quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

GATA processa FED

Para terminar o ano a GATA processou esta semana a reserva federal dos EUA. Isto está relacionado com os Gold Swaps feitos pelo FED que podem estar a ser utilizados para manipular o preço do ouro.

The lawsuit follows two years of GATA's efforts to obtain from the Federal Reserve and the U.S. Treasury Department a candid accounting of the U.S. government's involvement in the gold market. These efforts parallel those of U.S. Rep. Ron Paul, R-Texas, who long has been proposing legislation to audit the Fed. The Fed has been criticized for secrecy in its massive intervention in the markets over the last year, and Paul's legislation recently was approved by the U.S. House of Representatives.

In correspondence with GATA's lawyers, the Fed has claimed that its gold swap records involve "trade secrets" exempt from disclosure under the U.S. Freedom of Information Act.


Boas entradas em 2010.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Leitura recomendada: O Estado popular de Hitler

Quando normalmente se pensa na segunda grande guerra e nas atrocidades cometidas é normal colocarmos todos os olhares em Hitler e o seu grupo restrito de capangas que a partir dos seus ministérios controlaram todas as operações militares e ultimaram os detalhes da “solução final” para o problema judaico. Alguns ainda se perguntam como terá sido possível Hitler chegar ao poder democraticamente, onde invariavelmente são discutidas as capacidades oratórias do líder nacional-socialista e o seu carisma. Em cima disto, e talvez ainda mais relevante, tínhamos a Alemanha no culminar de uma crise hiper-inflacionária e no cenário internacional a Grande Depressão não ajudava certamente. Hitler jogou bem as suas cartas e chegou ao poder vendendo esperança ao povo na forma de politicas socialistas que hoje são consideradas, pelo menos na Europa, como “direitos adquiridos” que não podem ser colocadas em causa. No entanto, mais importante do que a forma como chegou e se perpetuou no poder será perceber como é que, depois de mostrar as suas politicas e colocar a Alemanha em guerra com meio mundo, os alemães não apenas o deixaram ficar no poder como activamente o apoiaram a barbárie. E é sobre isso que nos fala este livro que vos recomendo de Gotz Aly.



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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O negócio da década

Chama-se ouro como se pode ver bem neste gráfico da bloomberg. O inflaccionista chegou tarde mas ainda a tempo de dar alguma coisa aos seus leitores.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

E um feliz Natal

Provavelmente já não virei mais ao Inflaccionista antes das 12 badalads pelo que aproveito para desejar a todos os leitores um feliz Natal na companhia daqueles de quem mais gostam.

Dívida e PIB

Penso que merece destaque este gráfico que o André Cruz deixou na discussão anterior sobre o volume da dívida de vários países como relação do PIB.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Pensamento do dia

“It’s a question of how do you achieve the deleveraging. Do you go through a long period of slow growth, high savings and many legal problems or do you accept higher inflation? It would ameliorate the debt bomb and help us work through the deleveraging process”

Kenneth Rogoff, Professor of Economics at Harvard, Former Chief Economist at the International Monetary Fund

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Bernanke, homem do ano

Ben Bernanke é o “Man of the year” da Time Magazine. Um bom sinal para quem defende o fim do banco central se tomarmos em conta a utilidade desta revista como indicador contrário.

Quem se lembra desta capa pouco antes do rebentar da bolha tecnológica?



E mais exemplos abundam:

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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Cenários Inflacionistas (II)

Para contrapor ao artigo que deixei aqui há dias do Rick Ackerman deixo este do Gary North:

Why the Deflationist Argument Is Wrong in Both Theory and Practice

The deflationists do not understand these crucial facts:

1. the FED is 100% in control over the size of M1.
2. The FED has chosen to imitate post-1990 Japan.
3. Japan has has not had a year since 1990 in which consumer prices fell into negative territory by as much as 2%.
4. The money supply shrank in the Great Depression because 9,000+ banks failed.
5. The government passed the FDIC law in 1934.
6. The money supply has not shrunk since then.


PS: Confesso ter alguns problemas com a primeira afirmação. Enviei uma mensagem ao autor sobre o assunto, se receber resposta publico.

Actualização de spreads

O "isolamento" da Grécia que tinha falado aqui está a acentuar-se a cada dia que passa. O spread da dívida grega para a alemã está quase ao nível de Março, quando o pessimismo nos mercados estava num ponto extremo.



Pelo contrário, hoje existe um optimismo keynesiano de que o pior já passou. Os Midas que operam as economias através dos bancos centrais fizeram o seu passe de mágica e tudo ficou bem. Porque está então a Grécia neste estado?

Quanto tempo mais conseguirão passar os nossos grandes lideres na UE a dar "apoio moral" aos gregos enquanto negam o óbvio?

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Pensamento do dia


Government is not the solution to our problem. Government is the problem.


Ronald Reagan, 20 de Janeiro de 1981

Investir em comida

No seguimento do post anterior deixo este artigo mais extenso do Daily Reckoning sobre as commodities agricolas. Presumo que o pensamento aqui exposto será parecido com o pensamento de Jim Rogers (um adepto do Brasil).

domingo, 13 de dezembro de 2009

Jim Rogers sobre o USD

Também sobre a FED e commodities. Aposta num rally do USD no imediato (o vídeo é de quinta-feira).



Would YOU lend money to the US Government for 30 years in US Dollars?

