler acompanhado de Junk e More junk.
terça-feira, 5 de abril de 2011
E o debate continua
Nos ultimos dois anos coloquei aqui várias posições a favor de um cenário deflacionista e outras a favor de um cenário inflacionista. Por estranho que pareça a discussão estava tão quente com o SP500 nos 700 pontos e o ouro nos 800 como hoje com o SP500 a 1330 e o ouro a 1450.
Este artigo no ZH, de Gonzalo Lira, que critica a posição de Rick Ackerman (que já aqui coloquei antes) e o que me chamou a atenção foi uma frase no meio bastante refrescante:
I’ve got a rep for being a hyperinflationist—which isn’t exactly true: I’m a dollar hyperinflationist, but a euro deflationist.
Pode parecer estranho mas o raciocínio é válido. O autor entende que a FED está muito mais disposta a financiar o governo federal dos EUA do que o BCE estará disposto a salvar os 12 governos que fazem parte da zona-euro. Até agora, do que se tem visto e das palavras agressivas de Trichet (enquanto do outro lado do Atlântico se fala de Quantitative Easing 3) é um cenário que não deve de forma alguma ser descartado.
Vale a pena recordar mais uma vez Ludwig von Mises:
"Não há forma de evitar o colapso final do crescimento artificial provocado pela expansão de crédito. A unica escolha é apenas decidir se a crise deve vir rapidamente através do abandono voluntário de mais expansão de crédito ou se, por outro lado, devemos adiar e esperar uma total catástrofe para o sistema monetário envolvido"
Seria a derradeira homenagem que a UE e os EUA, saindo os dois da mesma casa de partida, chegassem a resultados diferentes mas ambos previstos por Mises dependendo somente da política monetária que decidiram seguir para enfrentar a situação. Um colapso deflacionista (e eventual fim do euro) e uma explosão hiperinflacionista (e eventual fim do USD).
Food for thought...
Novo máximo histórico
Já tinham saudades destes posts não era?
Ouro toca nos $1450 renovando máximos históricos. A prata fica-se por novos máximos de 30 anos nos $39.
Ouro
Prata
E sim... até os índices ameaçam fazer novos máximos (relativos para já). Eu bem disse que aquela coisa no Japão prometia um crescimento económico fantástico. Isso e imprimir notas.
10%
Entretanto os bancos portugueses olharam hoje para este boneco, viram-se confrontados com as agências de rating e começaram (só agora?) a calcular as suas probabilidades de sobrevivência financeira. Chegaram à conclusão que têm de cortar o crédito ao Estado. Demasiado tarde senhores.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Pensamento do dia
“They are born, then put in a box; they go home to live in a box; they study by ticking boxes; they go to what is called 'work' in a box, where they sit in their cubicle box; they drive to the grocery store in a box to buy food in a box; they go to the gym in a box to sit in a box; they talk about thinking 'outside the box'; and when they die they are put in a box. All boxes, Euclidian, geometrically smooth boxes.”
- Nassim Taleb
sábado, 2 de abril de 2011
quinta-feira, 31 de março de 2011
Fim do mês
Era hoje a data limite para a qual previ ainda o ano passado a entrada do FMI em Portugal. Com as taxas de juro hoje superiores às que vigoravam na Irlanda e Grécia quando pediram ajuda diria que estimei a situação correctamente na maior parte das variáveis.
Falhei rendondamente na análise de Sócrates. Subestimei a sua teimosia e completa displiscência pelo país. O poder cega.
terça-feira, 29 de março de 2011
Olhando para o SP500 (outra vez)
A linha de tendência descendente que nos acompanha desde Fevereiro foi novamente tocada hoje no final do dia mas parece ter, para já contido o índice.
Acima dela temos uma resistência nos 1325-1330 e se superada há caminho aberto para máximos. Os ursos precisam de voltar a colocar o índice abaixo dos 1298 rapidamente se querem ter alguma hipótese.
More junk
On March 29, 2011, Standard & Poor's Ratings Services lowered its sovereign credit ratings on the Republic of Portugal to 'BBB-/A-3' from 'BBB/A-2'. At the same time, the ratings on Portugal were removed from CreditWatch with negative implications, where they were placed on Nov. 30, 2010. The outlook is negative.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Junk
No JdN:
Depois da notação da República, agora foi a vez da Standard & Poor’s cortar o "rating" dos bancos portugueses. BES, CGD, Totta e BPI têm agora o mesmo "rating" de Portugal e o BCP está a um passo de ser classificado de "junk".
Tendo em conta o optimismo que estas empresas de rating têm sempre desfazado da realidade por largos meses (quando não anos) será preciso não apenas ter cuidado com as acções que compramos mas também com os bancos que escolhemos para ter o dinheiro depositado.
sexta-feira, 25 de março de 2011
Começar do zero
Após uma paragem no blog devido a questões de saúde há que reiniciar a activade. A queda do Governo e o FMI parecem-me um bom tema:
Le roi est mort. Vive le roi.
Caiu Sócrates e (presumivelmente) levanta-se Coelho. O país e. mais importante, quem cá vive continuará de rastos. O PSD afinal de contas está preparado para viabilizar o PEC que chumbou. Está preparado para aumentar impostos que rejeitou. Está preparado para chamar o FMI para poder dividir o custo político. Está enfim preparado para governar porque como fica claro nos últimos dias o PSD nunca teve nenhum problema com esta forma de governar mas apenas com o personagem que governava. Afinal de contas vamos a votos por uma questão pessoal e Passos Coelho consegue desiludir todos aqueles que diziam que se chegasse a primeiro-ministro abandonaria qualquer ideia liberal que tivesse, o homem conseguiu abandona-las antes disso.
Tirada que está do caminho a questão política (ou a questão pessoal de quem lidera o rebanho de ovelhas até ao altar) será melhor focarmo-nos no que vai acontecer às nossas vidas. O FMI vem a caminho para nos emprestar dinheiro, não que vá alguém fazer alguma coisa de jeito com esse dinheiro mas sim para que o Estado possa pagar a uma quantidade de idiotas que foram estúpidos o suficiente para nos emprestar dinheiro. Mais tarde obviamente teremos de pagar ao FMI mas este não será tão idiota como os primeiros que nos emprestaram dinheiro e imporá condições no empréstimo que garantam alguma probabilidade que este seja pago. Ora como é fácil de prever isto implica obviamente um corte no peso do Estado (viva o FMI) e um aumento da carga fiscal que o Bloco Central está demasiado ansioso para colocar em prática (abaixo o FMI) isto porque a dívida não se paga quando se chega a um valor mágico do défice de 3% mas sim quando se consegue ter um superavit, coisa que nem Sócrates nem Coelho planeiam ter. É preciso lembrar que a ideia de austeridade destes senhores é endividarem-se a um ritmo de 1.2 milhões de euros por hora.
Vamos então passar por um período que promete mais desemprego e menos rendimento disponível para que os anteriormente mencionados idiotas possam receber o seu dinheiro de volta. Sócrates diz que tem de ser porque “não somos caloteiros” (qualquer entidade que tenha pagamentos em atraso do Estado é pura coincidência) enquanto que Coelho fala em “honrar os compromissos” que é uma coisa muito bonita mas outro caminho é possível: tratamento de choque.
O país não precisa do FMI, o país precisa de acordar para a realidade, assumir que se endividou demais e honestamente dizer aos idiotas credores que não pode pagar o que prometeu. Obviamente Portugal será arredado dos mercados de dívida durante algum tempo mas se alguma vez houve algo que podesse ser chamado de “estabelizador automático” então esse algo é exactamente sair do mercado de dívida, garantirá com toda a certeza que se acabam os défices.
Haverá mais desemprego como no caso do FMI? Certamente mas os impostos esses poderão baixar e aqueles que forem cobrados podem ser utilizados a bem daqueles que cá vivem (como por exemplo financiar uma descontinuação da SS que irá à falência ao mesmo tempo que o Estado) e eventualmente, se o Estado não interferir, com o ajuste em baixa dos ordenados a situação do desemprego acabará por se resolver a si mesma. Mais importante, o pouco que produzirmos será nosso e não dos idiotas credores que não souberam fazer o trabalho de casa antes de enterrarem o seu dinheiro numa nação tão mal governada.
Portugal não precisa de ajuda. Portugal precisa de começar de novo.
terça-feira, 15 de março de 2011
Marc Faber sobre o terramoto e os mercados
Marc Faber não esconde o desdem por Bernanke e prepara-se para mais quantitive easing (parte 18). Sóbrio como poucos.
Entende a queda recente nos índices japoneses como uma oportunidade de compra a não ser que haja um acidente nuclear sério.
segunda-feira, 14 de março de 2011
Um azar nunca vem só...