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Desabafo

Pouso o meu fountainhead para ir jantar enquanto penso nos jornais de Wynand e como foi possível ele chegar a aquele ponto. Ligo a TV para tentar ver o telejornal enquanto como.

Na RTP1 está o Garcia Pereira e outro personagem a falar de como o aquecimento global está mais que provado. Como o consenso cientifico é grande. Da unanimidade dos cientistas em volta deste tema. Como o ambiente foi mercantilizado. Ouvi mesmo que "existe um mercado de futuros de carbono como existe para aquelas coisas que causaram esta crise". Como chegámos aqui?

Mudo de canal à procura de um qualquer entretenimento, algo para desligar o cerebro por pequenos instantes, não é possível aguentar este bombardeamento constante de desonestidade, desinformação. Que propósito por detrás disto?

Eu não sei, mas sinto que é tenebroso. Venho para o blog para desabafar e acalmar porque não consigo encontrar o "off" do pensamento. Estou chateado. Esta merda é feita com o MEU dinheiro. Eu sustento quem destroi o mundo desta forma.

Vou jantar.

Cenários deflacionistas (III)

Mais um artigo interessante de Rick Ackerman sobre o debate inflação vs deflação.

O Rick sempre esteve do lado da deflação (apesar de acreditar num estoiro hiper-inflacionário pós-deflação) e por enquanto tem tido os mercados deste lado. A questão será talvez se a "recuperação" que estamos a ver desde Março é apenas um intervalo neste episódio deflacionário ou se é o dinheiro impresso pelos bancos centrais a chegar à economia.

Porque não compramos ouro

Um artigo interessante, se bem que pouco cientifico, sobre as razões que impedem mais pessoas de entrarem nos metais preciosos.

As cinco razões principais:
1) É demasiado caro.
2) Liquidez do metal, dificuldade em compreender como vender em caso de necessidade.
3) Descrédito das pessoas que promovem ouro, os compradores rejeitam os cenários apresentados.
4) Desconhecimento, as pessoas não entendem os metais preciosos nem porque é que alguém os havia de comprar.
5) Não estão interessados em ouvir os argumentos.

Pela minha experiência pessoal, o argumento que mais oiço é o 2) e o 3) mas já há muito tempo que não tento "converter" ninguém e os preços estavam muito mais baixos na altura, se calhar se falasse com as mesmas pessoas agora diriam que eu tinha razão mas invocando o ponto 1).

Cada um sabe de si...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O crash económico...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Objectivismo e democracia-cristã

Uma discussão interessante.

Longa que aqui o vosso blogger esticou-se :)

Ainda a Grécia

Depois das recentes notícias achei que era uma boa altura para actualizar este gráfico.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ainda sobre a comunicação social

Sobre o aumento do salário mínimo diz assim o director de um jornal económico:

“há economistas que são contra a existência de um salário mínimo. Porque está a fixar-se artificialmente um valor para as trocas no mercado de trabalho, não tendo em conta que há pessoas que podem aceitar trabalhar por menos e que as empresas vão criar menos empregos já que têm de pagar mais a alguns trabalhadores. Ou seja, está a prejudicar-se a eficiência do mercado e, logo, a provocar desemprego.”

O que me parece bem pois fixando, imaginemos, o ordenado mínimo em 2000 euros o que o Governo faz, em português simples, é obrigar as pessoas a produzir pelo menos 2000 euros por mês (mais na realidade devido à carga fiscal e ao lucro esperado pelo dono do capital). Quem não for capaz de cumprir esse objectivo de 2000 euros decretado pelo Governo fica obviamente fora do mercado de trabalho (uma vez que o dono do capital gosta, normalmente, de preservar esse capital).

Mas acrescenta o tal director executivo:

“Mas deixando a filosofia económica de lado, até porque em Portugal há salário mínimo, a questão que importa saber é qual é o valor adequado para as empresas.”


E assim reduz-se a economia a mera filosofia. Ao metafísico. Pergunto-me se a procura e a oferta serão também questões filosóficas ou realidades económicas mas se queremos filosofar sobre o ordenado mínimo podemos dizer simplesmente A é A. Podem dizer as baboseiras que mais convierem mas a realidade não se altera por isso.

Sinais preocupantes

O primeiro está dado: Fecho do EUR/USD abaixo de 1.50

Parece-me estar na hora de voltar a vestir a roupa de urso.

Vergonha

Não é costume por aqui falar-se de aquecimento global mas faço hoje o que espero ser a primeira e última excepção para comentar esta vergonha que é o editorial de hoje d'O Publico.

Como é do conhecimento de quem se interesse por estas coisas, no último mês vieram a publico documentos que demonstram que um dos maiores institutos de "investigação" climática andou, nos últimos anos, deliberadamente a manipular os dados para que a desse a ideia de que a temperatura na Terra continua a aumentar e que este aquecimento tem origem no Homem. Não só a Terra está a arrefecer nos ultimos anos como a imprensa nacional tem sido de um silêncio ensurdecedor sobre este escândalo denominado climate gate pelos jornais internacionais que decidiram cobrir as noticias em vez de escrever editoriais ignorantes.

Infelizmente, este editorial demonstra bem o estado a que chegou a comunicação social portuguesa. Outrora foram o 4º poder, hojem são os serventes dos amigos que lhes pedem para desinformar.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Bernanke humorista

O homem pode ser acusado de tudo menos de falta de humor.