Como todos sabem no final da semana passada um terramoto terrível atingiu o Japão seguindo-se um tsunami que causou uma destruição enorme no país. A parte económica da tragédia será uma coisa para discutir ao longo do tempo, quando a normalidade estiver minimamente restaurada mas para além das despesas óbvias de reconstrução e dos prejuízos que isto implica para as seguradoras convém também ter em conta o efeito de repatriamento de capital. Ontem o JPY (Yen Japonês) valorizava fortemente até o BCJ inundar o mercado de notas fresquinhas. Obviamente este repatriamento terá que se sentir no outro lado da equação (o que está a ser vendido, na europa, EUA ou outro lado qualquer para o capital poder voltar ao país) o que ajuda a explicar as quedas acentuadas nos principais índices europeus, liderados pelo DAX. O que será de estranhar aqui será a resiliência dos índices norte-americanos na face do desastre mas depois veremos. Mais estranho ainda é um certo ignóbel da economia ainda não nos ter vindo explicar como esta tragédia é na realidade um milagre do crescimento económico prestes a acontecer no Japão mas também estou certo que não tarda nada e ele estará a brindar-nos com a sua sabedoria nas páginas do NYT.
Além das seguradoras outro sector que está a perder bastante em bolsa são as empresas relacionadas com energia nuclear por oposição às empresas de energias renováveis que estão, para já, a ganhar com isto. Os níveis de radiação fora do normal chegam já a Tokyo e o desfecho de todo este episódio é ainda incerto mas para já muito pouco promissor.
As reacções sobre este acidente nuclear dos "amigos" do ambiente e dos animais prometem fazer ainda mais estragos tentando eliminar uma fonte de energia que é de facto das mais limpas e seguras que existem. Já sabemos que por eles podíamos fazer as nossas vidas à luz das velas... não fosse o facto de isso ser exploração das abelhinhas.
Triste com todos os desenvolvimentos até ao momento ainda tenho ume leve esperança que, à semelhança da Apollo 13, tudo isto se converta na finest hour da energia nuclear abrindo caminho para a construção de novos reactores nucleares ainda mais seguros.
PS: O reactor de Fukushima tem aproximadamente 40 anos e é o que se considera um reactor de "segunda geração". Pelo que me dizem os entendidos o problema que está aqui em causa (que não tem a ver com a estrutura que aguentou muito mais do que aquilo para que foi desenhada) não teria acontecido em reactores de nova geração. É importante que estes especialistas tenham tempo de antena antes que o mundo ocidental seja conquistado pela invasão das ventoinhas gigantes.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Actualização de spreads (XVI)
Faltam 20 dias
Da LJ Carregosa:
Dívida pública portuguesa a 5 anos negoceia no novo máximo histórico nos 7.925%.
Dívida pública portuguesa a 2 anos negoceia no novo máximo histórico nos 6.493%.
Suspeito que o Sócrates leia o Inflaccionista e esteja à espera do 1º de Abril só para me irritar.
E sim, isto significa que já temos uma curva invertida (dos 5 anos para a frente). Ainda se lembram onde é que já vimos isto antes?
quarta-feira, 9 de março de 2011
Something is changing (II)
A não perder este artigo no ZH sobre a alegada decisão de Bill Gross (PIMCO) reduzir a exposiçãoi à dívida dos EUA.
Something is changing...
A situação no SP500 continua tão clara como há dias atrás, se algum alento há para os ursos é o que se vai passando noutros mercados como por exemplo o cobre que, dizem os analistas lá daquela coisa de Wall Street, é considerado um bom "medidor" da economia.
Segue hoje a perder quase 4% mas desde o fim de Fevereiro já perdeu 10%. O "bull market" fez ontem dois anos mas o paradigma pode estar a mudar. Recomenda-se a compra de guarda-chuvas não vá mesmo começar a chover.
Quanto ao SP500... vamos com calma. Mais dia menos dia vai ter que sair do range, e quanto mais tempo lá passar mais explosiva será a reacção.
segunda-feira, 7 de março de 2011
Tradonomics (20110307)
Foi entretanto executada a ordem de compra que estava pendente reduzindo assim a exposição desta carteira. Para reduzir algum risco podemos ainda baixar o stop para mais perto do ponto de entrada.
Agora é esperar para ver.
Estado actual da carteira: 8 x short SPX500 @ 1330 / SL @ 1336
Capital: 9.575 USD (-4.25%)
Aviso: Negociar nos mercados financeiros pode envolver perdas substanciais de capital, por vezes perdas superiores ao capital inicial. Esta mensagem tem apenas um fim educativo e não deve ser confundida com um conselho de investimento, o autor não se responsabiliza por qualquer tipo de perdas associadas com o conteúdo desta mensagem.
Ajuda para o Censos 2011
A minha opinião sobre o Censos 2011 pode resumir-se nas eternas palavras de Joe Berardo. No entanto parece que, mais uma vez, sou forçado a responder a esta coisa sobre a ameaça de ser ainda mais expropriado do que o normal e isto como anda o défice não é de levar de ânimo leve a vontade do Governo ficar com o meu dinheiro.