Então não é que o personagem diz que manteve o USD estável durante todo este tempo? Claro que a definição de estável é o petróleo variar entre os $140 e os $40 no espaço de um ano. O ouro entre os $1200 e os $600, e em relação ao Euro variar entre 1.60 e 1.20.

Ao pé disto Chernobyl era um poço de estabilidade... no dia que rebentou.

Jim Bunning vs Ben Bernanke

Sabemos que as coisas estão mal quando até os socialistas não podem com ele.



Under your watch the “Bernanke PUT” became a bailout for all large financial institutions, including many foreign banks.

And you put the printing presses into overdrive to fund the government’s spending and hand out cheap money to your masters on Wall Street.

In short, you are the definition of a moral hazard.

Time to play ping-pong

Não concordo com tudo o que diz o personagem mas deixo ficar para cada um tirar o que entender. Os mercados estão definitavamente em modo bull, mas em zonas muito criticas.












Sinais que me poderiam preocupar:
EUR/USD fechar abaixo de 1.50
Ouro fechar abaixo de $1000
Prata fechar abaixo de $16
SPX Fechar abaixo de 1000.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Frase do dia

"Strictly speaking, almost half of our country's foreign exchange reserve is not stable in value and is of high risk"

Wu Nianlu, a professor at the central bank's graduate school.

Artigo completo.

O custo da dívida (II)

Apenas para actualizar este gráfico que tinha antes deixado aqui.



Parece que depois do pico de medo do Dubai os mercados voltam a encarar os "happy days". Por quanto tempo ninguém sabe.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Já está

Mais um máximo histórico em euros Nos 795,82 euros por onça bateu o máximo de Fevereiro deste ano.



As moedas não se valorizam em relação às outras, apenas se afundam a ritmos diferentes - foi a minha primeira lição nos mercados cambiais.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Quem é John Galt?

Uma pergunta à qual muitos de vós já saberão a resposta, talvez seja por isso que aqui passam pelo Inflaccionista. Além de ser mais do que um simples personagem é, acima de tudo, uma ideia... e agora é também a minha fonte de inspiração para este pequeno projecto que começa hoje a gatinhar.

Sobre o lema "Be Galt. Wear the message!" apostei neste nicho de mercado que são os amantes do capitalismo e da liberdade. Juntando o util ao agradável procuro o lucro enquanto espalho uma mensagem com a qual me identifico. Espero que gostem tanto de lá passar como eu gostei de tudo o que fiz para montar esse pequeno negócio.

E para quem ainda não sabe a resposta... Who is John Galt?

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A depressão do século XIV

Um artigo interessante do Mises Institute para quem, como eu, tenha um gostinho por História. Se os nossos governantes partilhassem desse gosto talvez fosse possível aprender com os erros do passado.

Focus on the devastation caused by outbreaks of the Black Death in the mid-14th century is partially correct, but superficial, for these outbreaks were themselves partly caused by an economic breakdown and fall in living standards which began earlier in the century. The causes of the great depression of western Europe can be summed up in one stark phrase: the newly imposed domination of the State.

[...]

In a sense, the longest-lasting ill effect from the Black Death was the response of the English Crown in imposing permanent maximum wage control and compulsory labor rationing upon English society. [...] The inevitable result, however, was a grave shortage of labor, since at the statutory maximum wage the demand for labor was enormously greater than the newly scarce supply.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Ucrânia: Quer um TGV?

A Ucrânia está com problemas claros a financiar-se como mostra o gráfico em baixo.



É mais barato para a Ucrânia financiar-se a 5 anos do que a 2 anos o que indica dificuldades graves em arranjar liquidez no curto prazo. Se a yield curve não inverter rapidamente seguirá pelo caminho da Islândia.

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Comentário ao editorial do i

O jornal i tem hoje uma edição dedicada ao buraco orçamental. Começa com o editorial e tem depois, nas páginas mais centrais um aprofundamento do assunto. Infelizmente o editorial começa logo mal com uma frase errada "Os estados não vão à falência".

Eu espero que esta afirmação seja corrigida brevemente. O site da Moodys tem 12 falências soberanas entre 1998 e 2006:

1) Paquistão (98)
2) Russia (98)
3) Ucrania (98 e 2001)
4) Venezuela (98)
5) Equador (99)
6) Peru (2000)
7) Argentina (01)
8) Moldávia (01)
9) Uruguai (03)
10) Republica Dominicana (05)
11) Belize (06)

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Os pilares da economia

Ginásios e IVA

Ultimamente tenho dado por mim em várias discussões com colegas e amigos onde surge sempre um tema recorrente: os donos dos ginásios portugueses são uns porcos capitalistas. Porquê? Porque o governo baixou o IVA para 5% mas os preços dos ginásios não desceram. Este tema voltou a surgir agora em formato electrónico n’O Insurgente de maneira que está na hora de mais um serviço público gratuito (infelizmente parece faltar-me o gene capitalista - vejam lá se fazem umas doações de vez em quando aqui ao vosso comuna de serviço).

Pontos de partida:

1. O preço nominal do ginásio não aumentou.
2. O preço real do ginásio desceu (devido à inflação)
3. A função de um empreendedor é maximizar o lucro (o horror!)

Penso que os primeiros dois pontos são consensuais e particularmente o segundo demonstra que houve de facto um beneficio directo ao consumidor. Quanto ao ponto três eu sei que muita gente gosta de criticar os empreendedores/capitalistas por isso mas é só quando são os outros. Qualquer cidadão comum quando vai a uma entrevista de emprego para vender o seu trabalho parte exactamente do mesmo principio de tentar maximizar o valor pelo qual vai vender esse serviço e, tal como os donos do ginásio, esse valor não depende exclusivamente da sua vontade mas sim do valor que o consumidor (neste caso o empregador) dá ao produto em causa (neste caso, o trabalho). É tão simples e natural como ter uma barra de chocolate para vender e quando temos dois tipos, um que dá 5€ por ela e outro que dá 6€ nós vendemos sempre ao que dá 6€. Infelizmente, quando a barra de chocolate não é nossa em vez de simplesmente aceitarmos a lógica vamos chorar a uma qualquer teta estatal porque gostamos muito de chocolate mas os outros são muito maus e não nos deixam provar.

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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O custo da dívida

Eu peço desculpa aos seguidores do Inflaccionista por não ter colocado aqui algumas intervenções que fiz n'O Insurgente sem colocar aqui que sei que provavelmente os que seguem este blog estariam interessados e é por isso mesmo que vos chamo a atenção.

Tudo isto começou com uma noticia da Bloomberg sobre a situação os titulos de dívida publica grega. Como não tinha nada melhor para fazer dei por mim ontem à noite a construir gráficos sobre o custo da dívida de vário países comparados com a Alemanha.



Finalmente agora acabei de publicar um texto mais extenso sobre o que eu acho de tudo isto. Divirtam-se!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Como se faz um estudo de viabilidade em Portugal

Esta semana a SIC Noticias surpreendeu-me com um programa de qualidade apresentado por um senhor jornalista que realmente ainda vale a pena acompanhar ao contrário do lixo escrito, falado e televisionado que habitualmente nos chega a casa.

O programa é o "Plano Inclinado" onde participam 3 conhecidos economistas (que estando longe dos meus ideais são pelo menos realistas) que falam sobre o estado da Nação. O que me leva a colocar aqui este video do programa completo (porque confesso a minha info-nabisse para editar videos) é o que é dito no minuto 37 do programa:



Eu digo sinceramente, estive envolvido num trabalho de estudo aprofundado sobre o aeroporto e naquele caso em que eu trabalhei sobre a vertente financeira eu nunca tive acesso nem pude simular aquilo que eram variáveis associadas à procura. [... E]u costumava dizer que era a palavra de Deus, isto é a linha de previsão sobre a quantidade de passageiros - entradas ou saídas - vezes a taxa aeroportuaria aplicada quer aos passageiros quer à carga era um dado com uma previsão a 30 anos e que eu tinha de assumir sem questionar. [...] Cheguei a uma conclusão que nos pressupostos desenvolvidos o projecto era positivo do ponto de vista financeiro. - João Duque

Recomenda, a terminar, que seja feito um estudo independente o que demonstra bem a confiança que tem num estudo que o próprio conhece bem exactamente por nele ter participado. Alguém, em cubículo minesterial incerto, tirou um número do rabo que era suposto representar o número de passageiros e carga a passar em Alcochete e gastam-se milhares de euros em estudos sem ninguém questionar (ou ter poder efectivo para alterar os pressupostos) a validade deste número. Isto promete... promete ser demolido antes de aterrar o primeiro avião.

O centenário esquecido

The year 2009 will most likely expire without commemorating the centenary of a most momentous event in history that figures prominently as the main cause of the Great Financial Crisis of the century. This event was the so-called legal tender legislation in 1909. The bank notes of both the Banque de France and the Reichsbank of Germany were made legal tender by law, first in France and then, a very short time later, also in Imperial Germany. The rest of the world followed suit. In this way all roadblocks were removed in the way of financing the coming world war through credits and monetizing the resulting debt through the issuance of bank notes.

[...]

The way out of the crisis, and the way to prevent another great Depression, is through the restoration of freedom in the realm of money.


Antal Fekete, One hundred years of legal tender.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

EUA: Crescimento da M1

Têm-me perguntado em convivios ultimamente o que justifica esta subida recente das acções que tem sido muito forte. As pessoas sabem que sou um "bear" assumido nos mercados accionistas e como tal costumam sondar-me para saber se já mudei de opinião.

Há duas razões importantes para a subida:
1) O sentimento dos investidores estava num extremo tão negativo que era necessária uma subida para aliviar o sentimento. Tal como nas subidas é necessário o contra-tempo da praxe pois o mercado não pode andar sempre no mesmo sentido sem as suas pausas. Por natureza as subidas em bear-market são muito mais agressivas e repentinas que as descidas em bull market.

2) O Tio Bernanke deu uma ajuda. Fica em baixo o gráfico da M1 desde o inicio da crise. Esta massa monetária (bastante restrita, nem olhei para a M3) demonstra bem como a FED está a fazer tudo o possível para colocar liquidez no mercado... e a liquidez é a mãe de todos os mercados: dívida, commodities, divisas e claro dos mercados accionistas.



Não convém é confundir inflação monetária com recuperação económica como está a ser feito por muitos comentadores na praça publica.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Pensamento do dia

Se houvesse aqui ao lado um pequeno país onde existisse liberdade de escolha na saúde, na educação e na segurança social, o regime sob o qual vivemos também teria que murar Portugal para manter cá dentro a população contribuinte.

João Miranda in Blasfémias

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A História vista por um comunista


"A derrota do socialismo, com o desaparecimento da União Soviética e da comunidade socialista do Leste da Europa, constituiu uma tragédia, não apenas para os povos desses países mas para toda a humanidade: com o capitalismo dominante, o mundo é, hoje, menos democrático, menos livre, menos justo, menos fraterno, menos solidário, menos pacífico."