Se no campo da profissão a declaração é óbvia e será preenchida com um claro “especulador” (eu nem uns míseros certificados de aforro detenho na minha tentativa, maléfica, de não emprestar dinheiro ao Estado Português) já no campo da religião a coisa se torna mais complicada. A realidade é que o simples facto de ser português parece levar-nos para crenças colectivas de forma que este post é acompanhado de uma sondagem para os leitores me ajudarem a escolher qual delas será mais relevante para este censos.
As minhas opções para já são as seguintes:
a) Cainesiano
b) Socialista
c) Ambientalista
d) Illuminati de Tanatheros
e) Jedi (uma opção para os amantes da globalização)
A opção vencedora a 20 de Março será encaminhada para o INE. Se houver mais seguidores em alguma destas igrejas é favor avisar – se formos muitos pode ser que consigamos alguns beneficios fiscais.
PS: Votar na sondagem publicada n'O Insurgente.
domingo, 6 de março de 2011
Olhando para o SP500
O SP500 teve uma queda abrupta há cerca de 15 dias que colocou os ursos (incluindo aqui o yours truly) em alvoroço mas a verdade é que o momentum tem-se vindo a perder e sem ele isto já não é a mesma coisa.
Pode ver-se na imagem que os 1300 estão a ser suporte e que ao mesmo tempo o índice faz lower highs mas também higher lows, ou seja, não tem tendência defenida - está a consolidar. Ou dito de outra forma está a desenhar um triângulo com base nos 1300 e com a LTA que mostro no gráfico.
Os triângulos são eles também um desenho de consolidação que tendem a romper na direcção da tendência dominante, o que neste caso é de subida. Os ursos portanto que tenham cuidado enquanto o índice não romper definidamente os 1300 e quebre este padrão de consolidação. Se os 1300 aguentarem e o padrão quebre em alta como é provável quem quiser fazer dinheiro terá que estar do lado longo mais uma vez, por mais irracional que pareça. Digo até que rompendo em alta não se sabe onde pode parar, quem sabe máximos históricos. Eu próprio cancelarei todas as minhas previsões que tinha feito no início do ano.
Depois convém apenas não confundir a prestação dos índices com a prestação da economia... mas vamos um passo de cada vez vendo onde nos leva o SP500, por mim estou curto mas pouco até porque se o topo e feito e significativo haverá oportunidades de acumular na descida.
sexta-feira, 4 de março de 2011
Tradonomics (20110304)
Estou com muita pouca fé nisto mas o sistema diz que se shorta novamente ao mercado com stop acima dos 1343. Pelo menos um pullback deve dar...
Estado actual da carteira: 15 x short SPX500 @ 1330 / SL @ 1344
Ordens pendentes: 7 x buy limit SPX500 @ 1310
Capital: 9.435 USD (-5.65%)
Aviso: Negociar nos mercados financeiros pode envolver perdas substanciais de capital, por vezes perdas superiores ao capital inicial. Esta mensagem tem apenas um fim educativo e não deve ser confundida com um conselho de investimento, o autor não se responsabiliza por qualquer tipo de perdas associadas com o conteúdo desta mensagem.
quinta-feira, 3 de março de 2011
Continuamos a jogar poker?
Quem tem medo de pagar para ver as cartas deste senhor?
Para quê estas aldrabices? Ou terá alucinado o suficiente para pensar que as pessoas conseguem aguentar taxas normais outra vez?
quarta-feira, 2 de março de 2011
Faltam 29 dias
Para os que ainda se lembram, o meu palpite para a aterragem do FMI na Portela era o fim deste mês. Faltam 29 dias e presumo que o nosso Primeiro Ministro tenha ido hoje justificar-se à nossa líder do Governo porque é que ainda não pediu ajuda à UE e ao FMI.
Enquanto ele se justifica outros vão colocando os seus palpites parecidos com os meus:
“The borrowing costs are just too high” for Portugal, Christopher Iggo, London-based chief investment officer for fixed income at Axa, France’s fourth-largest fund manager, said in a telephone interview two days ago. “Ireland and Greece had to go for a bailout once their borrowing costs got that high, so I fully expect Portugal to go within the next few weeks.”
Portugal’s 10-year bond yield reached 7.64 percent on Feb. 10, the most since the inception of the euro in 1999, and was at 7.45 percent as of 12:01 p.m. in London. It first climbed above 7 percent on Nov. 10 and has been above that level since Feb. 4. Greece needed a rescue within 17 days of its 10-year yield breaching 7 percent on April 6, while Ireland lasted less than a month after it cracked that level in October.