Editorial do Avante, jornal oficial do Partido Comunista Português, 2009

É assim que esta gente conta esta história.


E não faço mais comentários porque nada me ocorre que não envolva a mãe daquele senhor. O mais triste é que 20% dos portugueses que votaram o mês passado concordam com ele.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Hino da Função Publica

Atenção que isto foi feito mesmo a sério. Não façam como eu que até mais ou menos o minuto 2 julgava que era a gozar.



Fantástico!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Quem tem medo do FMI (II) ?

Há poucos meses atrás tinha sido noticiado que o FMI pretendia ver-se livre de uma parte substancial das suas reservas de ouro para financiar os “planos de salvamento” de algumas economias mais frágeis. Houve, compreensivamente, algum receio nos mercados do que isto faria para baixar o preço do ouro (cotado em USD).

Existem na minha óptica várias ameaças à escalada do ouro, mas logo na altura tive oportunidade de dizer que esta seria a que menos me preocupava, viessem estas vendas do FMI ou de um qualquer tresloucado de um banco central, pois seriam rapidamente absorvidas por países que sentem cada vez mais a necessidade de diversificar as suas reservas.

Hoje o ouro faz novo máximo histórico nos $1080, um dia depois de a Índia anunciar que, só eles, vão ficar com metade das 400 toneladas que o FMI quer despachar. A China e a Russia serão outros dois países eventualmente interessados em resolver o “problema” do FMI.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Radicais pelo Capitalismo

Estreia hoje, lá mais para o final do dia, Radicals for Capitalism. Este documentário da Reason.com falará das ideias de Ayn Rand, liberdade e capitalismo.



A não perder.

Poupança em Portugal

Parece que passou ao lado do Inflaccionista o dia mundial da poupança, que é a 31 de Outubro. Esquecimento apenas justificado porque foi a um Sábado e porque cada vez leio/oiço/vejo menos os media mais "mainstream" cada vez mais necessitados de alguém que imprima alguma qualidade às ditas noticias que passam (uma menção honrosa a Mário Crespo que é o único capaz de me fazer ver um telejornal).

Mas como dizia parece que houve um dia mundial da poupança e que alguém no INE veio dizer que os portugueses andavam a poupar mais, obviamente fui tentar descobrir mais sobre esta poupança tresloucada dos meus compatriotas no site do INE mas não encontrei a press release que pensava existir. Não se perdeu tudo porque entretanto encontrei um quadro bastante interessante (pena acabar em 2006) sobre a poupança líquida dos vários sectores nacionais e podemos ver que o “cidadão comum” sempre poupou visto que são as famílias as únicas consistentemente a poupar. Até haveria anos em que o saldo nacional seria positivo não fosse uma coisa chamada “administração publica”.

Pensamento do dia

How can a revival of consumer spending be the key to any recovery? The very word “consume” – as opposed to “invest” – should raise a yellow flag. The belief that consumption is the key to a strong economy is so deeply ingrained that few Americans even question that it has become the basis for all economic decisions made by the federal government. But popular delusion is at a tidal crest when it views pumping up home prices and retail sales as government’s most important domestic role. We might have expected economists to know better, and to help lead us out of the woods, but for the fact that credit-based consumption has become their credo as well. This belief was handed down from on high by Alan Greenspan, the man who single-handedly brought the dismal science to the point of utter disgrace. - Rick Ackerman

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Outra vez?

Ainda esta semana perguntava o Sérgio sobre o nosso tecto da dívida e já os tipos da Moody’s (que como podem imaginar frequentam assiduamente o Inflaccionista) reagiram ao comentário do Sérgio.

Moody's Investors Service has today changed the outlook on the government of Portugal's Aa2 ratings to negative from stable. The rating action reflects both the structural economic challenges facing the country, which have been exacerbated by the global crisis, and the apparent lack of motivation for policymakers to address them.
[…]
Moody's says that the most likely outcome for Portugal is a slow but inexorable decline, where growth remains sluggish, thereby stalling incomes, and where debt continues to build over time. Indeed, Moody's main concern is slow growth potential, which the rating agency attributes to the unwillingness of successive governments to take steps to restore competitiveness. The competitiveness gap is also generally seen as the cause of Portugal's large current-account deficits. Should this situation continue, the trend growth rate in the economy is likely to remain relatively low, thereby limiting the government's ability to 'grow' out of its debt problems even when the post-crisis recovery gets underway.
[…]
In the first decade of the single currency union, Moody's notes that Portugal's budget failed to meet the Growth and Stability Pact criteria multiple times and the authorities relied heavily on one-off measures. When the budget fell below the Pact's 3% ceiling, efforts were not made to move it upwards.


Não temos tecto mas quem empresta tem olhos na cara. O TGV e Alcochete lá vão custar mais uns milhões de acordo com o aumento do risco que é hoje emprestar dinheiro à republica portuguesa.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Só mais um bocadinho...

A CNN tem um artigo onde fala sobre o limite (auto-imposto) da dívida norte-americana está muito próximo de ser atingido.

Roughly $211 billion separates what the country owes and its self-imposed credit limit. And by Friday, after another week of massive debt sales by the Treasury Department, that gap will likely have narrowed considerably. It is now expected that the $12.104 trillion debt ceiling could be breached by the end of November.