Pensamento do dia
It is well enough that people of the nation do not understand our banking and monetary system, for if they did, I believe there would be a revolution before tomorrow morning.
- Henry Ford
terça-feira, 1 de março de 2011
Já cansa...
O costume. Mais um máximo para a prata.
E o outro, como é que se chama? Ouro? Parece que esse também subiu e fez máximo histórico.
GS trading results
A Bloomberg reporta que a Goldman Sachs teve apenas 25 dias de perdas durante todo o ano de 2010. Um resultado impressionante qualquer que seja o padrão de medida.
No entanto pode ser mais fácil do que parece, até já deixei aqui um video com a estratégia a seguir.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Tradonomics (20110228)
Tivemos hoje uma subida considerável nos índices que deram razão à tomada de lucros da semana anterior, a ver vamos se isto foi apenas um short-covering ou se realmente apareceram mãos fundas a comprar a grande "pexincha" que é o mercado accionista actualmente.
E como esta carteira está praticamente bear desde que a criei é altura de colocarmos mais uma pressãozinha nos shorts, nomeadamente se os 1313 forem quebrados em baixa adiciona-se novamente os 4 contratos que abandonámos nos 1302. Se a ordem for activada baixamos o stop de toda a posição para os 1330 pontos.
Estado actual da carteira: 9 x short SPX500 @ 1329 / SL @ 1338
Ordens pendentes: 4 x short SPX500 @ 1313 / SL @ 1330
Ordens pendentes: 4 x buy limit SPX500 @ 1278
Capital: 9.512 USD (-4.88%)
Aviso: Negociar nos mercados financeiros pode envolver perdas substanciais de capital, por vezes perdas superiores ao capital inicial. Esta mensagem tem apenas um fim educativo e não deve ser confundida com um conselho de investimento, o autor não se responsabiliza por qualquer tipo de perdas associadas com o conteúdo desta mensagem.
O que é o Tea Party?
É um movimento relativamente recente na política norte-americana, provavelmente o movimento que mais sofre de desinformação nos media americanos mas também (e curiosamente talvez ainda mais) nos europeus.
Será assim tão difícil de o compreender? Estes conceitos parecem-me bastante simples:
O vídeo não está bem feito (problemas de sincronismo) mas considero a mensagem tão importante que o reproduzo mesmo assim com a promessa de actualizar o vídeo se encontrar uma versão melhor.
There is no right to healthcare.
There is no right to a job.
There is no right to a minimum wage.
There is only a right to your life, which means go out there and live. That is it.
Dr. Doom strikes again
I think what will happen is that we are in the midst of a kind of a crack-up boom that is not sustainable, that eventually the economy will deteriorate, that there will be more money-printing, and then you have inflation, and a poor economy, an extreme form of stagflation, and, eventually, in that situation, countries go to war, and, as a whole, derivatives, the market, and everything will collapse
Marc Faber consegue sempre que eu pareça um optimista descontrolado.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Dominós
Nota: Publiquei originalmente este post n'O Insurgente mas deixo-o também aqui.
Para os que não perceberam o meu comentário sobre o papel de Bernanke nas revoluções em curso decidi fazer este post com bonecos para que seja bastante claro. Não quero com ele minimizar as análises políticas que aqui, e noutros lados da nossa praça pública têm sido feitas mas eu sou um homem simples, talvez até simplista, mas que seja. É certo que cada caso é um caso mas quando vemos um evoluir de situações semelhantes em vários pontos do globo talvez haja um denominador comum.
Demorei a escrever porque tentei, em vão, encontrar o autor da seguinte frase que acho que serve de perfeita introdução aos gráficos que deixo em baixo. Ficará, infelizmente, desconhecido.
If the government had asked us for our money instead of our children things would have been very different. If they had asked us for our refrigerators, our cars, our comfort instead of sending our boys into a distant land to fight a strange war then maybe, just maybe, the Vietnam war would have never happened.
Evolução do preço do trigo:
Evolução do preço do milho:
Evolução do preço do arroz:
Além destas 3 razões que apresento como pequena amostra (outras existem mas estas são das mais relevantes) junta-se um USD em relativa força quando comparados com as moedas locais exacerbando o problema já descrito.
Lamento concluir que estes povos pouco lutaram pela sua liberdade, durante décadas viram as suas liberdades retiradas para sobreviverem perante a figura paternal de um ditador mais ou menos maléfico consoante a situação e nunca isso os incomodou. Não é a tirania que origina a rebelião, é apenas a falta de pão. Talvez o topo esteja já encontrado nestes mercados ou talvez não, para a questão em análise será irrelevante. Para o bem e para o mal, o que está feito… está feito.
Socionomics?
Como é que tanta gente se zangou ao mesmo tempo? Pelo menos por enquanto são boas noticias:
The riots are expanding even into North Korea. Hundreds of protesters have collided with the authorities," said South Korea's largest-selling Chosun Ilbo newspaper on Thursday, as top news on its website. Now finally, the global cascade of "Jasmine revolutions" in the Middle East and North Africa appears to have entered North Korea.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Tradonomics (20110223)
Bulls make money.
Bears make money.
Pigs get killed.
E porque a ganância é boa mas controlar o risco é melhor ainda. Assim sendo fechamos 4 contratos nos 1302 para um ganho de 27 pontos ($108) ficando com 9 contratos ainda em mão e baixando o stop para os 1338 garantindo assim que este trade ganhador não se torna num perdedor que faz sempre bem.
Estado actual da carteira: 9 x short SPX500 @ 1329 / SL @ 1338
Capital: 9.512 USD (-4.88%)
PS: E aqueles puts hein?
Aviso: Negociar nos mercados financeiros pode envolver perdas substanciais de capital, por vezes perdas superiores ao capital inicial. Esta mensagem tem apenas um fim educativo e não deve ser confundida com um conselho de investimento, o autor não se responsabiliza por qualquer tipo de perdas associadas com o conteúdo desta mensagem.
Debt clock português (III)
Desde que fiz o relógio da dívida pública portuguesa parece que o Estado abrandou o ritmo de endividamento. Passados estão os tempos em que nos endividávamos a mais de 600 euros por segundo. Segundo o IGCP agora estamos apenas a um ritmo de 354 euros por segundo (último semestre de 2010). Bastante saudável obviamente.
Bom, mas isto tudo para dizer que actualizei o relógio do lado e como resultado ele andou para trás cerca de 5 mil milhões de euros. As más notícias é que continuamos a dever mais de 150 mil milhões.
Cantona, vê se aprendes
Sem grandes alaridos na televisão ou no facebook parece que alguns bancos coreanos estão a passar por momentos conturbados segundo o ZeroHedge.
Frase maravilha sobre o fecho "temporário" do banco:
Bae Joon-soo, senior FSC deputy director, said, “I think it is legally and morally wrong for a financial firm to do such a thing.”
É brilhante a vários níveis, desde a boa "moralidade" dos bancos comerciais imprimirem notas à "vergonha" que é fechar um negócio quando corre mal. Alguém precisa de re-avaliar a sua escala de valores... serei eu?
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Cheira-me...
Ainda não é a napalm propriamente dito, mas quem entrou na abertura hoje está agora com as mãos queimadas.
Se o Tio Ben não segura isto, quem segura?
Safou-se hoje o petróleo, cortesia da Líbia, e pouco mais.
Optimismo
Um artigo optimista, dentro do género pessimista. Ao meu gosto e que portanto partilho convosco.
The United States is a 236-year old country, and almost 40% of the entire public sector debt has been built up by the current Administration in barely more than two years. The United States has a monetary base of $2.06 trillion, and nearly 60% of that has been created since Helicopter Ben took over the cockpit in early 2006. A 236 year-old country, and well over half of the stock of money has been created in just the past half-decade. Remarkable. Maybe the real question we should be asking is why the stock market has only managed to double from the lows with all this massive intervention?
Tirando isso tem uns insights que considero importantes para o desenrolar do ano e dos mercados.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
O triste que nos governa
"Não basta ser rico para se ser bem educado". Foi a resposta do nosso Primeiro Ministro a esta intervenção do presidente da Jerónimo Martins.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Novo máximo relativo (II)
Conforme prometido aqui fica um gráfico actualizado da prata, esta tarde ainda com um novo movimento impulsivo levando o preço acima dos $32.50.
Tradonomics (20110218)
Apesar deste sistema em si ainda não ter dado nenhum sinal de entrada na minha carteira pessoal não resisti a comprar uns puts enquanto espero que a gravidade se reencontre com o SP500 e o DAX.
Por isso mesmo fui ver onde é que poderia este sistema de trading que tenho vindo aqui a experimentar (com resultados decepcionantes, até ao momento) dar sinal de uma entrada curta. De maneira que mantendo-nos neutrais para já deixaria uma entrada short (13 contratos) pendente caso quebre os 1329 com stop nos 1344. Válida até ao fim da próxima semana (já agora o aviso que segunda feira é feriado nos EUA)
Estado actual da carteira: Neutral, short pendente
Capital: 9.404 USD (-5.96%)
Aviso: Negociar nos mercados financeiros pode envolver perdas substanciais de capital, por vezes perdas superiores ao capital inicial. Esta mensagem tem apenas um fim educativo e não deve ser confundida com um conselho de investimento, o autor não se responsabiliza por qualquer tipo de perdas associadas com o conteúdo desta mensagem.