Obviamente, nada de preocupante:
It is also expected that lawmakers will raise the ceiling, as they have done more than 90 times since 1940 -- eight of them since 2002.

Conhecer e Vencer a Crise

Aqui o vosso querido autor do Inflaccionista vai estar no próximo mês de Novembro em mais uma acção de formação da ACE. O curso dado vai ser o Conhecer e Vencer a Crise no dia 14 de Novembro pelas 14h30 na Amadora.

Inscrevam-se que posso dizer, como parte completamente interessada, que o curso é um bom curso.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O défice para tótós



Via Insurgente

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Pensamento do dia

In 1933 F.D. Roosevelt did not stop at the mere confiscation of the constitutionally mandated gold coins of the realm. He sent them to the refinery in order to melt them down. He wanted to expunge the evidence from history that this great republic once had the largest pool of circulating gold coins anywhere, ever. Roosevelt betrayed his oath that he would uphold the U.S. Constitution and went ahead to rob the citizenry by calling in the gold replacing it with Federal Reserve notes, the value of which he promptly cried down by 56 percent, under the disguise of monetary reform.

Antal E. Fekete, The gold basis is dead

Retirado do seu mais recente artigo onde comenta alguns rumores sobre o ouro vindos de Wall Street. Uma leitura interessante para quando não se passa nada no mercado além do renovar de máximos históricos do ouro.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Apesar da crise já ter passado...

On Wednesday, Latvia tried to raise a trivial amount of money. It offered $17 million worth of 6-month bonds. How likely is it that Latvia will default before Easter? We don't know, but investors judged it not worth the risk. Not only did the bond auction failed, it failed with no bids.

Bill Bonner, Daily Reckoning.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Mais um...

... máximo histórico. Desta vez nos $1043.50

Ferias

Depois de duas semanas de descanso bem agradáveis parece que estou finalmente de volta, as condições meteorológicas em Lisboa não me deixam particularmente feliz de ter regressado. Ao menos parece que a recessão acabou mesmo enquanto estava de férias.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

End the FED

Ron Paul já tem o seu livro à venda, End the FED, e está a receber alguns comentários mais críticos da imprensa financeira.

Many of Paul’s assertions ring true. Inflation amounts to taxation, he says. Correct. Central bankers are central economic planners, he asserts. Absolutely. Wall Street likes “privatized profits and socialized losses.” No surprise there. He’s right, yet draws the wrong conclusions.
[...]
Hold on, though. Wasn’t America’s Fed-less 19th-century history punctuated with recurring booms, busts and banking panics? Paul dismisses such talk.
“Most of the tales of 19th-century banking are mythical,” he says, blaming the upheavals on government meddling.
Paul’s position is that commercial banks should again be subjected to the full blast of the free market, like any other business. Central banks, in this view, make markets inefficient.


Eu confesso que não li o livro e portanto não posso confirmar que o argumento de Ron Paul é apenas esse. A ser verdade acho estranho. É verdade que durante parte do século XIX não havia um banco central formal nos EUA, no entanto, por lei continuavam a ter um monopólio legal da falsificação de notas através da emissão de notas próprias, como alias o nome histórico destes bancos indica (bancos emissores). Apesar de não estarem a funcionar em cartel coordenado por um banco central estas emissões de notas/crédito gera o ciclo de negócios exactamente da mesma forma que através de um banco central, de facto o ciclo de negócio é caracterizado pelo excesso de crédito e a sua contracção e não pela existência ou não de carteis.

O que Ron Paul defende não é portanto um retorno ao sistema bancário do século XIX mas sim algo diferente, se bem o conheço quer um padrão ouro com 100% de reserva que certamente será aqui criticado mas certamente entre essas críticas não constará nenhuma referência ao excesso de crédito que origina e esta critica do jornalista só pode ser ignorante ou maldosa. Deixo também este artigo de Antal Fekete sobre uma alternativa, para quem não gosta do sistema actual nem de reserva a 100%: Real Bills.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Recordar

Os mercados accionistas, e outros como o ouro e petróleo, recuperaram bastante bem desde o fundo em Março. O SP500 que utilizo como referência já teve uma recuperação superior a 50%.

Como um aviso à navegação e ao optimismo que anda no ar talvez seja boa ideia recuperar os cenários deflacionistas de Pretcher e Fekete. Se isto for de facto um novo 1929 estamos mais ou menos no ponto em que acabou o rally pós-crash. Podemos estar a olhar para valores nestes mercados que não voltaremos a ver nos próximos anos.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Noticia de ultima hora

Foi descoberto quanto ganha o homem da bomba no famoso tópico do Caldeirão.

Portugal: 6.00€ por hora
Espanha: 6.81€ por hora

Ver ordenado mínimo.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Para lá de reaccionário...

... sou também Insurgente, pelo menos a partir de hoje. Deixarei os meus leitores do Inflaccionista descansarem um pouco da carga política que aqui tem surgido nos ultimos dias e canalizarei essas minhas análises para O Insurgente.