Novo máximo relativo
Mais tarde hei-de colocar um gráfico mas para quem ainda não reparou a prata está novamente a fazer máximos relativos de 30 anos muito perdo dos $32 por onça.
É difícil a partir daqui extrapolar onde poderá o preço encontrar alguma resistência visto que isto são linhas que levam já mais de 30 anos mas a zona dos $34 pode dar alguma luta.
No downside o primeiro suporte de relevância estará nos $29.30 seguido dos $26.40.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Attlas... está quase
Para já o trailer excedeu as minhas expectativas.
Espero que o resultado final faça o mesmo.
Já gosto mais do FMI
Conforme já devem ter reparado a minha paciência anda a diminuir o que se reflete num número reduzido de posts. Estejam descansados no entanto que o titulo acima nada tem a ver com o facto de as taxas de juro a 10 de Portugal já terem partido, nas ultimas semanas, a resistência dos 7%.
Não, tem a ver que o próprio FMI admite que o USD está condenado a prazo. A solução proposta é já conhecida dos leitores do inflaccionista e involve os SDR (Special Drawing Rights) que é uma proposta igualmente má a prazo. No imediato porém as consequências e mudanças, principalmente para os EUA e a sua forma de financiar défices seriam bastante relevantes.
Que se venha, nesta altura, questionar o futuro do USD por parte das insituições não deixa de ser positivo.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Clive Maund sobre a prata
Uma actualização deste a última posta de pescada sobre o assunto:
Análise técnica.
Do meu ponto de vista os 26.40 tornaram-se agora chave e teria cuidado com longos abaixo desse nível, teria até vontade de começar a abrir shorts.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Clive Maund sobre o ouro
Deixo-vos mais uma análise gratuita do Clive Maund ao ouro como é meu hábito quando as encontro na Internet.
Resumindo: Esperar uma correcção mais acentuada por enquanto. Fica também o link para a análise à prata.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Inflation: Not now
Um artigo do ZeroHedge que eu publico aqui apenas para não me sentir sozinho.
A queda do papel ainda vai demorar (mas por tardar não há-de falhar).
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Actualização de spreads (XIV)
Segue mais uma actualização dos vários spreads na dívida pública a 10 anos de vários países europeus. Nada de bombástico:
1) A Grécia passou pela primeira vez, na média mensal, a barreira dos 12%
2) Portugal, com a ajuda confessada do BCE, conseguiu espaço para respirar em Dezembro mas as taxas voltaram novamente perto dos 7% em Janeiro.
3) Espanha e Itália começam a sentir mais pressão apesar de estar disfarçado no gráfico por a taxa de juro da própria Alemanha estar agora acima dos 3%.
Impressoras individuais
Já é uma noticia com alguns dias, mas a previamente mencionada preguiça impediu-me de aqui a colocar mais cedo: Irlanda imprime notas com acordo do BCE.
Uns tipos porreiros estes do BCE, quando será que me deixam a mim imprimir também algumas lá em casa?
Tradonomics (20110120)
Isto já devia ter sido ontem mas não faz mal. Tenho andado preguiçoso com o blog este ano (e com outras coisas em geral, 2011 não promete). De qualquer das formas entra um novo short ao mercado que está actualmente a 1284 com um stop nos 1301, uma posição de 9 contratos.
Estado actual da carteira: Short 9 SPX @ 1284 / SL @ 1301
Capital: 9.557 USD (-4.43%)
Aviso: Negociar nos mercados financeiros pode envolver perdas substanciais de capital, por vezes perdas superiores ao capital inicial. Esta mensagem tem apenas um fim educativo e não deve ser confundida com um conselho de investimento, o autor não se responsabiliza por qualquer tipo de perdas associadas com o conteúdo desta mensagem.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Et tu Krugman?
Quando até Krugman vê o óbvio a situação não está para brincadeiras:
Aquilo que o Governo português classificou ontem como “um sucesso atendendo às circunstâncias”, pela voz do ministro das Finanças, “diz alguma coisa sobre o desespero total da situação europeia”, na opinião de Krugman
A melhor parte no entanto é como este senhor está a ser apelidado na imprensa nacional de "liberal". Por ignorantes que não conseguem fazer compreender que um liberal nos EUA não é a mesma coisa que na Europa ou um por gente de pior estirpe.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Está quase
Alemanha nega pressionar Portugal a pedir ajuda.