No Inflaccionista poderão continuar a contar com a análise económica (nem sempre independente da política infelizmente) e com a análise dos mercados. Espero que sintam que todos ganhamos com esta nova dinâmica.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Os reaccionários

Parece que algumas pessoas ficaram incomodadas por existir uma petição que simplesmente pede para que quem pague a A21 sejam os seus utilizadores e não os contribuintes. Segundo parece é algo reaccionário não querer pagar algo que não se usa, eu sei que sim. Neste país é mais normal calarmo-nos e deixar os outros mamar e calmamente deixar chegar a nossa vez para também podermos mamar. Nesse sentido, alguém que se oponha à mama só pode ser um reaccionário sem respeito pelos bons costumes lusitanos.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Frase do dia

Na petição que estou a promover alguém com claras dificuldades da lingua portuguesa em geral e do texto da petição em concreto (talvez aluna das Novas Oportunidades) deixou este comentário:

"Apelam para virmos morar para a Ericeira, depois de ca estarmos e pagarmos ca os nossos impostos, agradecem-nos desta forma. esta certo?!!!"


Portanto, se alguém conhecer a pessoa em causa não se esqueça de enviar um postal no Natal a agradecer o facto de ter ido morar para a Ericeira, por alguma razão que não consigo alcançar (se calhar é por não ter feito as Novas Oportunidades) parece que é um grande favor que um cidadão faz ao país, e eventualmente um grande sacrificio pessoal, ir morar para a Ericeira.

Aparentemente parece que também há beneficios fiscais na Ericeira (para compensar o sacrificio de morar em terra tão desolada) que consiste no facto de se entregarmos a declaração de IRS numa repartição local ganhamos uma auto-estrada à custa do resto do país... bem bom!

TGV em ponto pequeno

Esta semana chegou-me às mãos uma nova polémica via Caldeirão: o facto de as portagens na A21 passarem de 60 cêntimos para 2.10 Euros, um aumento de cerca de 250%. Obviamente apareceram os sujeitos do costume a dizer que era um roubo, que não podia ser, que estavam a ser explorados, que as pessoas da Ericeira não podiam suportar este custo e inclusive houve quem se queixasse de ficar sem dinheiro para o tabaco com este grave aumento. A minha costela liberal ficou logo de pé atrás, estranhei em primeiro lugar que a portagem fosse tão barata anteriormente e ontem durante o dia dei por mim a saber mais sobre a A21 do que aquilo que uma pessoa saudável, sem nenhum interesse nessa via, deveria saber.

As coisas que aprendi:
- Existe uma alternativa à A21 gratuita que se chama N116. Ouvirão dos senhores que usam a A21 que esta alternativa não é viável por uma série de razões, basicamente todas elas se poderiam aplicar à marginal de Cascais ou à N1 alternativas gratuitas, para quem não sabe, à A5 e A1 que são pagas. Portanto uma vez que estas duas são pagas havendo alternativa não há razão para a A21 ser subsidiada.
- Existe uma carreira (transportes públicos) Ericeira-Lisboa que de segunda a sexta tem da parte da manhã saídas de 20 em 20 minutos para que quem queira continuar a fumar o possa fazer mesmo com aumento das portagens.

E isto é só para dar uma ideia de porque é que a portagem deve ser paga. Depois chegamos à questão do preço, para termos a ideia de se há ou não”justiça” nos valores pedidos. Munido com o site da ViaVerde para saber o valor das portagens e com um documento da Brisa para saber o número de Km em cada lanço da auto-estrada (e com o Marco António a fazer contas) pude chegar honestamente à conclusão que, com portagens de 2,10€ para aquele troço da A21 esta se torna numa das auto-estradas mais caras do país a nível do preço por Km. Chego também à conclusão que se mantivesse o preço de 0.60€ esta auto-estrada seria anormalmente barata, custando praticamente 1/3 do que custam a maioria das auto-estradas portuguesas. O valor “justo” (comparando com outras auto-estradas) seria sempre algo a entre os 1,50 e os 2,00 euros.

Tentei descobrir mais ainda sobre este caso, nomeadamente o que causou este aumento abrupto em época nada propicia

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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O programa de governo que devia ir a votos (2)

Descobri hoje que tenho, pelo menos, um querido leitor que gosta de heavy metal e que amavelmente partilhou o meu "programa de governo" com alguns colegas que foram criticos (surpresa, não estava nada à espera) de alguns pontos e que surgiram com estas questões:

1) "O imposto do tabaco faz falta porque danifica muito a saúde"
Mais uma vez, porque algumas pessoas têm dificuldade em ler, o exercicio que fiz é meramente contabilistico. Terminar com aqueles 4 ministérios (que são dos mais baratuxos que há) permitiria reduzir o IRS cobrado em 24% ou o IVA em 3% (isto nem é bem assim, a forma como é calculado o IVA permitiria um corte ainda maior mas estou a simplificar), acabar totalmente com o ISP (são menos 33 centimos por litro de gasóleo na bomba) ou, como eu disse, com o IT e o ISV.

Não podem escolher tudo, mas apenas uma das hipóteses. Quanto ao tabaco eu sei que a desculpa por detrás do imposto é os custos de saude acrescidos mas este importo é uma forma muito má de conseguir o efeito desejado. Então num sistema privado de saúde em que cada um tivesse o seu seguro não é lógico que um fumador vai pagar um prémio maior (tem mais probabilidades de ter problemas)? Se assim for, então poderemos concluir que se fizessemos uma coisa dessas o IT podia ser abolido (que é que fazemos agora com um tipo que ande sempre de viagem e compre o seu tabaco sempre no estrangeiro e depois adoece em Portugal?)

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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sondagem Inflaccionista

No espiritio do post anterior peço que os leitores votem na nova sondagem Inflaccionista e opinem sobre o programa de governo.