Quando a Alemanha "não pressionou" a Irlanda foi um instante até pedirem ajuda.
Entretanto a dívida portuguesa está acima dos 7%.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Outra vez o petróleo
Começam novamente as conversas nos corredores sobre o preço do petróleo, que tem descido muito mas a malvada da GALP recusa-se a baixar os preços. Parece que um dos culpados terá sido este artigo.
Deixo-vos uma pequena tabela (clickar na imagem para aumentar) que fiz em poucos minutos. Os preços PVP são médias retiradas do site MaisGasolina.
A primeira coisa que se pode ver na tabela é que ao contrário do que diz o artigo o preço da gasolina ainda não ultrapassou o máximo histórico de Julho de 2008. Mais importante que isso pode-se ver que o preço dos combustíveis em Portugal, antes de impostos, baixou quase 20% desde Julho de 2008 algo que nunca compreenderíamos pela leitura do artigo mencionado.
E finalmente podemos ver que a descida do PVP não chega a 10%. Com estes dados, só culpa a GALP quem não quer ver o problema.
Foi você que pediu...
... uma economia paralela? É que se não foi parece.
Pode parecer que é uma descriminação dos recibos verdes mas não é verdade. É apenas um sistema muito mais transparente do que quando os trabalhadores têm um contrato normal e os custos são encapotados pelo empregador.
Confirma o artigo que quem ganha 1000€ em Portugal paga um imposto efectivo superior a 40% mas agora não vale a pena chorar, isto é apenas o culminar lógico dos que clamam pela partilha da riqueza alheia.
Brothers, you asked for it.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Um começo de ano prateado
A prata começou ontem o ano com um novo máximo de 30 anos nos $31.22.
A volatilidade do metal precioso tem vindo a aumentar, com swings diários consideráveis e é certamente um paraíso para day traders nos últimos tempos. Apesar de achar que este ritmo de subida é insustentável a curto prazo ainda temos algum espaço para ir visitar valores mais altos.
Para quem não tem medo dos swings a direcção a apostar (por enquanto) é claramento do lado longo mas convém apertar os stops porque quando for para corrigir, vai ser a sério.
Previsões para 2011
Estamos num novo ano e é aquela altura em que todo o mundo faz umas previsões mais ou menos ridículas para os 365 dias à nossa frente. Ora, se os outros podem, porque não eu?
Aqui ficam umas previsões para 2011, se acertar em metade fico contente.
1) Iremos ter uma nova "perna" para baixo nos principais mercados podendo marcar o retorno do bear market mas no mínimo uma correcção acentuada. Teremos o SP500 a negociar abaixo dos 1000 pontos o que implica uma correcção de cerca de 20% dos níveis actuais.
2) Os metais preciosos também terão correcções violentas, mas o ouro ficará acima dos $1000/oz. A relação entre o DJI e o ouro continuará a favorecer o metal amarelo.
3) A queda dos metais preciosos não será muito violenta para os europeus uma vez que a queda do Euro irá suavizar a descida dos preços em USD. Infelizmente a população em geral não vai apreciar o facto de, enquanto a crise cresce os preços da gasolina e outros bens manterem-se a níveis elevados devido à fraqueza da moeda.
3) O FMI entrará em Espanha em 2011. De seguida os maléficos especuladores começarão a colocar os olhos no coração da Europa com países como Itália e França a sofrerem nas suas taxas de juro.
4) O EUR/USD irá aproximar-se da paridade, negociando (pelo menos) abaixo de 1.20.
5) A força relativa do USD irá levar alguns hedge funds, posicionados para lucrar com o novo "boom" na matérias primas, à falência. O petróleo volta abaixo dos $70.
6) Motins e greves gerais pela Europa fora (não só na Grécia). Os alemães estarão mais zangados quando perceberem que apesar da conversa de Merkl acabam sempre por pagar a conta. Quando sentirem que terão de salvar a França será a gota de água.
7) As taxas de juro de dívida pública aumentam. Incluindo Alemanha e EUA para surpresa de muitos que esperavam encontrar nestes investimentos um local seguro para ter o seu dinheiro.
8) Começarão a surgir mercados paralelos pelo mundo fora que negoceiam directamente em prata ou ouro tentando fugir às moedas nacionais.
9) Existirá pelo menos um país a declarar falência implicando uma restruturação da dívida.
10) José Sócrates demite-se ou Cavaco Silva dissolve a Assembleia. Os portugueses elegem Passos Coelho convencidos que é completamente diferente de Sócrates.
Depois no Natal logo vemos como isto correu!