Resultados da sondagem anterior:
O pior da crise já passou?
Claro: 20%
Nem Pensar: 66%
Estou um pouco confuso: 13%

O programa de governo que devia ir a votos

Já aqui tinha deixado uma análise crítica ao programa de governo do PSD. Hoje, em conversa com um colega surgiu o repto de tentar fazer algo melhor e pensei porque não? Afinal de contas fazer pior que os partidos de poder seria difícil se é que não seria mesmo impossível e parto com duas vantagens importantes:

1)Não vou a votos, portanto nada tenho a perder. Não estou aqui para agradar mas sim para ajudar a visualizar um novo, e melhor, rumo para todos. O pior que me pode acontecer é levarem-me a sério e colocarem em prática estas medidas... o que era bom.

2)Eu compreendo que os recursos são limitados e não caiem do céu, ao contrário, infelizmente, da nossa classe politica.

O exercício acaba por ser mais uma manobra de números apresentados no ultimo orçamento de Estado. Pretendo não dar mais mama aos portugueses mas sim mostrar o que se pode ganhar retirando funções e poderes ao Estado. Pode ser um exercício supérfluo mas espero que gostem. Por onde começar?

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É liberal?

Descubra, faça este pequeno teste.

Aqui o vosso estimado autor é 90% liberal. Qual foi a pergunta sobre a qual eu discordei com os autores do teste?

"It is wrong for democratic nations to overthrow foreign dictators?". Eu disse que não, que não achava errado. Por outro lado não acho que seja uma obrigação moral os países "livres" libertarem os menos livres mas também não acho que possam ser condenados por o fazerem.

E não, não estou a fazer paralelos com o Iraque nem acho que tenha sido uma boa ideia invadir tal nação.

Pensamento do dia

Hoje fizeram-me relembrar um texto de Ayn Rand sobre a revolta estudantil em Berkeley. O original, que é leitura interessante, pode ser encontrado no livro Capitalism: The Unknown Ideal e dá pelo nome de "The Cashing-In: The Student Rebellion".

Fica um pequeno excerto para refletir.

As a cultural-intellectual power and a moral ideal, collectivism died in World War II. If we are still rolling in its direction, it is only by the inertia of a void and the momentum of disintegration. A social movement that began with the ponderous, brain-cracking, dialectical constructs of Hegel and Marx, and ends up with a horde of morally unwashed children stamping their foot and shrieking: “I want it now!”—is through.

Novamente nos 1000

O ouro chegou hoje novamente aos 1000 dolares americanos por onça. Qualquer que seja o caminho que o metal amarelo leva a partir daqui (uma zona delicada) não pode ser negado o papel que teve até agora durante toda a crise financeira como "seguro", enquanto, desde Setembro de 2007, a maior parte dos activos estão em queda o ouro mantém-se acima desse nível.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Diz que disse

Sócrates acusou este fim de semana Manuela Ferreira Leite de ser a mais "neo-liberal" de sempre à frente do PSD. Antes fosse verdade, talvez valesse a pena ir votar mas tendo em conta a realidade das duas uma: ou o PSd é socialista (como o nome indica) ou MFL tem uma agenda secreta para comer empresas publicas ao pequeno almoço.

Qual das duas é mais provável?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ordenado minimo

O Caldeirão de Bolsa anda com uma discussão de rir à gargalhada despegada nos ultimos dois dias. Tudo começou quando alguém sugeriu que o problema de Portugal se resolvia com um decreto-lei que colocasse o ordenado mínimo a 1000 euros.

Para quem não conhece os argumentos contra o ordenado minimo aconselho a ler a (longa mas divertida) discussão onde apresento alguns argumentos que infelizmente não atingiram uma audiência racional, enfim, o pior cego é aquele que não quer ver.

Durante a discussão cheguei no entanto a um conjunto de países, com backgrounds diferentes, que não têm qualquer lei de ordenado mínimo e era isso que queria partilhar aqui com os leitores do Inflaccionista, entre parenteses estão as respectivas taxas de desemprego. Mais de metade destes países têm uma taxa de desemprego que se pode considerar residual, da outra metade todos têm uma taxa de desemprego inferior à portuguesa com a excepão dos EAU... até a Islândia onde são bem conhecidas as dificuldades recentes.

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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Quanto mais devo mais rico sou

Não deve demorar muito para os governantes portugueses replicarem este mantra do congressista Pete Stark: Quanto mais devemos mais ricos somos.

Quando confrontado com uma pergunta simples como: "Porque é que em vez de pedir emprestado 1 bilião não pede logo um trilião para ser mais rico?" em vez de explicar a sua teoria o congressista ameaça atirar o reporter pela janela.

Como se pode ver pela imagem a gravação já é antiga mas a mentalidade é moderna.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O programa do PSd

Acabei de ler, na diagonal, a primeira parte do programa eleitoral do PSd. Deixo aqui a minha primeira análise, em bruto e ainda por digerir, dos pensamentos que me vieram à cabeça quando li o que ali estava escrito. Ainda nem cheguei à parte da solidariedade e não consigo perceber o que é que pode levar alguém que tenha lido este programa a pensar que o PSd põe em causa o que quer que seja. A unica coisa em causa são os boys do PS que se arriscam a ser trocados pelos do PSd... mas isso já aqui tinha explicado.

Em baixo ficam os tais pensamentos soltos que tive ao ler a parte inicial do programa e que ficam em jeito de continuação de alguns comentários que tenho feito n'O Insurgente. Amanhã talvez haja mais.

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